Meu mundo- cap 57

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R E T

dois dias depois...

- Se não der certo, você me promete achar essa piranha e cuidar dos meninos?

Perguntei minutos antes de começarmos a invasão em uma pequena casa onde temos quase cem por cento de certeza que a Soraya está escondida com o meu filho. Sem dúvida os piores dias da minha vida. Além do meu filho estar em perigo já que a mãe dele é maluca. Ju está sentindo uma cólica muito forte por conta desse ocorrido.

Por conta do problema dela na gravidez não pode ficar estressada, ansiosa nem nada do tipo. E esses dias ela ta tudo isso e mais um pouco. Nenhum dos dois está conseguindo nem pregar o olho direito o que não é bom pros últimos dias de gravidez.

- Para de falar merda irmão, vaso ruim não quebra- ficou na posição.

-Pode ir patrão?- fiz um sinal pra esperar.

Sem dúvidas a missão mais tensa que já organizei. Tem que estar perfeita, sem nenhum erro. Qualquer erro pode custar a vida de um dos meus bens mais preciosos. Respirei fundo rezando e logo depois fazendo o sinal da cruz.

-Seja o que Ele quiser- comecei a avançar pela mata.

Escoltamos a casa que ironicamente ou não, não tinha nenhuma escolta ou vapor fazendo a segurança.

Chutei a porta vendo a casa escura e vazia...ela sabia que viríamos.

Vasculhamos a casa inteira e nada, por desencargo de consciência mandei eles esperarem lá fora começando a procurar de novo, detalhe por detalhe empurrando tudo vendo se não havia nenhum esconderijo. Quando estava quase desistindo escuto um choro atrás do armário me fazendo dar um suspiro de esperança.

Chama o Cobra que vem silenciosamente, mando o mesmo arrastar o armário enquanto eu ficava na mesma posição. Quando foi arrastado me deu a visão do meu meninão, contudo, não da maneira que queria.

Soraya segurava uma faca próximo do pescoço do mesmo que dormia com sua chupeta.

-Solta Soraya, sabe que vai ser pior pra você se continuar com esse joguinho.

Me aproximava aos poucos tomando muito cuidado com qualquer movimento que ela tinha.

- Sai daqui Ret, me deixa com meu filho!- disse em meio a um choro que era descaradamente falso.

-Para de show Soraya-falei firmemente- Me devolve meu filho e eu te dou quanto dinheiro que você quiser.

-Eu não quero dinheiro.

-E eu sou padre- falou atrás de mim.

- Posso te contar uma coisa- me aproximei fazendo a mesma segurar a faca mais próxima do meu filho- calma

-Me deixa ir que eu não faço nada com ele

-Sabia que não ia mudar tão fácil- ri perverso- Solta meu filho que eu te deixo livre

Discretamente fiz um sinal atrás de mim pro cobra mandando ele mandar os moleques lá de fora se esconderem e pegarem ela quando correr. Saiu discretamente me deixando a sós.

-Me da ele Soraya.

Estiquei a mão pra mesma que quando percebeu que estávamos só nós dois correu rápido do lado de fora, jogando o Guilherme no chão. O peguei rapidamente abraçando com toda a força possível e inimaginável do mundo. Pensar em perder ele e nunca mais sentir seu cheiro mexeu comigo de uma forma que deixei completamente a minha marra de lado.

Sai da casa com ele em meus braços vendo Soraya no chão com meus vapores, sorri sem exibir meus dentes olhando para a mesma.

- Você sempre foi burra- chutei a cara da mesma- Vai se arrepender por poucos dias de ter feito isso, afinal, você só tem isso...

[...]

Abri a porta de casa vendo a Loirão inquieta no sofá.

- Oi tia- falou ele que já estava acordado no meu colo.

-Ai meu deus- lágrimas desceram em suas bochecha- Oi meu amor, que saudade eu estava!

Tentou pegar o mesmo do meu colo mas recusei por conta do peso.

-Pelo amor!- revirou os olhos.

Sentamos no sofá jogando papo fora até ela dizer:

- Ret, acho que a Maia ficou com ciúmes do Gui- a olhei confuso- Eu to com contração desde que vocês chegaram e minha bolsa acabou de estourar.

-Ela ta vindo- perguntei sorrindo e a mesma assentiu- Filhote, vou ter que deixar você com a tia Joice porque você não sabe quem a gente ta indo buscar.

- Quem?- perguntou.

-A Maia- disse sorrindo pro mesmo.

Peguei as bolsas e fiz uma pro Gui que eu terei que infelizmente passar mais um dia longe, mas dessa vez, por um bom motivo.

- Já ta tudo pronto?- perguntou com uma cara tão normal que estanhei.

- Ta sentindo dor não demonia?

- Muita- respirou fundo- Então se você puder apressar ai eu vou eternamente grata. Estou achando que vou parir essa garota aqui mesmo.

Acelerei o ritmo colocando as malas no carro e deixando o Gui na Joice que está mais ansiosa do que a própria Júlia.

-Ta chegando a hora- me olhou.

-Chegou a hora loirão- sorri para a mesma que retribuiu.

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não sejam leitores fantasmas, gosto mais de ler com os comentários do que receber os votos, a leitora ama oces🫶

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Meu mundo - concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora