Meu mundo - concluída

Meu mundo- cap 127

R E T

Tenho certeza que tem merda nessa porra! Uma coisa sou eu descobrindo as porra toda. Sou bandido, chefe de morro. Outra coisa é uma mulher riquinha descobrir aonde EU moro. Não é fácil, não tem papum. Essas parada não é pouca coisa.

- Achou alguma coisa?- entro na minha sala acendendo um cigarro.

- Coisa pra caralho, sou bandido, não burro.- permaneço sério- Catarina Estrella, ex modelo profissional da Vogue, Chanel e Prada. Desfilou em paris durantes os ano blablabla, resumindo essa parte, ela era a maior gostosa.- vira uma foto e eu concordo. Julia realmente tem de onde puxar.

- Até ai eu to pouco me fudendo- sento na minha mesa ligando o computador.

- Pulando pra melhor parte então chefe, após se divorciar legalmente com Augusto Ribeiro, pai da Ju, ela se casou a algum tempo atrás com o melhor amigo dele, que por pura coincidência, é policial. Sargento Andrade do decimo quinto batalhão.- sorriu convencido .

- Sargento Andrade, conheço esse nome- tento buscar na memória e consigo- Ele é miliciano porra! Já neguei pagamento pra ele, junto com o chaminha. A filha da puta é mulher de polícial e sabe onde eu moro- digo com raiva na voz.

- O que tu vai fazer patrão?

- Vou dar meus pulo né- suspiro- só que esse vai ser gostosinho de fazer, sente a verve papai- abro um grande sorriso.

[...]

Bato em sua porta repetidas vezes até a mesma atender. Pagaria um dinheiro legal pra ver essa cena se repetir algumas vezes sem ser na minha cabecinha...

- R-Ret? O que ta fazendo aqui?- entro em sua casa empurrando- Você não pode entrar assim- Vai em direção ao balcão da cozinha, spoiler: ela vai pagar uma arma e ameaçar atirar em mim.

- Vim te pagar- sorrio sem mostrar os dentes- Quanto você quer pra não envolver a minha mulher nas minhas parada? Sabe que ela não tem nada haver com isso.

- A Julia sabia muito bem onde estava se metendo quando casou com você- sacou a arma em minha direção. Nossa gente, que novidade. Permaneci no mesmo local sem demostrar qualquer medo, eu não tenho medo da morte, ela é algo inevitável.- A culpa não é minha que ela confia nos outros muito rápido- sorri.

- Na verdade, ela não confia em ninguém praticamente.- Me sento na sua frente ainda com a glock apontada pra mim.

- Sai de perto de mim, eu vou atirar!- destrava a arma tremendo- Não tenho medo de você!

- Quer uma dica?- petisco algumas castanhas que estavam no balcão- Quem aperta o gatilho não diz que vai atirar.- pego minha glock destravando e atirando no armário em seu lado- Tipo assim.

Catarina deixa a arma cair no chão quando levanta as mãos em rendição e por um milagre uma bala não foi disparada. Mantenho a guarda com a minha arma notando a mesma que ainda se tremia de medo como um pinscher. Que fofa.

- Nunca fale de quem eu amo loirinha, traio o mundo mas não traio minha mulher e se for preciso eu derrubo quem for só pra vê-la feliz, frizzo?

- Eu falo tudo, não me mata, por favor- sua cara ta molhada de tanto choro- Prometo que não sabe de nada do que eu sei, prometo!

- Nem que nada sei eu sei loirinha, começa a falar.- aponto pra cadeira ao meu lado- Senta e começa a falar.

- O que quer que eu diga?- limpa seu rosto.

- Não é o que eu quero que você diga, é o que o seu espírito pede. Fala o que acha que tem que falar e sinceramente? Sou bom em saber quando que as pessoas não estão falando a verdade.

- Eu queria vingança. Julia me tirou meu emprego, arruinou meu casamento, roubou meu dinheiro, minhas empresas, acabou com a minha carreira. Nunca suportei a ideia de ser mãe, não teria como criar outro ser humano melhor que eu.- rio de leve. Narcisismo...- Deixa-la foi libertador!

- Entende um coisa só, sua revolta é impar ninguém tem haver com suas mágoas, mas agora sua vingança? Quando começa a envolver minha esposa, vira particular. Ela não tem nada haver com você ser uma merda ambulante. Cuidado pra não coalhar Catarina, teu fio ta curto.- observo a mesma engolir seco. Amo ser temido, amo a energia do medo que eu sei causar.

- Quando chegou ao meu ouvido que o Augusto morreu eu voltei ao Brasil por uma proposta do Andrade, deve saber quem é- concordo com a cabeça- O plano pra mim era o dinheiro e minha vida antes dela de volta e pra ele era você preso. Pode não parecer mas a meta de muito policiais hoje é prender o famoso dono inalcançável da Rocinha. Tem muitos inimigos Ret.

- Não considero ninguém meu inimigo, não existe alguém com altura pra isso prefiro chamar de...troféus. Continua.- mando.

- Tudo foi planejado.- mentira. Atiro ao seu lado vendo sua posição de redenção novamente. Catarina fecha os olhos voltando a tremer.

-  Odeio mentira.

- Ok, nem tudo foi planejado. Não era pra vocês descobrirem meu endereço e nem eu mandar Julia embora daqui aquele dia e nem pra você estar em casa naquela manhã, devia estar morto na madrugada de domingo mas por curiosidade , você não estava na rocinha.

-  Eu quero que você vá embora. Não tenho resposta nenhuma pra você somente que o que cê diz não me afronta nenhum pouco. Nunca tive medo de ninguém e nem vou ter agora.- me levanto da cadeira- Você vai ser paga pra ter pelo menos alguma coisa, ta ligada?- me aproximei da mesma passando o cano da arma no seu maxilar- Não seja maluca de brincar comigo, to sendo bomzinho com você. A próxima vez que estiver na minha frente vai ser em um paredão, fuzilada.

- O único psicopata maluco aqui é você- fala entredentes- Demônio!

- É, me expulsaram do céu- rio- Não vai ser a última pessoa a me falar isso mas...fazer o que, eu sou branco.- Travo a minha arma pondo no coldre novamente.

- Quer que faça o que com ela de verdade chefe?- me pergunta quando saio da casa, acendo um cigarro.

- Deixa ela arrumar as malas dela, deixar carta avisando, sair correndo e o dinheiro na conta dela. Quando essa loirinha ai entrar no uber, que vai ser um carro nosso, quero que vá pro galpão seis. Avisa pro Cobra que pode entregar pros vapor quando ele acabar, pra mim ela foi embora e só isso se minha mulher perguntar- solto a fumaça indo pro meu carro voltando pra rocinha. Meu trabalho aqui ta feito!