R E T
Não há nada que me torture mais do que ficar brigado com a Julia! Ainda mais se essa briga for idiota mermo, besta. Esse mês foi dose, tudo sem ela sempre é.
Nunca me vi tão apaixonado por alguém antes, eu esqueço de pensar até em mim e meus pensamentos vão unicamente pra ela, com tudo, parece que tem algo não querendo nós dois juntos.
Encho mais um copo com whiskey pegando meu celular, a pior coisa que poderia fazer agora é matar alguém, então ligar pra essa mina não parece ser tão ruim. Pego meu celular e em poucos toques ela me atende, escuto barulhos estranhos que por conhecer a mesma já percebi do que se tratava. Escuta-la pedindo mais e tapa pra outro me endoidou de ódio.
Pego a chave do meu carro e viro o copo diretão mermo sentindo descer ardendo. Minha mão treme de raiva. Respiro fundo batendo a porta da BM seguindo pra sua casa.
Em meia hora eu chego e abro a porta com a chave reserva vendo o apartamento vazio. As crianças estão com a avó do Guilherme que toma conta deles no fim de semana. Sento em seu sofá sentindo o sentimento de ciúmes tomar meu corpo. Se eu deixar essa filha da puta solteira eu sou uma air-fryer porra! Quer transar? Me liga, negar essa cachorra é a última coisa que vou fazer.
Escuto a porta ser destrancada e a luz do corredor invadir o apartamento que estava completamente escuro. A única luz presente era a do meu cigarro acesso, que logo apago entrelaçando meus dedos na minha nuca.
- Onde você estava?- não a olho, meu olhos continuam no chão, acho assim mais fácil de controlar minha palavras e minha raiva. Não quero tomar nenhuma atitude impulsiva.
- Sai com umas amigas- Meu ódio aumenta ao escutar sua mentira. Entendo o porque, sabe que não vou reagir bem mas a Julia mentir me surpreende. Ela odeia mentira igualmente a mim.
- Porra, tu geme pra caralho com essas amigas sua- sinto seu olhar sobre meu corpo - Você atendeu minha ligação de propósito né?- pego meu celular mostrando a ligação pra ela finalmente olhando a percebendo um coque.
- Ret...- tenta formular uma desculpa mas me irrito antes disso. Me levanto jogando o celular no chão, Julia se assusta chegando seu corpo pra trás
- Ret o caralho Julia!- digo alto chegando perto dela que claramente se afasta por medo- Sabe que é minha mulher! Ta maluca de dar pra outro?! Acha que a vida é morango?! Tu é mulher de bandido porra!- grito em sua cara e percebo as lágrimas em seu rosto me afastando dela suspirando alto.
- Você pode comer quem quiser e eu não posso viver?!- diz um pouco alto.
- Vive comigo porra! Vive com a nossa família! Quer transar?! Me liga que eu venho que nem cachorro!
- A gente não se falou quase um mês inteiro Ret, estávamos brigados, como vou adivinhar?!- Sua voz de choro me da mais raiva ainda, mesmo sem perceber ela tenta sempre manipular a situação para se fazer de certa mas dessa vez, quem vai entrar nesse joguinho de manipulação sou eu!
- Como você vai adivinhar? Do mesmo jeito que esse cuzão te procurou e você atendeu, tu faz comigo. Te liguei a porra do mês inteiro caralho, ta de marola?!- respiro fundo- Você não ta mais solteira não, eu sou maluco se continuar te deixando assim!
- Do que ta falando?!- joga sua bolsa no sofa, procuro meu maço e meu isqueiro colocando um cigarro na boca tentando amenizar o sentimento.
- A gente ta junto Julia- sopro a fumaça.
- E se eu não quiser ter nada com você? Sou obrigada?- prende seu cabelo que caiu do coque mostrando estar completamente embolado. Fico um tempo em completo silêncio sentindo a mesma me fitar esperando uma resposta .
- Menos drama, posso te jogar a verdade? Nós somos as pessoas mais orgulhosas que existem. Eu sei que tu quer voltar e eu também quero pra caralho mas nenhum dos dois vai vencer esse orgulho. Mas dessa vez vou fazer diferente. Eu quero você! Não quero ganhar porra de discussão nenhuma, volta pro lugar que é teu.- não a olho em momento algum, foco em me acalmar fumando meu cigarro.
- Ai como você confunde!- passa a mão na cara falando revoltada.
- Por que eu te confundo?- a encaro soltando a fumaça.
- Não me olha assim, eu sei quando ta tentando me manipular! Tu me deixa maluca Ret, parece que gosta de me ver surtar por não entender porra nenhuma e não importa como, tudo que eu faço sempre consegue chegar em você. Eu só transei com outra pessoa como você fez esse meses todos solteiro, qual o problema?!
- O problema que escutar você pedindo mais pra outro. Só de pensar que outro te fez gozar sobe um ódio descomunal no meu corpo. Quero fazer isso, quero te ter o tempo inteiro novamente. Ter a nossa família junta novamente.- me aproximei apagando o cigarro, pra não ouvi-la reclamar - Mesmo querendo te matar agora, eu te amo pra caralho Julia!- passo uma mecha de cabelo pra trás de sua orelha levando minha mão a lateral do seu pescoço.
- Matheus...- perco um pouco a postura toda vez que meu nome sai da sua boca- Eu te quero- uma lágrima escorre de seus olhos- Me beija por favor.
- Eu não quero te beijar, por motivos óbvios, mas o que me diz. Fica no meu nome de novo- faço carinho em seu rosto.
- Não, você fica no meu nome.- da um sorriso sincero, impossível não fazer o mermo. Com essa mina de bad boy eu só tenho a cara!
- Fico aonde tu quiser, "loirão"- brinco- Eu te amo tanto Julia...
- Eu tenho certeza que amo bem mais.- afaga meus cachinhos. Bipolar do caralho.
- Sabe que essa merda que tu fez não vai sair barato né?- falo sério e ela revira os olhos.
- Sei...- lamenta ainda mantendo contato visual.
- Vai ficar ai, de molho até eu achar que ta bom- pisco pra ela.
- Demônio, tu é o capeta Ret.
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Só solto o próximo quando voltarem a comentar!!
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.