Ruínas - Capítulo 18

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Sophia levantou da cama pouco depois das quatro da manhã ao ouvir a campainha de seu apartamento tocar insistentemente. Ela olhou no relógio e franziu a testa, quem diabos fazia visitas uma hora dessa? Vestiu o robe e caminhou em passos lentos até a porta, com a mão na boca escondendo um leve bocejo.

- Micael? - Disse surpresa ao abrir a porta, rapidamente arregalou os olhos. - O que está fazendo aqui na minha casa uma hora dessa? - Ela não teve resposta. Micael entrou no apartamento e a puxou pela cintura selando os lábios dos dois em um beijo tão quente que ela gemeu ainda com as bocas coladas. - O que está acontecendo? - Perguntou quando ele se afastou.

- Não é o que você queria? - Perguntou puxando a mulher até o sofá. - Ser tratada como uma vadia?

- Micael o que você está fazendo? - Ele a virou de costas e empurrou no sofá, a mulher ficou de quatro e ele afastou o robe e acariciou sua bunda.

- Eu adoro esse shortinho minusculo que você usa pra dormir. - Deu um beijo por cima do short antes de tira-lo. - E essa bunda maravilhosa?! - Deu um tapa antes de abrir o zíper de sua bermuda e botar o pau, já duro, pra fora. Não demorou mais que um segundo pra invadir Sophia e a loira quase deu um pulo com a entrada imediada. - Você gosta disso né? - Acelerou o ritmo. - É assim que você quer? - Ele estava num ritmo ainda mais acelerado. Sophia soltava gemidos fortes, não se preocupando nem um pouco com os vizinhos. O moreno parou de supetão e se sentou no sofá. - Senta!

Sophia sorriu e sentou achando que assumiria o controle por aquele momento, mas não foi o que aconteceu, ele segurou firme em sua cintura e controlou os movimentos de subida e decida. Até que soltou uma das mãos e acertou um tapa na cara de Sophia. - Vagabunda! - Ela sorriu. - Você gosta! - Acertou outro tapa. Viu as bochechas dela ficaram vermelhas.

Não se sabe ao certo quanto tempo levou para que aquele sexo acabasse, mas os dois estavam deitados no chão, nos braços um do outro, dormindo serenamente até que o toque irritante do celular de Micael os acordou na tarde seguinte. O moreno abriu os olhos devagar se acostumando com a claridade e não reconheceu de imediato o local que estava. Seus olhos focaram na mulher deitada em seu colo e ele levantou de imediato. Mandou a ligação de Arthur pra caixa de mensagens.

- Precisava levantar desse jeito. - A loira disse passando a mão pelos cabelos. - Eu bati a cabeça no chão. - Resmungou.

- O que inferno eu estou fazendo na sua casa? - Ele disse após se sentar, não conseguia se lembrar de nada da noite passada. - E por que você estava dormindo em cima de mim?

- Deve ser porque você veio na minha casa de madrugada e bêbado. - Se sentou. - Não me culpe, eu não te trouxe até aqui, não tem nem sentido uma coisa dessas.

- Eu estava bêbado e você devia ter me mandado pra casa! - Rangeu os dentes.

- Você não me deixou nem falar, meu amor. - Ela riu. - Já foi logo me agarrando.

- E você se aproveitou de um bêbado. - Estava bravo. - Você realmente não vale nada.

- Será que dá pra parar de repetir isso? - Bufou e se levantou, ajeitando a roupa. - Você toca a minha campainha as quatro da manhã, me agarra e de manhã me xinga.

- Você deveria ter imaginado que uma coisa dessa ia acontecer. - Ele ficou de pé. - Você sabe que eu não te suporto.

- Você tem raiva de mim porque eu fiz besteira, mas você me ama, Micael. - Deu um passo pra se aproximar do moreno. - Se não amasse não teria vindo até aqui de madrugada.

- Não viaja, eu só quero distância de você. - Saiu do apartamento da ex namorada um pouco desconcertado. Chamou um uber e não demorou a estar em casa, se surpreendeu ao ver seus amigos lá. - Vocês não dormem? - Falou assim que saiu do carro.


- Primeiro que já passa de uma da tarde e segundo que a gente achou que você tivesse morrido por ai, custa atender o telefone?! - Lua deu bronca e Arthur riu da careta que ele fez.

- Pode não gritar, Luinha? - Ele pediu baixo. - Eu estou com uma dor de cabeça terrível. - Avançou para destrancar a porta e os amigos entraram na casa atras dele. Se jogou no sofá.

- Você está de ressaca assim porque encheu a cara mais do que qualquer um de nós ontem. - Chay comentou rindo. - Você estava muito louco ontem.

- Eu sei que estava. - Fechou os olhos.

- Afinal, pra onde você foi? - Mel perguntou e ele negou com a cabeça. Sabia que se contasse, os amigos o zoariam bastante. - Ah, conta logo.

- Tava com mulher, certeza! - Arthur falou rindo. - Olha a cara de safado. - Antes que ele pudesse responder qualquer coisa, o telefone de Lua tocou e os amigos a olharam.

- Ei, amiga. - Todos sabiam que era Sophia, Micael não moveu um músculo. - Eu sei que prometi que ia ai hoje, mais tarde eu vou.

- Eu preciso conversar com você. - A loira chorava ao telefone. - Preciso de uma amiga.

- Você está chorando? - Os amigos a encararam curiosos. - O que foi que aconteceu com você?

- O Micael veio aqui de madrugada e a gente acabou passando a noite junto. - Ela desabafou e o olhar de Lua foi direto ao moreno deitado ainda de olhos fechados.

- O Micael passou a noite com você?! - Ela repetiu e riu. Os amigos estavam rindo também da situação. Arthur jogou uma almofada em Micael e ele se sentou. - Eu vou praí e a gente conversa. Beijo.

- Então quer dizer que o garanhão deu um perdido na gente pra ir na casa da sua branquinha? - Arthur completou zoando.

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