Em meio ao murmurio que se fez,ele indagou: - Alguém tem alguma pergunta? Um encarnado,em meio à grande aglomeração, um tanto vexado,questionou: - Desculpe-me ,mestre, mas não estamos pecando quando desejamos a força, isto é,por intervenção de vocês conseguir o que talvez não era para ser nosso? - Pecado? - vociferou o líder. - Pecado é você permitir-se viver na miséria do mundo! Nós somos donos da nossa vida! Vamos nos ajudar uns aos outros! Vamos nos irmanar! Alice sentia-se confusa,mas nada questionou até então. Sissa,mais animada,argumentava: - Conseguimos nosso objetivo e haveremos de gozar a verdadeira felicidade. - Como vão nos ajudar? - perguntou Alice. - Serei a sua " porta voz" aqui na espiritualidade. Nossos desejos se igualam e nossos objetivos são os mesmos. - Como vou pagar tudo isso? O que eles pedem? - Nossa fé. Veja , Alice,eles têm razão. Qual foi a justiça que se realizou a seu favor? Lembra-se da vida miserável que levava. - Não sei,não - duvidou Alice. - Se você ficar om medo, Alice sempre estará na miséria. Após aluns minutos, Alice indagou: - Como chegamos até aqui? Vejo tudo tão bem guardado. - Ganhamos um " passe livre".Quando você foi pedir ajuda aos espíritos. Foi assim: Você chegou lá e contou todos seus problemas e desejos. Como eu sou único espírito que se preocupa com você ,os trabalhadores da espiritualidade me informaram tudo que era necessário saber enquanto você ouvia os encarnados. -Depois que você aceitou levar as encomendas solicitadas ,me deram autorização para trazê-la aqui. - Nosso ingresso para entrar nesse lugar é esse desenho na palma da sua mão. Alice estendeu a mão pôde comprovar linhas traçadas como que figuras geométricas. - Como isso está aqui? - Esse " ingresso" foi gravado em uma das vezes que fomo lá. Ambas continuaram ali boa parte do tempo. Elas aguardavam algum assistente daquele líder que viria atendê-las e oferecer informações. Por não atender às inspirações que recebera e não ter uma opinião forte para recusar acompanhar sua cunhada,Raquel ,também em desdobramento pelo estado de sono, participava daquela reunião,só que em um estado assonorentado e ainda mias confuso. Ela recebera fluidos pesados, pois era importante que não estivesse lúcida. Se estivesse desperta Alice,seria bem provável que oferecesse resistência e saísse dali. Dois espíritos que auxiliavam aquele líder a sustentavam. Raquel pendia a cabeça como que desfalecida. Não se lembrava de nada, mas recebera as vibrações e as impressões de tudo o que ocorria. Seu mentor pessoal não era visto,mas , justo com os outros benfeitores, acompanhava de perto sua pupila ,deixando tudo aquilo ocorrer a fim de que ela aprendesse com aquela situação. Ele poderia interferir,no entanto não o fizera. Aquela experiência traria um desconforto imenso para Raquel que, com certeza,aprenderia,a duras penas, ligar-se a Deus e fazer sua opinião imperar diante de determinadas circunstâncias duvidosas.
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Um motivo para viver
EspiritualRaquel nasceu em uma fazenda,numa pequena cidade do Rio Grande do Sul.Morava com o pai,a mãe,três irmãos e o avô,um rude e autoritário imigrante clandestino da antiga Polônia russa. Na mesma fazenda,mas em outra casa,residia seu tio Ladislau,com a m...