' Cap 22 - explicação.

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POV Valentina.

Acordo bem cedo pra não correr risco de perder a hora da viagem com a Luiza. Estou surpresa e feliz com o convite dela, depois do nosso último encontro eu achei que tudo já tivesse acabado de vez, mas ela me surpreendeu com esse convite inesperado. Acho que ela realmente tá disposta a me entender.

A viagem tá marcada para as 7h, mas como eu moro em outro país, me adianto o máximo possível caso aconteça qualquer imprevisto.

Levando, tomo um banho rápido, deixou apenas um bilhete para meus pais, pois havia me despedido deles ontem a noite. Ponho minha mochilas nas costas, pego minha moto e sigo no meu longo caminho até a empresa onde Luiza vai está me esperando com o helicóptero.

Vejo que tô dentro do horário e resolvo parar numa padaria para tomar um café, enquanto estou lá recebo uma mensagem Luiza perguntando se já estava de pé, a respondo rápido e sigo viagem.

Tudo estava dentro dos conformes, o trânsito estava tranquilo, a Lu estava em seu estado de paz e bom humor, eu já estava a caminho de seu encontro; até que sinto algo estranho na moto, levo um tempo pra perceber que o pneu esvaziou, foi aí que começou meu desespero, não suficiente, percebo que mais que vazio, o pneu estava furado, era preciso trocar.

Meu desespero aumenta quando percebo que não havia nenhum borracheiro aberto pelas redondezas, afinal ainda era sábado bem cedo.

Um senhor que passava pela rua me informa que o único borracheiro em funcionamento era um pouco mais distante de onde estava. Ir até lá era o único jeito.

Com muito custo com pneu completamente vazio consigo chegar até lá. Nisso a hora vai passando e meu desespero aumentando.

Cheguei lá e depois de explicar o que havia acontecido pro borracheiro, pego o telefone para me comunicar com Luiza, tentativa em vão, não havia nenhum sinal de rede no local.

Apresso tanto o borracheiro pra acabar de trocar logo o pneu, que nem sei se ele trocou direito.
Pago o serviço dele e saio de lá o mais rápido possível.

Quando chego num local onde já tem sinal de telefone e Internet, sinto meu telefone vibrar no bolso da jaqueta jeans que estou vestida, mas nem paro pra olhar, não queria perder tempo.

Levei mais umas meia hora pra chegar na empresa, deixo a moto no estacionamento e quase quebro o botão do elevador, como se esse gesto fosse apressar a velocidade dele.

Olho no relógio e já são 8h, e pra minha decepção ela não está mais ali, nem o helicóptero, nem ninguém além de Dudu o funcionário que fica responsável pela limpeza do helicóptero.

- Valentina, você que era a amiga que a dna. Luiza estava esperando? - ele pergunta ao me ver.

- sim, era eu. - falo decepcionada.

- tem uns 10 minutos que eles levantaram voo. - ele me fala.

- é, aconteceu um monte de coisa no caminho, acabei me atrasando.

Estava tão exausta da correria dessa manhã, que sentei ali no chão do heliporto. Aproveito e pego o telefone, vejo várias chamadas de Luiza, por fim uma mensagem decepcionada comigo; fico triste porém dessa vez entendo o tom da mensagem dela, talvez eu faria o mesmo se me sentisse abandonada, ainda mais com o histórico de abandono que ela carrega em si. Eu não queria ser mais uma a fazer isso com ela, mesmo sabendo que foi sem querer... eu preciso fazer alguma coisa.

- já sei! - falo comigo mesmo.

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Andy

Por trás das câmeras - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora