- Você é muito besta, Lua. – Sorriu e encarou a amiga. – Abraço?
- Ok, dessa vez eu perdoo você. – Brincou e se jogou pra frente pra abraçar a amiga. – Eu amo você.
- Eu também amo você. – Se afastou e pôs a mão na barriga de Lua. – E como está esse neném? A dinda tá louca pra saber o sexo.
- Dinda? Abusada! – Brincou. – Ele está bem, já tá dando pra ver ó. – Ergueu a camisa mostrando sua saliência, mesmo que sutil. – Parece que não cresce nunca.
- Você devia aproveitar, afinal, quando a barriga cresce dizem que fica péssimo pra dormir e pra transar. – Elas caíram na risada. Ela colocou as mãos na própria barriga e seus risos cessaram gradativamente. – Eu fico pensando no meu bebê, em como as coisas seriam diferentes se ele ainda estivesse aqui.
- Amiga, não faz bem ficar pensando nessas coisas...
- A maluca da Fernanda tem razão numa coisa, todo tormento começou por causa do meu atropelamento, se aquilo não tivesse rolado eu não teria uma gravidez de risco, Lua. Eu poderia ter tido uma gestação normal e o empurrão que aquela imbecil me deu não ia ter surtido tanto efeito.
- Não vai começar a se culpar agora não, né? – Ela ergueu uma sobrancelha. – Não é como se você soubesse que estava gravida e tivesse se jogado debaixo do carro, Sophia. A culpa é da baranga sim, porque sabia da sua condição e fez de propósito. Foram tantos erros que acabaram resultando nisso. Não era a hora de acontecer, vocês tem muito o que viver antes de um neném. Parou pra pensar que a missão dele aqui na terra foi juntar vocês? – Sophia a encarou com os olhos cheios de lagrimas.
- Eu juro que preferia o meu bebê, eu trocaria tudo pelo meu bebê, Lua. – Fungou. – O Micael é adulto, sabe o que faz. Por mais que eu estivesse sofrendo com a nossa separação e com o namoro dele com aquela vagabunda...
- Vamos parar de falar disso. – Ela se aproximou e secou o rosto da amiga. – Isso é um jantar pra comemorar que você juntou os trapos com o Micael, então tem que ser só alegria. – Ficou de pé e puxou um pouco Sophia. – Vamos lá ver o que aqueles dois tão aprontando.
Saíram do quarto de mãos dadas e encontraram Chay e Mel na cozinha junto com os meninos. Lua franziu a testa, tinham passado tanto tempo assim dentro do quarto? Os quatro olharam pra elas com um sorriso.
- Acabou o drama por ai também? – Chay perguntou as duas.
- Tinha drama nenhum aqui. – Sophia respondeu com um sorriso. – Lua que é uma pessoa difícil.
- Ah, acho que não Sophia. – Mel brincou também. – Acabou todo o drama com Micael e ai você quase automaticamente começou um com a Lua, acho que você é a pessoa difícil daqui. – Arrancou risada de todos, menos de Sophia.
- Ih, a lá. – Estava brincando também. – Agora que acabou o drama com a Lua, vou começar um com você, Melzinha. – Brincou e Mel balançou a cabeça.
- Nem vem hein. – Resmungou. – Vou dar mole pra tu que nem esses dois ai não!
- Dei mole pra ninguém não, faladeira. – Micael nela com o pano de prato. – Estão engraçadinhos demais pro meu gosto.
- É bom todo mundo feliz. – Mel deu de ombros. – Sem dramas familiares. – Micael rolou os olhos.
- Tô dizendo que tão engraçadinhos demais. – Ele balançou a cabeça rindo. Eu me aproximei e ele me abraçou pela cintura. – Vão ficar zoando a gente até que horas? – Apertou a namorada um pouco mais contra ele. – Esse jantar aqui foi uma péssima ideia, Sophia.
- Foi tu que inventou isso, por mim a gente comemorava que agora moramos juntos de outra forma. – Ela se virou e deu beijinhos em seu pescoço. – De uma forma muito melhor. – Ela sentiu as mãos de Micael apertarem ainda mais sua cintura.
- Ei, olha a pouca vergonha. – Arthur brigou e Sophia tinha as mãos presas atrás do pescoço de Micael. Ela virou a cabeça. – Dessa forma ai vocês com certeza já comemoraram muitas vezes.
- Eu nunca me canso. – Ela respondeu e fez Micael cair na gargalhada.
- Meu Deus, vocês dois estão no cio? – Chay perguntou rindo. – Olha, eu juro que eu não lembrava desse fogo todo.
- Eu falei isso outro dia na agência. – Lua bufou.
- Você disse que não lembrava que a gente era tão meloso, não falou nada de fogo. – Micael contestou. – Até porque naquele dia a gente não estava fazendo nada. – Desceu a mão da cintura da mulher e a repousou na bunda.
- Vocês estavam no meio da agência, seria o cúmulo se estivesse se agarrando de tal forma lá. – Resmungou. – Logo, logo vão fazer outro filho.
- Vocês não transam e a culpa é nossa? – Micael ergueu uma sobrancelha e apertou a bunda de Sophia com um sorriso. – Não dá pra deixar a gente ser feliz não?
- Escrotinho. – Arthur resmungou. Micael se livrou do abraço de Sophia pra olhar a comida. Estava quase pronta. Respirou fundo ao sentir o cheiro.
- Agora vamos falar sério. – Lua se sentou na cadeira ao lado de Arthur. – Você tá pretendendo fazer o que da vida agora que virou uma desocupada? – Sophia soltou um suspiro e logo fez uma careta.
- Virar uma dona de casa?! – Gesticulou em volta ainda com a careta. – Ser sustentada pelo Micael o resto da vida?! – Arrancou risada dos amigos.
- Se fodeu! – Chay brincou e Micael se escorou no balcão. – Eu não quero ver nem o quanto vem a fatura do cartão de crédito da Sophia.
- Mas você é pão duro hein! – Sophia o encarou. – Mel, corre, pior coisa é homem pão duro, não pode nem comprar uma roupinha que já fica reclamando. – Eles riram, menos Chay.
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Ruínas
RomanceE quando você encontra a pessoa perfeita, mas descobre que ela não é? Quando encontra o amor da sua vida, mas aparentemente a pessoa não sente o mesmo? São as dúvidas que assolam a vida do nosso jovem Micael, que se apaixonou por uma linda mulher, m...