Capitulo XXXIV

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Quando eu era pequena, minha avó sempre me contava que a cantiga das cigarras era uma forma de expressar seus sentimentos

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Quando eu era pequena, minha avó sempre me contava que a cantiga das cigarras era uma forma de expressar seus sentimentos. Às vezes eu sentava na varanda de sua casa, à noite, levando alguns minutos em espera e, quando as cantigas começavam, eu as ouvia fascinada. Ela sempre parecia adivinhar o significado delas, o de tristeza, o de alegria e o meu favorito, o mais alto e sonoro, o cântico de paixão. No mais tardar, se tornava uma verdadeira orquestra com o barulho dos grilos e os sons dos pequenos sapos. Embora hoje em dia eu os ache irritante. Sinto-me desconcentrada com o barulho emitido.

Contudo, naquele instante, sentada no gramado da mansão, a orquestra me trazia um certo conforto, nostalgia talvez, da pequena Any sonhadora e ingênua sobre o mundo. A garotinha que sonhava com príncipes encantados e mundos escondidos dentro de um armário. Foi inevitável não pensar que, talvez no fundo, esses sonhos nunca foram embora. Minha avo sempre dizia que as pessoas sonhadoras nunca deviam permanecer muito tempo sonhando, ou não conseguiriam lutar para que seus sonhos se tornassem reais. Embora ela também afirmava que era bom continuar sonhando, porque se acordássemos, poderíamos esquecer nossos sonhos. Ela estava com a razão. Sempre fui uma garota reservada; minha família era incrível, meus pais, eram adoráveis. Todavia, eu fui a única a enxergar as coisas de um modo diferente. Sempre tive sonhos altos demais para que eu conseguisse alcançar, enquanto as pessoas ao meu redor estavam satisfeitas com seus pequenos sonhos.

Mostrar minha paixão pela moda e poder transmitir minhas emoções para quem as visse. Sorri comigo mesma com um certo pensamento. Como a cigarra. Expressando sua cantiga para ser ouvida e compreendida. Por isso precisava passar por mais essa luta agora na máfia, precisava dar meu melhor, era um teste que eu precisava passar. Não podia permitir distrações. Respirei fundo, tomando um gole de minha bebida, fitando o nublar da noite no vasto céu negro.

— Um dólar por seus pensamentos. — Ergui meu olhar para a pessoa em pé ao meu lado-.

— É um lance muito alto, Senhor.

Ergui uma sobrancelha irônica para Josh. Desta vez, já vestido com um terno bem cortado, com os braços fortes em destaque. Ele deu de ombros, rindo.

— Talvez valha a pena, princesa — Balancei minha cabeça rindo, desviando meu olhar para meu ponto de atenção no céu. Para a ocultação do luar entre as nuvens cinzas -.

— O que faz sozinha aqui? o jantar esta super animado, agora vamos falar sobre ações do mercado de trabalho 

— Quem disse que não estou me divertindo? - Josh bufou -.

— É sério? 

— Claro que é. Gosto de ficar sozinha às vezes, admirando a noite. É relaxante. 

— Droga, princesa! Você parece uma hippie falando — zombou rindo. Rolei os olhos -.

— Cala a boca, Josh.

Angel- Beauany Fic Onde histórias criam vida. Descubra agora