Meu mundo- cap 133

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J U L I A

Acabei de me arrumar quando deu exatas 00:30.
Coloquei um vestidinho tubinho branco um casaco puff preto por cima, salto laranja de amarração alta e um óculos por que uma coisa que eu não erro é no look. De acessórios pela primeira vez estou usando as minhas joias. Meus anéis são de diamante acompanhando minha pulseira, famosos ices.

Caminho até a sala passando meu gloss da Kiko, sinceramente o melhor gloss que já encontrei na vida. Vejo Ret com aquela cara de mau dele sentado no sofá me olhando caminhar. Vou no espelho ao lado da porta arrumando meu cabelo e retocando meu perfume uma última vez antes de sairmos.

- Pode por minhas coisas no bolso da sua calça?- espalho melhor o gloss esfregando meus lábios. Quando viro vejo meu marido em pé, encostado na ilha que divide a cozinha da sala observando minhas atitudes.- Ta me namorando é?- sorrio pra ele que continua com a mesma cara fechada- Sei que to linda demais- mando beijo.

Ret cruza os braços elevando o queixo. Eu to linda e bela mas hoje o meu marido...ta de parabéns. Ouro no pulso, cordão pra dentro da blusa e esses anéis cravejados, que eu dei, tá lindo pra porra.

- Ta faltando pano nessa porra em Julia- disse seco arrumando o cavanhaque com uma mão vindo pra trás de mim abaixar meu vestido- se tu for dançar da até pra ver tua calcinha-me olhou cheio de autoridade com a cara de marrento que ele faz. Essa marra...saber que consigo acabar com isso rapidinho me da mais tesao ainda.- Ta de calcinha né?

- De renda preta- sorrio safada- É bom que só você tem essa vista- sussurrei em seu ouvido mordendo a ponta de sua orelha e consequentemente a sujando de gloss.

- Vamos antes que eu arranque essa porra dessa roupa. Todo dia essa merda, ter mulher gostosa é um fardo!- limpa a garganta saindo pela porta da garagem.

- De moto Retiano? Sério?- lamento pondo minhas coisas no seu bolso. Dou um passo pra trás e que caralho de homi gostoso da desgraça boy!

- Leva bolsa cara- estala a língua e eu espero do lado da moto de braços cruzados.

- Não tenho nenhuma que combine com essa roupa- na verdade eu não tenho nenhuma que ficaria boa com a roupa dele.

- Tá esperando convite filha? Mete a raba aí.- reviro os olhos subindo em sua garupa. Ret me espera prender o cabelo e segurar na sua cintura pra arrancar a moto com tudo.

Aproveito o percurso pra observar a rocinha e acho que minha ficha de ser a esposa do homem que tem esse lugar nas palmas das mãos dele, nunca vai cair. Às vezes esqueço que o Matheus não é só o Matheus Alencar, pai de dois filhos, excelente marido e amigo. E é bom esquecer. Amo esquecer disso.

Ret para de frente pra festa, muito bom, ser dono do morro tem suas vantagens. Abro a câmera do meu celular e peço pra ele segurar enquanto pego meu gloss em seu bolso retocando o mesmo sentindo seus olhos grudados em mim.

- Vamos?- ponho em seu bolso novamente.

- Se não fosse tirar seu batom, eu te beijaria agora- me entrega meu celular, dou uma risada frouxa.

- Para de ser palhaço- coloco minha mão em seu pescoço puxando para um beijo. Sinto sua mão deslizar pela lateral parando na cintura. Nem preciso falar que foi intenso né, tudo nosso é.

Meu mundo - concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora