Meu mundo- cap 46

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J U L I A

Saímos da Joice relativamente tarde, pra uma grávida eu diria que oito horas da noite é quase uma da madrugada. To morta filho! Meu pé ta me matando.

Chegamos em casa e Ret já foi tirando a camisa e pegando seu maço pra fumar. Guilherme está na avó a pedidos dele mesmo, disse que tava com muita saudade de ficar com ela então Matheus o levou.

- A gente vai se mudar?- perguntei saindo do banho.

- Que?- indagou confuso.

- Vamos pra outra casa? Não sei, uma maior- joguei a toalha na cama passando hidratante.

- Não- acendeu mais um cigarro me olhando cima a baixo, deu moral? Nem eu!

- Onde vamos colocar o quarto dela?- coloquei minha camisola de seda.

- Junto com o do Guilherme po!

- Não- afirmei vendo o mesmo rir.

- Como assim não Julia? É só colocar um berço e pronto, o Guilherme foi assim e ta vivo. Precisa de muita coisa não.

- Eu quero que ela tenha o quarto dela.

- Para de ser mimada caralho, aceita escutar um não e se conformar com isso!- estalou a língua.

- Eu sou mimada por querer que minha filha tenha um quarto?

- Ela vai dividir o quarto com o Guilherme e acabou Julia, não tem pra que uma criança ter um quarto só isso pra ela.

- Mas o Guilherme teve não teve?- cruzei os braços na sua frente.

- Porque eu só tinha ele- passou a mão na cara.

- Eu pago cara, o Gui também precisa de privacidade.

- Privacidade é minha caceta Julia, o moleque tem três anos de idade sabe nem que tem piroca.- fala puto.

- Ta estressado já por que? Não posso querer coisas diferentes de você?

- Claro que pode, você pode tudo!- foi pra sala.

- Tu transforma um bagulho simples em um espetáculo. Eu só quero que a menina tenha um quarto só isso- repeti.

- Eu to dizendo que ela não precisa.

- O que custa?

- Dinheiro, mas isso nunca foi um problema. Ela só precisa de berço e fralda. A maior parte do tempo ela vai ficar no nosso quarto mermo.

- Tua cabeça é muito fechada sabia? Se for dinheiro o problema já falei que eu pago!

- Então constrói caralho, monta a porra que tu quiser! Era isso que você queria ouvir?- disse puto.

- É isso Ret, tu é foda. Ta certo- virei indo pro quarto.

- Volta aqui loirão!- me chamou mas a campainha tocou fazendo o mesmo abrir a porta- Que que você ta fazendo aqui?

- Vim buscar meu filho- disse entrando.

- Desculpa, mas quem deixou você entrar?- perguntei normalmente.

- E quem é você?- perguntou debochando me fazendo respirar fundo pra não perder a postura.

- Júlia, prazer- dei a mão pra ela apertar mas a piranha virou me ignorando.

- Tu não tem filho Soraya, já te falei que quero você longe dele- colocou água em um copo bebendo.

- Eu tenho direitos sobre ele amor- passou a mão em suas costas que estavam sem camisa arranhando as mesmas

Ela tá me testando...

- Não me encosta não Soraya, sai da rocinha. Te disse que não quero você aqui e parece que esqueceu com o tempo- encarou a mesma sério.

- Eu só saio daqui com ele!- disse alto.

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