J U L I A
Acordo ligando pro Ret, afinal, quem sai no meio da noite sem avisar nunca é pra algo bom né?
Guilherme já foi pra escola e Maia também ja foi pra creche. Quando estou com o telefone no ouvido ligando pra ele vejo a porta se abrindo.
- Não surta, eu já vou te falar estava e porque não atendi.
- Por que você sujo de sangue Ret?- perguntei assustada.
- Eu tenho um motivo, calma morena.
- Acho melhor você falar logo então!- disse alto.
- Fala baixo, Maia ta dormindo- falou sério.
- A Maia não está nem em casa Ret, por que você está sujo de sangue?- manti meu tom.
- Eu matei a Soraya.
- O que você fez Matheus?!- coloquei a mão na boca.
- Fiz o que eu tinha que fazer- andou até o banheiro.
- Você acha isso legal? Matar a mãe do seu filho?- empurrei o mesmo ainda pronunciando alto- Comeu merda caralho?
- Tu ta maluca Júlia? Sabe com quem você ta falando?
- Tenho total noção de que to falando com uma pessoa dodói de cabeça! Olha isso, olha o que você fez!
- Eu fiz o melhor que pude fazer Julia!
- Se esse é o seu melhor imagina o seu mínimo- disse com nojo.
- Você acha que deveria fazer o que, fodona?
- Deixava presa em um lugar no foda-se e deixa o Guilherme decidir o que era melhor pra ele. Pro futuro dele!- apontei o dedo na sua cara.
- Ele tem quatro anos, sabe quanto tempo ela ficaria presa?
- Desde quando você se importa com os outros?- sai do banheiro.
- Não da as costas pra mim Julia, volta aqui.- veio atrás de mim. Vi minha bolsa no sofa e peguei a mesma colocando meu celular e chaves dentro me ajeitando no espelho da porta.
- Se eu continuar essa conversa, vamos terminar. Mas eu não posso pensar só em mim por que nós temos dois filho pequenos, não fala comigo!- Bati fortemente a porta entrando na minha Velar, gritando dentro da mesma.- Merda Matheus, merda!- bati no meu volante.
[...]
Volto pra casa exausta e de cabeça cheia ainda por aquilo; pego Maia na creche que já vem chorando.
- Filha, por favor, para de chorar por que eu vou chorar junto- disse com um bolo na garganta. Depois que Ret me disse aquilo uma raiva gigantesca veio á tona, ele só pensou no presente e no próprio umbigo. Coisa que quando ele faz me irrita ao máximo!
Chego em casa com ela ainda chorando no meu colo e acredite em mim, não é por fome isso pode ter certeza. Se fosse estaria me rasgando procurando o peito.
Entro em casa vendo o lindão deitado no sofá, praticamente joguei a Maia em seu colo ouvindo ele já chamar meu nome. Ignorei-o totalmente e assim vou fazer a semana inteira!
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.