J U L I A
uma semana depois...
Hoje eu to afimzona de fazer merda! Fui convidada pra um tal Havaí do cabelinho. Evento do Victor Hugo, sim aquele Victor Hugo, em comemoração ao seu aniversário. Avisei pro Ret que tenho uma festa mas não falei de quem é a festa.
Como foi um evento muito repentino e atoa não tive a chance de ir no shopping então estou aqui no salão acabando meu cabelo pensando a bendita roupa que eu vou e me lembro de um macacão feito sob medida pra mim. É ele!
- Não tenho nem palavras pra te agradecer Camille- dou dois beijinhos.
- Pra filha do Augusto sempre teremos um horário. Estava com saudade de suas madeixas princesa- sorri- E eu percebi essa aliança em. Casada a quanto tempo?
- Alguns meses- dou um sorriso.
- E ele trabalha com o que?- caminha até o caixa.
- Gerência- passo meu cartão pegando minha bolsa na cadeia que eu estava sentada.
- De que a empresa?- engulo seco.
- Farmacêutica- ando rápido em direção a saída com a intenção de fugir de suas perguntas intrometidas- Obrigada novamente Cá!
Pago o estacionamento entrando na BM. O esquema é seguinte: Pedi pro Ret dormir com as crianças na rocinha hoje pois iria na festa de uma amiga minha
e graças a nossa senhora da farra, ele aceitou sem questionar nada. Odeio mentira, papo reto!
Chego em casa largando tudo em qualquer canto correndo pro banheiro. Ligo o som caprichando no meu banho porque estou casada e não morta, quero estar gostosa, cheirosa, sexy. Julia mãe vai ficar em casa dormindo belíssima!
- E me abençoou, e eu me sinto abençoado- cantarolo vestindo o macacão.
Me sinto um pouco culpada por não estar sendo cem por cento verdadeira com o meu marido mas quero muito curtir pra caralho hoje e sem dúvida iríamos brigar se ele soubesse de quem é a festa.
Chego no local me deparando com a grandiosidade, parece até que é a última festa da vida dele po. Que estrutura, uma arena enorme. Se eu falasse que tinha pouca gente é o puro suco da mentira, o local estava inundado de gente, tinham pessoas para tudo quanto é lado.
Adentro sendo recebida com um coquitel de não sei o que escutando um som bem light como: "me maceta filha da puta". Escuto a voz do cabelinho me chamando, me viro o vendo com um sorrisão e um copo em suas mãos. Não consigo me conter também, acho até engraçado pela sua dancinha vindo até mim. Pela primeira vez no dia um sorriso sincero brota no meu rosto.
- Morena!- me abraça- Que isso po, saudades de trocar umas ideias contigo.
- Ta todo suado, pelo amor de Deus Victor- rio me separando dele.
- E que que isso na tua mão em- pega olhando minha aliança- Te laçaram foi?
- Que nada, casei com o Ret né Vi. Nem sabe que a festa é sua inclusive- pego mais um drink no bar.
Por incrível que pareça nos tornamos amigos. Aqueles que não se falam sempre mas sempre que nos vimos, mesmo que rapidamente como em almoços na minha empresa, conversamos sobre absolutamente tudo.
- Se soubesse tinha mandando tu trazer ele. Da última vez vocês tinham brigado, mas olha, te quero soltinha hoje, vem com essas graça de beber pouquinho e ir embora não. Deixa que te levo toda vomitada.- me abraça- Amigo ama- me da vários beijinho- Sei que tu gosta carinho.
- Saaai Victor- dou uma risada- Pode deixar, vou curtir hoje. Prometo!
[...]
- Fala que tu é minhaa!- canto junto a ele gravando um stories. Preciso falar que to beba ou ja ta claro?-Vamo admitir que nós combinaa...
- Nos dois junto é fogo e gasolina- canta comigo pegando o celular e postando. Nem esquento a cabeça.
O nascer do sol ta putaria demais pro meu gosto, Victor Hugo tava em uma onda que nem Deus ta entendendo. Todo suado, balançando as tranças brancas deles fazendo todos nos rirmos.Sem papin nem lero lero Cabelinho é uma das pessoas mais engraçadas que já vi na minha vida! Sua postura de mal é como a do Ret, some quando está perto de pessoas que confia e ama.
- To todo suado mas vem cá, bird vai tirar umas foto nossa. A bonita não gosta de me ver mas te amo mermo assim- fala como um desabafo me abraçando.
Bird, seu fotógrafo, não é muito próximo de mim. Sempre está presente por ser bom...seu fotógrafo mas nunca pegamos e trocamos uma ideia. Não tenho o que reclamar, sua equipe sempre me trata bem.
Depois de algumas fotos, todas com o Victor fazendo uma bobeira, fico entediada fuçando um pouco meu
celular entrando no whatsapp vendo a dor de cabeça que eu tinha arrumado...
Wapp on
Retiano🖤
Ret: morena
Ret: morena
Ret: morena
Ret: morena
Ret: branca?
Ret: Julia?
Ret: mamãe?
Ret: mami?
Ret: mona?
Ret: no seu tempo ta morena
Ret: se tiver morrendo ta fudido em
wapp
Fazem mais de duas horas que ele me mandou essas mensagens. Minha mente alcoolizada esqueceu que é casada né? Só pode!
Disperso meus pensamentos quando vejo a mão tatuada do Vi no meu ombro, me viro o vendo com uma cara péssima. Já peguei exatamente o que ta aconteceu...
- Ele ta ai na porta né?- dou um gole grande no meu drink vendo ele assentir...é, queria dar uma agitada mas devia ter agido direito né.
- O pior é que fui eu mermo que atendi, tu ta fudida- fala rindo de nervoso.
- Tu não tem noção de como.- cato minhas coisas rápido pegando pelo menos mais um drink no bar,
se for pra ouvir, eu vou ouvir bebada.
Saio do espaço que estava rolando a festa vendo ele com ambas extremidades cruzadas apoiado na Velar. Respiro fundo vendo sua cara de raiva.
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.
