- Claro, você ia ser preso e eu não consigo imaginar você batendo em ninguém. – Ele riu, apertou Sophia num abraço.
- E você não me conhece hein. – Ele brincou. – Eu acertei um tapa nela.
- Você o quê? – Se afastou para encara-lo. – Está falando sério? Queria ver se ela te denunciasse.
- Ela xingou você. – Ele deu de ombros. – Só quem podia xingar você era eu. – Sophia ergueu uma sobrancelha. – Mas foi sem querer, eu não queria ter feito.
- Só você podia me xingar? – Ela repetiu e ele riu. – Jura isso?
- Aham. – Continuou rindo. – Você acha que eu ia deixar ela falar de você assim na minha cara?
- Já deixou muitas vezes, né meu amor. – Ela rolou os olhos se lembrando do dia do teste do DNA. – Quer que eu enumere?
- Mas até ai eu não tinha raiva dela. – Os dois foram para o quarto. Micael tinha conseguido melhorar o humor de Sophia com aquela história de tapa. – Ai no outro dia ela falou de você e juntou com a minha raiva pelo bebê, quando eu vi ela já estava no chão.
- Não sabia que você fazia a linha agressivo não! – Ela riu. Ele puxou o cabelo da mulher e lhe deu um tapinha na cara. Sophia soltou um gemido alto.
- Ah, você sabia sim... – Deu beijinhos em seu rosto, desceu para o pescoço. – E você gosta.
- Micael, eu acho melhor a gente parar por aqui. – Ela pediu, já ciente do que aconteceria se continuasse. Ele soltou o cabelo na namorada com uma risada.
- Parei. – Ergueu as mãos e foi pra cama, logo Sophia se deitou no colo dele. – Mas última pergunta antes de deixar esse assunto morrer pra sempre. – Sophia o encarou atentamente. – O que foi que você falou pra ela voar em cima de você hein?! – Estava curioso, não tinha perguntado aquilo a Sophia ainda.
- E quem disse que eu falei alguma coisa? – Ele a encarou sério e a loira sorriu. – Ela pediu pra eu proibir você de entrar lá em casa.
- Isso ai eu já sei. – Ele deu de ombros.
- Mal sabia ela que eu já tinha tentado fazer isso. – Sophia riu. – Mas que era impossível.
- Você tentou o quê? – Estava com um sorriso debochado no rosto. – Você não ia conseguir fazer uma coisa dessa.
- Depois de você ter me obrigado a fazer aquele DNA ridículo eu tinha comentado com a Lua que não era mais pra deixar você entrar. – Soltou uma risadinha. – Isso não durou muito tempo.
- Você não ia conseguir isso nunca.
- Nem eu queria isso de verdade. – Ela deu de ombros. – Enfim, eu disse a ela que não ia rolar. Ela pediu pra que eu desse meu jeito pra conseguir. Ai eu disse que não tinha nada a ver com a insegurança dela.
- Insegurança? – Ele ergueu uma sobrancelha. – Jura?
- Pra uma mulher sair de casa e ir na casa da ex fazer barraco, a insegurança tá rolando solta não é mesmo? – Ele balançou a cabeça. – Ela foi lá em casa me avisar que você tinha voltado com ela.
- Desnecessária. – Sophia o encarou com deboche. – Eu mesmo já tinha feito isso. – Brincou e riu com a careta que Sophia tinha feito.
- Eu perguntei se ela estava com medo de ser corna de novo e foi ai que ela me empurrou. – Sophia suspirou, logo em seguida encarou Micael que ria descaradamente. – Você está muito bem humorado.
- Ué, já combinamos de escrever um livro novo, então eu não vou ficar me irritando. – Ele deu de ombros. – Agora me diz que história é essa de ser corna de novo?
- Francamente, Micael. – Ela saiu do peito dele e olhou em seus olhos. – Você realmente acha que não ia acontecer mais nada? Mais nadinha?
- É claro que eu acho. – Ele assentiu. – Eu estava decidido.
- Porra nenhuma. – Ela cruzou os braços. – Se aquela lambisgoia não ligasse de manhã, a gente tinha se pegado na cozinha naquele dia. Eu sei que você está ciente disso.
- Eu estava solteiro ali. – Argumentou. – Não ia contar como traição.
- Ah, Micael! – Ela reclamou. – Você sabe muito bem que não ia dar certo esse seu namoro nem em mil anos.
- E eu posso saber por quê? – Apoiou a cabeça não mão. Tinha um olhar divertido. – Você está muito convencida de que eu ficaria com você de novo.
- É logico que ficaria. – Ela riu. – Se eu quisesse, se eu tentasse algo, você ia ceder, assim como fez da primeira vez.
- Você nem fez nada da outra vez. – Ele rolou os olhos. – Eu nem sei o que aconteceu aquele dia. – Sophia gargalhou. – Eu estou falando sério.
- Aconteceu que você deixou a raiva de lado e todo o tesão floresceu. – Eles se encararam. – Afinal, é uma coisa que nunca faltou entre a gente. E eu tenho certeza que se eu tentasse de novo, eu ia conseguir tudo o que eu queria. – Passou o dedo por seu peitoral.
- E você ia tentar? – Ergueu uma sobrancelha observando o destino do dedo de Sophia. – Me enxotou do seu apartamento mais de uma vez.
- Porque você estava me irritando. – Justificou, a mão entrando pelo short dele. – Vai ver num dia que eu não estivesse irritada...
- Sai fora. – Ele tirou a mão de Sophia que estava prestes a encostar em seu pau. – Sossega. Depois fica ai me culpando de não deixar você seguir as ordens médicas.
- Mas é lógico que a culpa é sua. – Falou baixo. – Gostoso desse jeito e sem cueca.
- Sophia! – Ele gargalhou. – Você vai acabar com o meu estado de espirito zen.
- Essa é a intenção! – Sorriu safada e ele negou com a cabeça antes de puxa-la pra cima de si. Se notava de longe a malicia em seus beijos. Sophia passou a mão pelo short e Micael já estava pronto. A real é que nenhum dos dois ligava muito pra recomendação médica, queriam estar juntos e juntos ficariam.
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Ruínas
RomansaE quando você encontra a pessoa perfeita, mas descobre que ela não é? Quando encontra o amor da sua vida, mas aparentemente a pessoa não sente o mesmo? São as dúvidas que assolam a vida do nosso jovem Micael, que se apaixonou por uma linda mulher, m...