- Você está doida? Eu não vou comer ninguém, eu quero que a gente fique bem e não que tudo desande de vez. – Manteve a expressão de espanto. – Para de falar besteira por favor, eu não desconfio de você.
- Não parece! – Se levantou da cama puta e foi mexer no armário. – Realmente não parece.
- Aonde é que você vai? – Franziu a testa enquanto olhava a mulher procurando uma roupa.
- Eu vou pro meu apartamento dormir em paz. – Ele se levantou da cama e a puxou pelo braço.
- Você não vai a lugar nenhum. – Falou grosso, porém baixo. – A gente decidiu morar junto e você não vai correr. Se a gente mora junto, a gente resolve os problemas e pronto.
- E agora eu não posso mais sair daqui? – Seus olhos brilharam. – Ou você está achando que eu vou pra casa de alguém?
- Sophia, chega! – Chacoalhou um pouco os ombros dela. – A gente mora junto, nossos problemas tem que ser resolvidos dentro de casa. E tem mais, para de ficar falando o tempo todo que eu acho que você vai encontrar outro, não foi o que eu disse e me desculpa se foi o que você entendeu. Eu não falei por mal.
- Não falou por mal, mas eu não gostei. – Ela abaixou o tom de voz e fez um bico. – Você me ofendeu.
- Tudo bem, me perdoa. Eu não falo mais nada! – Puxou ela pra um abraço. – Eu não quero que a gente viva brigando, eu quero só amor com você. Acontece que eu já cheguei estressado... enfim, me desculpa pelo que eu disse. – Deu um beijo no topo da cabeça dela. – Eu te amo.
- Eu também te amo... – Ela sussurrou ainda abraçada a ele. – Me desculpa pelo drama...
- Ah, então a senhorita assume que teve um pouco de drama? – Ele tinha um leve sorriso no rosto.
- Eu estou de TPM. – Justificou. – E você me magoou.
- Ai, tá vendo? – Ela se afastou para olha-lo. – Esse é o lado ruim de morar junto, vou ter que aguentar a sua TPM sempre, da próxima vez me avisa que eu trago um chocolatinho pra ajudar!
- Você está muito engraçadinho... – Ela deu um tapinha nele, mas já tinha um singelo sorriso no rosto. – Até demais pro meu gosto hein!
- Agora, eu acho... – Deu um selinho nela. – Que a gente podia... – Mais um selinho. – Fazer sexo de reconciliação!
- Acha? Eu não sei se você está merecendo?! – Brincou, mas já deslizava uma mão pra dentro do short do namorado. – Acho que a gente devia dormir.
- Você só pode estar de brincadeira comigo... – Soltou um gemido baixo. – Se você não quer, não devia me atiçar.
- Quem disse que eu não quero...? – Ela sussurrou e Micael fechou os olhos, apreciando o carinho que recebia. – Mas a gente vai pra cama dormir, é bom pra você aprender a parar de falar besteira. – Se afastou e foi pra cama.
- Você vai realmente me deixar na vontade? – A olhava indignado. – Não brinca comigo.
- Eu não estou brincando, quero dormir!
- São dez horas da noite, você está fazendo isso de pirraça! – Cruzou os braços e arrastou o corpo para a cama. – Não brinca assim comigo, bebê. – Estendeu uma mão sobre o peito dela e ela retirou. – Sophia!
- Eu só quero dormir. – Virou de costas com um sorriso no rosto. Micael estava puto com os braços cruzados sentado escorado na cabeceira da cama. – Você também devia.
- Você realmente não quer? – Sentia o pau latejar ao olhar a bunda de Sophia empinada na cama, ela fazia de propósito. – Eu nunca vi você negar fogo!
- Tá fazendo chantagem emocional é? – Puxou o edredom e se tampou. – Não cola comigo.
- Sophia, você vai me enlouquecer. – Se enfiou debaixo da coberta e alisou as pernas de Sophia. – Não é justo isso não!
- Ninguém mandou falar besteira pra mim. – Se virou e encarou o namorado no escuro da coberta.
- Eu já pedi desculpas, a gente já se entendeu, você daqui a pouco fica menstruada e ai serão mais cinco dias sem nada. – Sophia achava graça do desespero do namorado, gostava dessa necessidade que ele tinha dela.
- Ainda bem que Deus te deu duas mãos! – Destampou a cabeça dos dois. – Use-as.
- Você está me mandando bater punheta? – Ergueu uma sobrancelha. – Não acredito numa coisa dessas. Você está muito má.
- Apaga a luz do abajur ai pra gente dormir. – Apontou pro objeto e Micael bufou, logo pegou o celular e apagou a luz.
- Vou ver um pornô então. – Começou a vascular sites duvidosos na internet e Sophia estava boquiaberta que ele faria aquilo ali, do seu lado. – Bem aqui, na cama.
- Você não pode fazer isso aqui! – Se sentou indignada. – Cruzes.
- Você não vai dormir? – Tirou o pau do short e começou a se acariciar de olho em um vídeo qualquer que tinha colocado no celular. Os barulhos dos gemidos ecoavam alto pelo quarto. Sophia o olhava de boca aberta, mas não era mais indignação, ele tinha conseguido virar o jogo. – O que está olhando, Sophia?! – Fez uma careta de prazer ao acelerar um pouco mais a mão.
- Acho que você devia ir para o banheiro, vai fazer sujeira na cama. – Desviou o olhar, se fingindo de desinteressada.
- Pode deixar que eu não vou sujar nada. – Mordeu o lábio inferior. Voltou a se concentrar no filme que passava no celular, sua mão já tinha desacelerado um pouco, ele queria mais provocar Sophia. – Desistiu mesmo de dormir hein... – Comentou sem olhar a mulher. – Você quer? – Parou sua mão e dessa vez a encarou. – Eu sei que você quer...
- Não está indo longe demais? – Seu olhar era puro tesão, mas devido a escuridão, Micael não conseguia ver.
- Tudo bem, eu me divirto sozinho, Deus me deu duas mãos. – Voltou a movimentar e não demorou até Sophia não aguentar e desistir de negar. Ela tomou o lugar da mão de Micael que sorriu, mas logo jogou a cabeça pra trás, aquilo estava maravilhoso. – Gostosa. – Sussurrou e apertou as bochechas de Sophia com uma só mão. – Você é maravilhosa! – Ela sorriu, safada.
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Ruínas
RomanceE quando você encontra a pessoa perfeita, mas descobre que ela não é? Quando encontra o amor da sua vida, mas aparentemente a pessoa não sente o mesmo? São as dúvidas que assolam a vida do nosso jovem Micael, que se apaixonou por uma linda mulher, m...