Ruínas - Capítulo 17

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- Não temos nada pra falar. - Foi rude e tentou sair de perto do rapaz.

- É claro que nós temos, essa historia está muito mal resolvida! - Ele disse apertando seu braço.

- Me larga, você ficou maluco? - Ela disse tentando puxar seu braço.

- Você não ouviu, larga ela! - Lua se meteu.

- Não se mete nisso aqui não. - Ele falou pra amiga de Sophia. - Eu preciso falar com ela, e eu vou falar.

- Você pode por favor soltar a porcaria do meu braço que você está me machucando. - Ela falou firme e ele soltou depois de virar os olhos.

- Desculpa, você sabe que eu não quis te machucar. - Ela bufou. - Mas você não me escuta.

- Olha, eu estou sem cabeça pra conversa nenhuma hoje, me liga outro dia que a gente se fala, ta bom? - Ele assentiu e ela saiu de perto junto com as meninas. Os três olhavam para o braço da Sophia, onde tinha ficado vermelho pela marca dos dedos de Douglas.

- Aconteceu alguma coisa ali? - Arthur perguntou, mas ela só balançou a cabeça negativamente, pegou a bolsa e empurrou um pouco um prato ainda intocado com seu lanche.

- Está tudo bem. - Respondeu sem encarar Micael e tirando dinheiro da bolsa, entregou na mão da Lua. - Paga pra mim?

- Onde você vai? - Chay perguntou curioso.

- Pra minha casa dormir. - Ela respondeu seca.

- Pelo visto o encontro com o amante mexeu demais com ela. - Micael finalmente falou algo em relação a ela naquela noite, ela o encarou com um sorriso triste.

- Ah, você viu aquilo? - Ergueu uma sobrancelha. - Pensei que eu estava invisível pra você.

- Pois é, de um tempo pra cá eu comecei a enxergar bem as coisas. - Ele rebateu com o mesmo tom de deboche.

- Ei, ei, vocês não vão começar a brigar não né? - Mel chamou a atenção dos dois.

- Ninguém vai brigar, eu vou indo. - Guardou a carteira na bolsa, deu um tchau baixo para os amigos e saiu dali sem nem olhar pra trás.

- O que aconteceu ali, Lua? - Arthur perguntou curioso e observou enquanto a esposa dava de ombros.

- Ele pediu pra conversar com a Sophia e ela não quis, não teve nada. - Ele fez uma careta.

- E só isso fez com que a bonita desistisse de sair com a gente? - Continuou questionando.

- Vocês sabem que não foi aquilo que fez ela mudar de ideia, não venham se fazer de besta. - Ela bufou. - Sophia já tinha decidido ir embora quando se levantou pra ir ao banheiro.

- Puxa, que pena né?! - Micael debochou. - O que será que deixou ela desconfortável? Ficar olhando pra minha cara de trouxa?

- Ei, não vem brigar com a gente não hein. - Mel defendeu a amiga. - Esse problema é de vocês dois.

- Não tem ninguém brigando aqui. - Ergueu as mãos. - Será que a gente pode sair daqui e ir logo pra boate porque eu não aguento mais esse lugar!

- Nem terminamos de comer ai, garanhão. - A loira respondeu um pouco irritada. - Espera ai.


Já ia completar meia noite quando eles chegaram a boate. 

Com o decorrer da noite, todos se esbaldaram no open bar e estavam bêbados, dançando e aproveitando aquela balada juntos.

- Eu quero mais uma piña colada. - Micael pediu ao barman.

- Eu acho que você já bebeu demais. - Arthur ao lado dele tentava parar o amigo. - Daqui a pouco não aguenta nem ficar em pé.

- Eu vou embora. - Pegou o copo com a bebida amarela e saiu de perto de Arthur. - Avisa a galera.

- Você não tem condição de ir embora sozinho. - Tentou segurar Micael, mas também não estava bem das pernas. - Espera a gente. São quatro da manhã ainda.

- Eu lembro meu endereço e sei pedir um táxi. - Saiu da balada escorando pelas paredes. Por sorte tinham alguns carros parados na frente do local, não precisou digitar em um aplicativo.

- Pra onde, meu patrão? - O taxista perguntou assim que Micael bateu a porta. Ele falou um endereço todo embolado, mas o taxista conseguiu encontrar no GPS e acelerou pra lá, mas mal sabia Micael, que ele não tinha dado o endereço de sua casa...

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