Alguns dias haviam se pssado depois desse ocorrido e Raquel porcuoru pelo marido e com jeitinho,perguntou: - Sabe, eu liguei para dona Otávia e ela me contou que a Sandra fica indo e voltando do hospital.Seu estado não está nada bem. Alexandre não disse nada e ela continuou: - Estive pensando ,você e incmodaria se eu fosse visitála algumas vezes? Ele anuviou o sorriso e ficou pensativo e argumentou: - Olha,Raquel,eu estou com pena da Sandra a perdoei e não tenho mágoa nehuma dela, ao contrário,estou compadecido do seu estado.Desejo que ela tenha uma chance de continuar.Mas eu não sei o que pode passar pela cabeça dela. Desculpe-me a sinceridade,mas não posso confiar. Você é minha esposa eua amo muito e.... - Após pequena pausa,ele a abraçou e disse: - Tenho medo.Será que realmente mudou e nos deseja tudo de bom? A Sandra não tem nada a perder. - Não acredita que ela mereça um voto de confiança? Alexandre ficou calado,ele era um tanto possessivo quanto á Raquel,mesmo dando-lhe toda liberdade.Talvez pela traição que sofrera no passado,mesmo confiando na esposa,queria tê-la perto. Sempre sincero,ele admitu: - Raquel,eu preferia que você não fosse lá. Mas,se quiser,não vou brigar com você por isso.Tudo bem. Ela não disse nada e se contentou. Meses depois,algumas vezes ,ao chegar em casa e procura pela esposa,Alexandre teve a informação de que ela estava na casa de Sandra. - Não estou gostando disso - reclamava ele para sua mãe logo após,novamente,chegar em casa e não encontrar Raquel. - Eu não me incomodaria se fosse menos frequente,mas olha só:quase todos os dias eu chegoo em casa e: Cadê a Raquel? Na casa da Sandra.Assim não dá.Eu vou falar com ela. - Calma,Alexandre! - disse dona Virgínia,defendendo a nora.- Também não é assim.Ela não vai lá todo dia não. Após poucos segundos a mulher completou: - Talvez ela deva estar se sentindo só.Ela precisa de uma amiga. - Sentindo só?! - retrucou o filho. - Ora,mãe! Desde quando eu comecei a trabalhar com o pai,ea reclamou que não trabalhava e resolveu ir junto assumindo o serviço na recepção.Das sete ao meio-dia a Raquel está na empresa.Quando o pai vem almoçar,ele a traz e quando que chego em casa,quatro ou cinco horas da tarde,cadê Raquel? Ela só volta á noitinha,e quando temos que ir ao centro.E você vem me dizer que ela está só? - Não é assim,não Alexandre.! - revidou a mãe,veemente.- Desde quando você e seu pai se meteram com esse novo negócio,você não vem dando atenção necessária para sua esposa.Até eu estou saturada de ouvir vocês dois só voncersarem sobre negócios aqui dentro dentro de casa.Outro dia eu reparei: aRaquel,sempre que chega perto,nem parece que está ali e você continua como se ela não estivesse. - O que é isso,mãe?! Eu adoro a Raquel! - Pode adorar ,amar e fazer tudo por ela,mas eu percebi que nos últimos tempos você está diferente,Alexandre. - Como diferente?! Você mesma vive me chamando de "grudento"! Fala que eu não alargo! Você disse outro dia que ela trabalha na empresa porque eu quero tê-la junto de mim,pensa que eu não estou sabendo? Ele não segurou o sorriso,mas escondeu o rosto,pois sabia que sua mãe o chamava pelo nome todo só quando estava nervosa.Por fim,para provocá-la,falou: - Se quer defender a Raquel só porque eu disse que vou falar com ela não precisa ficar inventando coisas. - Eu não estou inventando coisas! Alexandre!Alexandre! Mais calma,ela pediu: - Não diga nada para ela. Faça o seguinte,peça com jeitinho ,para ela estar em casa um pouco mais cedo.Faça um programa para saírem.Entendeu?Não precisa brigar.Arrume um motivo para ela estar aqui.Acho que não preciso ficar ensinando estas coisas,né? Ele sorriu e confessou: - Sabe,mãe,eu só queria tê-la aqui em casa.Não gosto de pensar que a Raquel está em companhia da Sandra.Ás vezes eu sinto uma coisa... - Você perdoou a Sandra? -Perdoei,sim. Mas não sei se posso confiar a ponto da Raquel ir lá e ficar horas com ela sozinha. Você entende? Fico preocupado,acho que ela pode se desequilibrar pelo desespero da doença. Dona Virgínia ficou pensativa e concordou: - Eu também não confio,não.Sabe filho.... A chegada de Bruna,que correu e se atirou nos braços do pai,interrompeu o assunto. Ao levantá-la no alto,ele a fazia rir,quando o telefone tocou e tiveram que interromper a brincadeira. Ele a ajeitou no braço,e mesmo assim,a filha protestou: - Ah! Papai! Faz de novo,vai! - Só um minutinho.Deixa o papai atender,a vovó está com as mãos molhadas. Era dona Otávia. - Alexandre?! - perguntou a mulher ,assustada. - Eu! - Aqui é a Otávia,filho. Vem depressa para cá.A Raquel está passando mal. Após desligar imediatamente,Alexandre estava pálido. - O que foi, Alex? - perguntou sua mãe muito preocupada. Ele entregou a filha para vovó e não conseguiu responder. O senhor Claudionor que acabava de entrar,ficou atento ao olhá-lo e o filho pediu com voz trêmula: - Pai,vem comigo. A Raquel passou mal lá na casa da dona Otávia.Pega o carro... Ás pressas ,ele sforam até a casa da mulher.Ela os recebeu em desepero. Raquel,deitada em um sofá,estav desmaiada,e dona Otávia falou assustada: - Ela começou a passar mal,ficou pálida ,aí,enquanto eu ligava pra você... Alexandre a pegou no colo sem dizer nada,e saiu. A esposa estava se snetidos e ele a levou para o carro seguido de seu pai. Raquel foi socorrida em um hospital e liberada pouco tempo depois. Não era nada sério,ao contrário,foi motivo de muita felicidade para todos. Seu mal-estar era resultado da gravidez que todos ignoravam.E Aline nasceu alguns meses depois do ocorrido. Essa benção de Deus oferecia a todos mais alegria e união,mostrando que nunca estamos longe daqueles amamos. Alexandre não cabia em si tamanha era sua felicidade,e como dizia,ele tinha agora mais um motivo para viver.
SHELLIDA
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um motivo para viver
Tâm linhRaquel nasceu em uma fazenda,numa pequena cidade do Rio Grande do Sul.Morava com o pai,a mãe,três irmãos e o avô,um rude e autoritário imigrante clandestino da antiga Polônia russa. Na mesma fazenda,mas em outra casa,residia seu tio Ladislau,com a m...