Angel- Beauany Fic

Capitulo XXXXXXXVIII

Sentir que tudo na sua vida é uma grande mentira nunca foi um problema para mim, desde criança eu imaginava um realidade diferente, não é fácil para uma criança ver seu pai chegando em casa coberto de sangue e com uma arma na cintura quando se tem apenas 8 anos, no dia seguinte eu perguntei a minha mãe se o meu pai estava bem, a resposta dela foi "ele nunca está meu amor, desde que tinha 12 anos, mas um abraço seu pode melhorar ", eu lembro de ir até o quarto, meu pai estava vestindo mais um dos seus terno caros, se aprontando para mais um dia de trabalho na empresa de tecnologia que eu iria assumir quando crescesse, eu agarrei as pernas do meu pai e implorei para ele não sair para trabalhar naquele dia, para que ele não voltasse machucado para casa, ele me pegou no colo e me sentou em sua cama, me abraçou forte e falou que apesar de tudo ele não podia abandonar a família dele, eles também precisavam dele e que todos ali também sentiam muito.

Eu não entendi no começo, até o final de semana seguinte, quando fomos à casa do Bailey para um jantar, meu pai era um homem feliz, mas ele mudava quando estava perto dos pais dos meus amigos, ele se transformava em uma estrela de tão brilhante que ficava, e os outros também, eles tinham brincadeiras e palavras internas que ninguém entendia, eles tinham uma sintonia tão grande que as vezes completavam as frases um do outro, mas sempre tinha uma hora que eles sumiam, e ninguém mais podia entrar na casa, eles ficavam trancados dentro do escritório conversando, eu e os meninos sempre tivemos curiosidade de ir até lá, mas tínhamos medo de sermos pegos, até o dia que Josh falou que nós éramos filhos e netos de homens inteligentes e corajosos então tínhamos que ser assim também.

Bailey explicou qual janela dava acesso até o escritório, Noah falou que já tinha entrado várias vezes na cozinha a noite para pegar doces e nunca ninguém tinha ouvido ele, Lamar estava voltando de uma acampamento dos escoteiros e tinha aprendido a dar um no forte o bastante para alcançar o trinco da janela e ela abrir, eu aprendi a fazer uma espécie de telefone com dois copos é um barbante, assim nós poderíamos ouvir do outro lado, Josh armou todo o plano, eu teria que ir até a porta do escritório e fingir brigar com ele, enquanto Noah escondia o telefone de plástico dentro do escritório e Lamar e Bailey abriam a janela para observarmos eles enquanto escutávamos.

Contamos até três e começamos o primeiro plano da nossa vida, Josh me deu um empurram e eu devolvi, logo nós dois estamos gritando e empurrando um ao outro, até que nossos pais abriram a porta perguntando o que estava acontecendo, Josh me deu um cutucão para que eu inventasse alguma desculpa enquanto Noah passava no canto da sala indo até a janela que já estava aberta, ali foi a primeira vez que eu improvisei na minha vida toda, e acho que fui convincente com a história de Josh não deixar ninguém brincar com as coisas dele e que sempre que tocávamos em algum que pertencia a ele o mesmo nos batia, saímos de lá rápido assim que vimos Noah pulando a janela, nos juntamos o cinco escorados na parede para escutar algo que mudaria nossas vida para sempre.

Ali nos escutamos que nossos pais estavam planejando matar um chefe da máfia japonesa, no começo pensamos que eles estavam brincando com a gente, que nós éramos péssimos mentirosos e não sabíamos esconder o telefone de plástico direito, mas quando tivemos coragem de olhar, vimos que eles estavam ao redor da pequena mesa de centro que tinha ali, bem longe do copo de plástico, bem longe da janela e longe de nos, naquele dia eu e os meninos juramos guardar segredo, não podíamos contar o que tínhamos ouvido para ninguém, porque acabaria mal para nos, fizemos um pacto no jardim, que sempre que gostaríamos de contar um segredo que envolvesse qualquer um de nos, tínhamos que nos falar primeiro, porque éramos família e família não se trai.