No dia seguinte,na casa de seus pais,Alexandre contava para todos: - Bruna é a cópia da Raquel,mas tem os meus olhos! - Vocês tiraram fotos ,não foi? - perguntou dona Virgínia. - Sabe,mãe, levamos a máquina ,só que... Puxa!Foi tanta emoção que esquecemos. - explicou o filho embaraçado e arrependido. Exagerada em suas expressões para brincar com o irmão,Rosana exclamou: - Egoísta! Cachorro! Como você faz isso com a gente! O senhor Claudionor levantou-se e disse: - Estou ansioso,não vejo a hora de conhcê-la. -A conversa seguiu e Raquel teve que satisfazer a curisosida da sogra,ambas ficaram conversando e tecendo planos,enquanto Rosana,alegando não se sentir bem,foi para seu quarto,e Alexandre logo a seguiu: Ao entrar no quarto da irmã,ele perguntou: - O que foi Rô?Dor de cabeça outra vez? - É... Estou tão enjoada ultimamente.Sabe,não venho me sentindo muito bem. - Precisa ir ao médico,Rô. Isso não pode ser normal. - Logo o irmão riu e perguntou,com jeito maroto: - Huuum! Enjôo,é?! ... Não seria,poracaso,o meu sobrinho o causador desse mal-estar? Rosana riu gostosamente, e respondeu: - Que pena! Não é ,não. Já pensou se fosse? - Nem brinca,Rô.A mãe morre. - Morre nada. O chilique seria só no momento da notícia.Depois... - É melhor você procurar um médico. - Isso passa,Alex.É por causa da temporada de provas.Foi muita pressão.Tem dia que dá de matar um professor que tenho lá,sabe! Mas nem vale a pena relembrar. - Logo ela mudou de assunto,perguntando: - E você,como está? - Ah! Nem contei! A Raquel teve uma crise de ciúme - ele revelou á irmã ,sua confidente. - Jura?! - perguntou a moça,interessada. - Ela atendeu uma ligação que era do serviço,só que a mulher não falou direito quem era e Raquel ficou louca comigo. - Ah! Que legal! - vibrou Rosana ,animada. Alexandre fechou o sorriso e revelou: - Na hora não foi tão legal assim. A Raquel foi dormir na sala.Eu fui falar com ela e... Sabe no começo eu até estava achando graça,mas depois ela começou a perder o bom senso. Acabei brigando com ela,tive que falar mais alto. Ele deteve as palavras e a irmã perguntou: - O que foi,Alex? Você não a maltratou,não é? - Puxa,Rô.Fiquei nervoso. Ela me acusava ostensivamente.Tive que dizer algumas coisa e acabei chamando-a de criança. - Pensativo,ele completou: - Eu não esperava aquela reação da Raquel. Confesso que me surprendi e até agora estou incrédulo. - O que ela fez? Alexadre encarou Rosana e revelou: - Você acredita que a Raquel tentou me dar um tapa no rosto? Rosana ficou boquiaberta e exclamou perplexa: - Um tapa?! A Raquel?! - A Raquel,sim. Sabe,Rô parecia que não era ela. - Meu Deus! Eu nem acredito nisso - espantava-se a irmã,incrédula,parecendo estar assombrada. - A Raquel só poderia estar envolvida. - Sei lá - continuou Alexandre.- Isso não pode ser desculpa. Creio que todo mundo precisa ter bom senso e ser responsável pelo que está fazendo.Ela se transformou. - Acertou você? - Não. Quando ela ergueu a mão,segurei seu braço... Depois fiquei até com medo,porque me deu uma coisa... Hoje eu fui olhar e vi que apertei tanto seu pulso que ficou até marcado.Na hora que segurei seu braço eu a encarei firme. Senti-me irracional.Depois a joguei ,com um empurrão,sobre a cama e falei um monte de coisa. Puxa,Rô me senti tão mal depois - confessou em tom de lamento. - E ela? - Primeiro falou em anular o casamento. Daí eu dei um grito... Nem sei o que falei direito. Por fim,acabamos nos entendendo. Preocupada,Rosana lembrou: - Agora fica mais fácil,Alex.Vão a um psicólogo. Vocês precisam de ajuda profissional. - Eu sei.Mas sabe por que estou adiando? - Sem esperar pela resposta,ele completou: - Para não restar nenhuma complicação que possa prejudicar a guarda da Bruna.Podem querer dizer que ela não tem equilíbrio emocional por estar fazendo terapia.Sei lá... Tenho medo de que qualquer coisa a prejudique. Rosana pensou e argumentou: - Só não gostei dela erguer a mão para agredi-lo. Raquel não é disso. - Também fui muito duro com ela. - Mesmo assim,Alex. Qualquer tipo de agressão inclina para a falta de respeito. - Eu sei. Pensei nisso também. Eu disse a ela que não vou tolerar isso novamente,que posso aceitar tudo,menos agressão,mentira e traição. - E ela? - Chorou pra caramba! - Alexandre logo estampou um sorriso e contou: - Sabe,que depois ela estava encolhida na cama e eu sentado e quieto,ela me pediu desculpas e me puxou para beijá-la. - Sério?! - Sério - confirmou o irmão com ar de felicidade. - E você? - Eu a abraçei e a beijei como nunca tinha feito antes.Só parei quando a percebi nervosa. Tive que respeitar os seus limites. Rosana abraçou o irmão com carinho procurando lhe passar incentivo, ao dizer: - Aconteça o qe acontecer,Alex,nunca traia sua mulher .Jamais faça isso. - Não,Rô,nunca pensei em traição.Mesmo teno ortes motivos para isso,não vou traí-la.Eu nunca acreditei que fosse me casar,mas sempre pensei que se um dia o fizesse,jamais trairia minha esposa. - Isso mesmo.Não há coisa pior do que ter a consciência pesando quando se dorme ao lado de alguém. O marido ou a esposa que faz isso se exibe como criautra de espírito e de baixa moral. Para mim,traiçao é uma coisa repugnante. Alexandre sorriu e falou: - Fique tranquila,além de amar a Raquel,eu me amo,também.As pessoas que traem é porque não encontram ou não têm,por si esmas respeito ,amor e digndade. A irmã abraçou com carinho.Realmente Alexandre e Rosana eram grandes confidentes.Er bela a amizade que reinava entre ambos. Rosana,com seu coração bondoso,procurava orientá-lo sempre para o bem e apoiá-lo em todas as ocasiões.

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Um motivo para viver
SpiritualRaquel nasceu em uma fazenda,numa pequena cidade do Rio Grande do Sul.Morava com o pai,a mãe,três irmãos e o avô,um rude e autoritário imigrante clandestino da antiga Polônia russa. Na mesma fazenda,mas em outra casa,residia seu tio Ladislau,com a m...