R E T
Sou dispertado sendo sacudido pela morena. Esfrego os olhos tentando me acostumar com a luz ambiente desligando o ar-condicionado. Espreguicei meu corpo sentindo minha mão sendo puxada pela Maia. Estranho mudando a minha feição puxando a minha filha.
- Que que tu ta fazendo aqui papai?- beijo a mesma que da uma risada gostosa.
- Lu deixou ela aqui hoje de amanhã e disse que a creche ainda não voltou a funcionar, preciso que você fiquei com ela hoje- abotoa o botão da manga de sua blusa social.
- Sério morena?- lamento lembrando de tudo que tenho, ou melhor, tinha pra fazer hoje.
- Sim Ret, sério- fala firme me encarando- Na hora de meter é gostoso né? Tu se divertiu, agora assume a pica!
- Acordou com o demônio do lado?- falo após perceber sua grosseria desnecessária
- Sim, dormi junto contigo- se vira passando perfume- Ve se consegue dar um jeito na casa também, a menina ficou doente e não conseguiu vir.
- Jae Julia.- digo no mesmo tom que ela pegando a Maia no colo. Me levanto escovando o dente rápido já que a branquela está manhosa e queria um colinho do papai.
Julia ensinou a linguagem de sinais para bebês pra Maia e papo reto? Mo adianto filho, se soubesse Guilherme também teria aprendido. Mai fala algumas palavras soltas mas pra se comunicar ela usa a linguagem. A neném faz o sinal de querer comer então vou até a cozinha.
- Você deixou seu leite na geladeira ou tem que fazer?- falo um pouco alto pra ela escutar.
- Tirei ontem antes da festa, deve estar estragado. Faz a fórmula- coloca o seu blazer, pegando sua bolsa e o óculos da Prada- Vê se faz as coisas que eu pedi por favor.
Julia bate a porta me dando o tempo necessário pra revirar os olhos. Mina chata do caralho, vou te contar! Pego a branquela pondo na cadeirinha dando a mamadeira em sua mão.
Como sempre o universo parece que não quer que eu trabalhe. Todas as vezes que to cheio de caô la na boca algo me impede de ir. Não to reclamando de ficar com a minha filha, jamais faria isso! Ela e Guilherme são os acidentes mais lindos da minha vida. Graças a Deus eu dei mole, papo reto. Não sei como seria se eles não existissem, gosto nem de pensar, visão mermo!
Termino meu café e vou pra sala ligando o ar pondo o desenho que a neném gosta resolvendo o que da pelo meu celular. Escuto meu radinho tocar na mesa me levantando pra atender sabendo que já vem merda.
RDNH ON
Ret: Fala comigo:
Mh: Chefe, preciso que venha correndo aqui pra boca. Deu federal com o acordo dos cana- fala de maneira desesperada.
Ret: To preso hoje Mh, da pra resolver sem mim não? Cade o cobra?!
Mh: Cobra que mandou te chamar. Não tem como mermo?
Ret: Caralho!- bufo olhando pra Maia- To com a minha filha viado, se Julia descobrir que eu levei ela
pra i vai falar a vera no meu ouvido!
Mh: Trás a neném que nós cuida po, foi assim com o Guilherme. Tu ta ligado que nós não é bagunça nem comédia. Ninguém aqui quer morrer não.
Ret: Jae, marca que eu to brotando pra resolver.
RDNH OFFPasso a mão na cabeça pensando o quão merda isso pode dar mas não adianta, vou ter que ir de qualquer maneira. Chamo a neném que vem andando comigo até o banheiro onde tomo e dou banho nela ao mesmo tempo.
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.