Por trás das câmeras - VALU

'Cap 3 - audácia

Valentina Castro!
Ela se apresenta pra mim de um forma tão natural e espontânea que eu nem lembrava mais a sensação de encontrar alguém que não tenha medo nem receio de falar comigo. Confesso que eu gostei da sensação até então esquecida, mesmo tendo que manter a pose.

Êxito um pouco em retribuir o aperto de mão; Andy me olha e com a cabeça faz um movimento como quem me manda retribuir o gesto em comprimento a Valentina.

Eu olho dentro dos olhos dela que ainda está na minha frente, com um sorriso largo e a mão quase cansada de está ali estendida à espera da minha.

Estendo a mão, suada como a tempos não ficava, pode ser pelo calor do Rio, eu pode ser um efeito dela(?)
Senti o toque dela pela primeira vez. Ela aperta firme e ao mesmo tempo carinhosamente, seus olhos permanecem fixado aos meus; ficamos alguns segundos no transe que esse toque nos causou; Andy apenas nos observa, até que eu caio em mim e num bruto movimento disvenculo minha mão da dela.

- prazer. - respondo seco e me afastando dela.

Sento-me novamente a mesa onde está Andy.

- pode sentar! - dou consentimento para que ela junte-se a nós.

Ela procura um lugar mais próximo a Andy, minha razão agradece por isso, mas minha emoção é ego questionam porque não perto de mim, já que ela estava mais próxima a mim? Deixa pra lá!

- Então Valen, eu te chamei aqui porque a Luiza queria te conhecer. - Andy diz sem vergonha nenhuma na cara.

Olho desaprovando a cara de pau dele.

- Srat ° Luiza por favor. Na frente dos funcionários você me chame assim, senhorita! - ele me olha surpreso - e em nenhum momento eu disse que queria conhecer essa garota, apenas te questionei por ter a contratado sem me comunicar. Eu já te pedi pra não fazer iss...

Antes que eu termine de falar ela me interrompe.

- ele me contratou porque eu sou boa! - ela exclama quase que em um grito.

Andy se espanta com a ousadia de Valentina diante de mim, tem que ter coragem pra isso. Vejo no olhar dele a satisfação de ver alguém louco o suficiente pra me confrontar ainda mais dentro da minha empresa.

Respiro fundo.

- ah, você é boa? Então vamos ver se você é.

Falo caminhando lentamente em direção a ela, que permanece sentada no extremo da grande mesa que haverá ali.

Quando chego perto, me inclino sobre a cadeira onde ela está, uma das mãos sobre o encosto atrás dela e a outro eu uso pra dar dois tapas sobre uma pasta preta que estava na frente dela, sobre mesa.

- Me mostra! - falo na altura do ouvido dela, perto o suficiente pra que ela sinta meu hálito e possa ouvir mais nítido o som da minha voz.

Ela vira o olhar para o lado onde eu estava, sorrir cínico enquanto abre a pasta de trabalhos.

- ok, senhorita. Aqui está!!

Fico surpresa porque de alguma maneira ela não tinha medo de me encarar, eu não estava acostumada com isso.

- por favor! - responde num tom debochado

Ela apenas sorrir e começa a me mostrar alguns dos seus trabalhos; e não é que ela é boa mesmo. Mas óbvio que não direi isso pra ela.

Enquanto ela folheia as páginas, eu observo uma aliança em seu dedo, em meio aos tantos anéis que ela usa, não pude deixar de reparar.
Não consigo definir exatamente o que senti ao ver essa aliança, mas eu senti alguma coisa diferente e não gostei de sentir.