dois dias depois...
J U L I A
Acordo com nada mais nada menos que vinte e cinco ligação da Joice e Maia engatinhando na cama quase caindo. Rolo os olhos inspirando fundo o ar com cheiro de neném presente no meu quarto.
A branquela está com cinco meses, grande e gorda. Se ela é assim só com leite, quero ver com comida. Levanto pegando a neném no colo pondo a mesma no chão retornando uma das ligações perdida da minha preta.
IDL
Júlia: Oi amiga, bom dia- falo com a voz rouca de quem literalmente a acabou de acordar.
Joice: Cade você?! To aqui já mona.
Júlia: Acabei de acordar preta, vou arrumar as crianças e já vou. Ta com quem ai?
Joice: Luiz, Natan, Matheus e só ué. Te falei que era só a gente.
Júlia: Ta, te amo. Me manda o endereço que já vou.
FDL
Desliguei quando busquei a Maia com o olhar e não encontrei. Essa bolinha já está engatinhando tudo e conseguindo me levar a loucura procurando ela. Vejo na casa toda e a encontro de baixo da minha cama que hoje fica no antigo quarto do meu pai...e que saudade eu tenho dele.
Sempre vou me sentir culpada e agora que eu voltei pra casa me sinto mais ainda. Nunca vou me acostumar com a sua ausência, tampouco a forma que se foi. O amor da minha vida se matou na minha frente por que escolhi a forma errada de amar, ou a pessoa errada...
Pego a no colo e a mesma vem mordendo sua mão me deixando toda babada. O esporro que eu daria nela foi junto com a minha marra vendo seu sorriso careca que melhora o dia de qualquer um. Maia é alegria pra quem passa ou quem vem, ela é pura luz. Me dirijo a cozinha deixando ela no tapete brincando, preparo o café do Guilherme que ainda está dormindo no seu quarto novo. O da neném ainda está sendo reformado.
Hoje é sábado então não deveria estar comigo, dia do Ret mas como ele não consegue conciliar comer as putas dele e os filhos, desconfio que não mereça ficar.
Por incrível que pareça, não tenho ciúmes dele fazer mas fico puta com a irresponsabilidade de esquecer o Guilherme mais de três vezes em um mês. Muita sacanagem até mesmo comigo. Faço seu misto com nescau e levo acordando-o com beijinhos. Guilherme faz um charme mas foi só falar a frase mágica que ele logo acordo todo feliz.
- Não quero mãe, me deixa dormir!- desde que saímos do morro ele disparou no deu desenvolvimento em todos os tipos, fala, jeito...
- Vamos para praia com seu pai?- digo séria e o mesmo me olhou ja pegando seu sanduíche- Agora você vai né?- sorri fazendo cosquinhas nele.
- To com saudade do papai- falou um tempo depois enquanto eu arrumava sua mala- Era mais legal quando vocês se gostavam mamãe, porque não estão mais juntos?- sua feição demonstrava a confusão presente em sua cabeça.
- Não deu certo filho, o senhor não tem que se importa com isso. Seu pai vai estar lá com você e com a sua irmã- beijei sua cabeça saindo do quarto- Acaba de comer e vai tomar seu banho viu.
Volto pra sala vendo a branquela vidrada na televisão, respiro aliviada arrumando a minha mala juntamente a dela.
[...]
Ajeito as crianças no carro e brigo brevemente com o Guilherme por não deixar a Maia quieta, implicância do caralho, euem. Coloco o filme do Gui no Ipad dele vendo o mesmo pegar sua chupeta ficando quieto.
Joice me manda o endereço e eu coloco imediatamente no waze. Umas duas horas depois chego e quando ia buzinar percebo que as crianças estão dormindo. Em nome da minha paz, ligo pra Joice que abre a garagem pra mim.
- Chegou caralho!- abriu a boca me fazendo sentir o puro suco do álcool. Sorri abraçando ela e fazendo o sinal de silêncio dando a entender das crianças.
- Vou colocar os dois lá dentro e saio pra falar com vocês- abro a porta tentando pegar o Guilherme e não conseguindo, o bichinho ta pesado demais cara.
- Deixa que eu pego ele- disse tocando meu ombro e não demorei um segundo se quer pra descobrir de quem era a voz e a mão tatuada. Rolo os olhos aceitando a ajuda sem dizer nada, apenas saio da frente.- Vou colocar ele no nosso quarto.
- Nosso?!- pergunto com ênfase vendo ele sorrir vitorioso- Eu quero um quarto só pra mim, tem essa de nosso quarto não.- acompanho levando o bebê conforto com Maia na mão.
- Só tem esse Júlia, tenta não ser mimada e fazer birra por conta disso, valeu?- deitou o Guilherme na cama e eu fiz o mesmo com a branquela cercando os dois com travesseiros.
- Eu sou adulta Ret, não tenta me dizer como tenho ou não agir.- o fuzilei com o olhar saindo do quarto dando de cara com o Cobra.
- Visão comadre-me abraçou forte sorrindo- Como você ta?
- To bem cara, saudades demais de você- me afastei puxando uma cadeira pra sentar ao seu lado- Ta bem?
- To indo né, sabe a merda que eu fiz com a Joice?- assenti- Nunca me arrependi tanto de um bagulho, é aquilo de só dar valor depois de perder né. E você e Ret?
- Eu e ele nada po. Não existe mais isso- afirmo com certeza.
- Por que que vocês terminaram?- coloca um copo de whiskey com gelo de coco pra ele e pra mim.
- Ué, ele não te contou?!- negou- Ele me traiu Cobra- beberiquei meu copo vendo sua feição em choque.
- Trai o caralho Julia, ta malucona?! Sou homem pra caralho!
———
eai, ret traiu o ju ou não?🫣 To ansiosa pra soltar o próximo hihihi
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.