Capitulo LXIV

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Na máfia tudo acabava em sangue, morte ou casamento, eram as três coisas que regiam esse mundo, eram os pilares, todos baseados no poder, o sangue te abria portas, te dava poder riquezas, bens, heranças, inimigos, amigos, alianças poderosas e aque...

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Na máfia tudo acabava em sangue, morte ou casamento, eram as três coisas que regiam esse mundo, eram os pilares, todos baseados no poder, o sangue te abria portas, te dava poder riquezas, bens, heranças, inimigos, amigos, alianças poderosas e aquelas que poderiam acabar com tudo que foi conquistado, a morte te deixava em evidencia, te fazia subir ou descer na posição da hierarquia do submundo, ela ditava quanto poder você tinha em suas mãos, o quanto você seria temido, o quanto de respeito seria ligado ao seu nome nas rodas de reuniões ao redor dos bordeis ou clubes de cavalheiros da máfia, e ai vinha o casamento, talvez a arma mais poderosa dessa trindade, através dele famiglias foram feitas e desfeitas, através dele vieram o nosso mundo, a nossa riqueza, poder, fortuna e principalmente mortes, a historia dos casamentos sangrentos eram conhecidas, com o passar dos anos foram transformadas em lendas urbanas para que as crianças parassem de correr na hora que o padre dava seu sermão mais hipócrita "respeitar pai e mãe, amar um ao outro, não matar, não roubar ", em um mundo onde se aprende a segurar uma arma antes de aprender a tabuada, em um mundo onde se trafica drogas e pessoas, um mundo onde mães já mataram filhos, filhos matam os pais, dar um sermão desse dentro de um casamento que é sem amor, onde no máximo que irão conseguir são armas e alianças políticas, me surpreendia que somente sangue fosse derramado e não que todos da igreja pegassem fogo quando o padre nos dava a benção.

Já faziam anos que os casamentos sangrentos não aconteciam, a cerca de oitenta anos, no qual foi o ultimo casamento arranjado dentro da famiglia TB, que por incrível que pareça foi o do meu próprio bisavô Theodoro Beauchamp, que teve o casamento arranjado com uma herdeira Russa, no dia do casamento, em meio a toda pompa que a situação merecia, a Bratva teve a brilhante ideia de atacar, antes dos votos finais os soldados entraram na igreja, atirando em todos os soldados italianos, a noiva possuía uma adaga escondida no meio do buque e esfaqueou meu bisavô, que em meio todo naquele sangue conseguiu se levantar, surpreendendo a todos por ainda conseguir respirar, se arrastar até a casa paroquial e pegar todo o armamento que ele também tinha preparado, mesmo esfaqueado, mesmo sangrando, ele se levantou, juntou os poucos homens que sobraram em pé e no meio da igreja matou todos os russos, fazendo o sague ensopar o chão sagrado, fazendo o sangue russo respigar nas paredes, ali estavam todos os representantes da máfias do mundo, os russos queriam eliminar a todos de uma vez, tomar o poder de todas as organizações, mas não conseguiram, foram eles que praticamente se acabaram, e a partir dali todas as máfias fizeram um pacto, em dia de casamento não haveria ataques, não haveria morte, e qual é a ironia da vida, que em pleno casamento da minha irmã eu não estivesse me segurando para não cometer um assassinato do homem bem na minha frente, parado ao centro da nossa capela particular, capela San Theodoro Beauchamp, sim, nos éramos hipócritas de merda.

—Todas as flores foram conferidas, as peônias dos Urreas enfeitaram toda a igreja, a recepção sera logo em seguida na casa de campo, as máfias já chegaram, cada uma de um lado da cidade – Ivan explicava todo o sistema de segurança que seria feito no dia de hoje -.

Angel- Beauany Fic Onde histórias criam vida. Descubra agora