' Cap 59 - papo de mães...

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Dia seguinte 6:00 am.

Custei a dormir e ainda acordei cedo, tô extremamente cansada, parece que eu passei a madrugada inteira numa luta corporal.

Olha ao pé da cama e vejo minha mala pronta, olho para o lado e ela não está.
Penso em no motivo que possa ter feito ela abrir mão de está comigo os últimos dias antes que eu viaje.

Penso em ligar pra ela, mas ainda é muito cedo, a não ser que ela tenha tido uma noite péssima como eu, ainda deve está dormindo.

Olho o WhatsApp e nem sinal dela.
Sua última visualização foi exatamente quando me avisou que ia dormir.

Enrolo mais um pouco na cama, e quando são por volta das 7h levanto para tonar um banho e ir pra empresa.

Não consigo mais ficar nessa casa sozinha, mesmo com uma hora de antecedência, decido ir logo pro trabalho.

Chego lá e estão presentes apenas o porteiro, e o pessoal da cozinha.

Passo na área gourmet e pego apenas um café forte pra que me auxilie nesse sono imenso que eu tô.

Vou pra minha sala e fico ali pensando enquanto não dá a hora de começar o expediente.

Relaxo sobre um pequeno sofá que tinha ali, e estou quase pegando no sono quando recebo uma mensagem no celular. Corro até a mesa onde ele está na esperança de ser Valentina, mas não era.

WhatsApp
Número desconhecido.

- Oi, bom dia Luiza.

Estranho, é número aqui do Rio mesmo, mas desconhecido.

- bom dia. Quem é?! - pergunto.

Áudio

- te peço por favor que não me bloqueie antes de me ouvir. Do fundo do meu coração me de uma oportunidade de falar com você. Aqui é sua mãe, Lu por favor, fala comigo.

Meu coração dispara ao ouvir a voz da minha mãe depois de tanto tempo. Na infância a voz dela era minha calmaria, o tom suave e ao mesmo tempo firme dela me fazia tremer e ao mesmo tempo me sentir segura.

Eu ouço o áudio mas não respondo, não sei o que responder na verdade.

- ... eu estou sabendo que você vai viajar amanhã, e eu não sei quanto tempo mais você vai ficar longe, só queria que você me ouvisse antes de partir de novo.
Eu não vou ficar de rodeios Luiza, eu vou ser bem direta como sempre fui, eu quero te ver, eu tô com saudade do seu abraço, eu sei que no momento que você mais precisou dos meus braços eu não estava ali pra te abraçar, mas eu tenho que te dizer que você pode não acreditar, mas você nunca saiu das minhas orações, eu sempre pedi pra Deus te cuidar da forma que eu não cuidei, que ele te confortasse todas vezes que você precisasse, que ele te fizesse companhia todas as vezes que vocês se sentisse sozinha...

Fico vendo que ela está digitando, mas ao mesmo tempo que quero bloquear antes que ela me envie a mensagem, fico curiosa pra ler.
Me estranho em está cogitando ouvir minha mãe, talvez com a viagem, com esse lance da Valentina, com tudo que vem acontecendo, eu esteja mais vulnerável e automaticamente mais fácil de baixar a guarda.

- ... eu tenho tanta coisa pra te dizer... foram tantas aprovações que passamos esses últimos anos que você não faz ideia.
Vocês deve está se perguntando o porque dessa nossa volta repentina, e é sobre isso que eu queria muito falar com você. Eu e seu pai desejamos muito seu perdão, mas também entendemos seus motivos de não querer nem nos ver, de ter pavor de nós... mas mesmo que o resultado não seja o que desejamos, por favor, vamos conversar pessoalmente?! Eu te imploro Lu... por favor?!

Por trás das câmeras - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora