R E T
Sai puto de casa indo em direção a casa da Soraya. Essa filha da puta vai ver, ninguém mexe com o meu filho!
desci da moto ajeitando a minha glock e batendo na sua porta vendo a mãe dela abrir.
- Oi meu filho, que saudade- sorriu me abraçando
- Oi tia- falei sério - Cadê a Soraya?
- Adivinha? Em qualquer lugar menos em casa, como sempre.- revira os olhos
- Suzi, preciso que seja sincera com o que vou te perguntar.
-Claro!- se sentou no sofá
- A Soraya ta batendo no Guilherme?
- Vou ser sincera meu filho. Ela bateu nele sim. Ela e a amiga dela em uma festinha que teve aqui. Infelizmente não pude fazer nada.
- Uma vagabunda encostou a mão no meu filho?- alterei meu tom de voz
- Não foi primeira vez. Sempre que elas vem beber aqui isso acontece e eu nunca chego a tempo de impedir
- Caralho!- bati no balcão- Eu vou matar essa filha da puta!
-Calma filho- botou a mão no meu ombro fazendo carinho
- O dinheiro que ela pediu a mais pro Guilherme esta indo pra onde?
- Sem dúvida pra ela! Tive que comprar os iogurtes dele do meu dinheiro, não que me incomode mas você sabe o quanto eu ganho- assenti- As menina que ela traz aqui come as fruta e os biscoitos da escolinha dele.- engole seco
- Vê se da pra ficar feliz escutando essa porra! Meu filho só não ta passando fome por causa da senhora que ta tirando do seu dinheiro suado! A partir de hoje, só dou o dinheiro dele na sua mão.
- Pode ser meu filho - segura a minha mão, dava pra ver sua preocupação com a filha.- mas, promete pra mim que não vai fazer nada com ela?- a olhei sério saindo da casa. Eu não minto.
Só paro de procurar quando achar essa filha da puta! Subi na moto tirando de giro pela minha favela.
A rocinha é grande mas não infinita!
[...]
Parei a moto quando a vi sarrando em um menor no meio do bar. Estaciono a moto descendo puto.
Andei em sua direção rapidamente puxando seu cabelo fazendo a mesma cair no chão.
- Que porra é essa?- disse olhando pra cima
- Pra garantir rapidinho, as amiguinhas tão vendo?!- elas assentiram rapidamente. Dei uma bicuda na boca do estômago fazendo a mesma cuspir sangue.
- Que que ta acontecendo Ret?- perguntou ja fazendo voz de choro dela
- A mesma coisa que fez tu fez com meu filho, piranha!- dei um tapa em sua cara segurando sua bochecha - Quem é amiguinha sua que bate nele também
- Não tem- chutei sua costela- A loira, a loira!- disse chorando e eu fui até ela dando uma banda fazendo a mesma cair no chão.
- Pra você- dei um soco em seu nariz fazendo descer sangue- Aprender- dei um chute- A não bater- puxei seu cabelo arrastando a cara no asfalto ralando o rosto da mesma- no filho dos outros, desgraçada!
- Desculpa, me desculpa!
- Chega Ret, pelo amor de Deus!
- Agora é chega né? - soquei sua cara fazendo o sangue espirrar na minha blusa- Quero você longe do meu filho- montei na moto.
- Mas ele ainda é meu filho!- Gritou chorando
- Quando ele ta com dinheiro ele é seu filho.- dou uma risada- Eu tenho nojo de você Soraya, nojo! - cuspi na mesma
Cheguei em casa vendo Joice deitada no sofá. A mesma me olhou assustada se levantando rápido. Desconfio que seja pelo sangue.
- Que porra é essa Matheus?!
- Ela mexeu com meu filho Joice- tirei minha camisa passando na cara, tirando o sangue que tinha.
- Me diz pelo amor de Deus que você não matou a mãe do seu filho- sussurrou histérica
- Não to maluco ainda não Joice- Acendi um baseado
- Que que aconteceu Ret?
- Descobri que além dela estar batendo no Gui a amiga dela também estava. O dinheiro que eu mandava não ia pro meu filho. Enxerguei mais nada depois disso, vi tudo preto, queria dar umas bicuda na cara dela e foi isso que eu fiz- soltei a fumaça
- Que filha da puta- assenti- Mais um ótimo motivo pra tu ir semana que vem, mudar os ares...
- Porra, tu não levar nada a sério?! To falando que bati na mãe do meu filho porque ela tava deixando ele passar fome e tu querendo me levar pra meio de playba? Toma no cu Joice!
- Eu queria aliviar o clima- abaixou a cabeça e eu neguei indo pro meu quarto
Tomei um banho colocando uma samba-canção, liguei o ar no mínimo e deitei do lado do meu filho que dormia com um sono pesado.
Acordei com um serzinho pulando na cama para me acordar. Até da uma vontade de socar, mas não tem como, aquele sorriso que ele deu quando me viu de olhos abertos já me fez ganhar meu dia.
- Bom dia papai!
- Fala filhão, como você ta?- me expreguicei o puxando pra mim
- Com fome...
- Sua tia não fez comida pra você não?- perguntei confuso
- Ela não ta aqui- deu de ombros
Peguei meu celular ligando pra mesma
IDL
Joice: Oi
Ret: Onde tu ta Jo?
Joice: Tive que vir correndo aqui pro asfalto e fiquei com dó de te acordar tava dormindo tão bonitinho- ri
Ret: Valeu então, qualquer coisa me liga viu
Joice: Te amoFDL
Não sei se ela fica mal quando eu não mostro esse carinho que ela me da mas a minha personalidade não permite. Sou uma pessoa mais fria, rígida com qualquer pessoa ao meu redor.
Poucas pessoas já me viram ou já me fizeram sorrir. Eu gosto disso. De ninguém saber nada, de não saber o que esperar de mim.
Eu sou imprevisível.
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.