University of Southern California (USC) (universidade do sul da Califórnia) Localizada em Los Angeles, na Califórnia, ela é uma das principais instituições privadas de ensino superior e também é a universidade americana que mais recebe alunos de ou...
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Já estiveram em algum momento da vida que tudo parece estar ligado em modo automático?, não se tem prazer em nada, comer se torna algo sem graça, fazer algo novo te dar preguiça, só se tem vontade de deitar em um quarto escuro e dormir, para ver se em sonho as coisas se tornam melhores, as vezes nem isso te ajuda, porque tudo te incomoda, a cama nunca te relaxa, o sono nunca e profundo, ou está calor demais ou frio demais, está sozinha e isso te estressa ou o som da pessoa ao seu lado te incomoda.
Ninguém ao seu redor tem culpa do que está vivendo, a verdade é que nem você tem culpa disso tudo, se pudesse eu tenho certeza que gostaria de se afastar de si própria até que tudo melhore, o ruim de estar em modo automático é não saber se um dia vai voltar a ser quem você era, você trabalha, enche a sua cabeça de problemas que precisam ser solucionadas e quando parece que eles vão acabar corre para arrumar outros, porque pior que o modo automático talvez seja o vazio que se instala em sua mente, no vazio, no desconhecido é onde o perigo se esconde.
O modo automático não te permite sentir nada, a dor já não dói tanto, a tristeza parece não te fazer cócegas, a felicidade fica em uma memória distante e talvez a pior de todas e não conseguir sentir empatia.
Você só consegue ter empatia por alguém a partir do momento que se olha no espelho e consegue ter empatia por si própria, respeitar suas peculiaridades, defeitos, sua história imperfeita, seus anjos, seus demônios, seus sonhos e promessas que você mesmo se fez em algum momento na sua vida, quando você não consegue se amar e se respeitar como quer ser capaz de amar e respeitar ao próximo?, esse é o modo automático, ele te tira de você, te tira da razão.
Durante toda a minha vida eu tinha um plano me traçado, nunca sonhei em casar, não era aquelas meninas que gostaram de fantasiar com um casamento grandioso, um vestido de princesa e um noivo na frente do altar me esperando com lágrimas nos olhos, na verdade sempre fui a criança que sonhava em ser a tia rica, aquela que viaja, traz presentes para todos e tem a sua liberdade.
Bom, esse era mais um dos planos que mudaram drasticamente desde que eu conheci Josh, talvez agora eu querida ser a noiva rica, a que viaja, a que da presentes, tem toda a sua liberdade mas com um noivo na frente do altar me esperando chegar com o vestido de princesa, desde aquele pesadelo terrível eu penso nisso, quando estou triste demais ou muito cansada me pego encarando o meu anel e meu peito se enche de esperança, por saber que tenho uma pessoa que me conhece de verdade, os lados feios e bonitos, nesse momento eu saio do modo automático, quando eu estou com as pessoas que eu amo eu sinto a felicidade bater na porta do meu coraçãozinho escuro e sem perdão.
Sempre que eu ia em alguma das reuniões das pessoas com transtornos alimentares voltava me sentindo melhor por conseguir vencer mais uma batalha, era um dos poucos lugares que eu me sentia bem por me permitir ser quem sou, com todos os meus defeitos, mas assim que eu saia daquela sala que agora era muito confortável e ligava o meu celular era bombardeada de coisas para resolver.
