' Cap 6 - caiu a ficha.

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Ligação:

- Luiza, quanto tempo!! - Lucas, um delegado federal com quem tive um breve casinho a alguns anos atrás - pensei que nunca mais fosse ouvir sua voz. - ele responde após não ter demorado muito a atender minha ligação.

- Oi, preciso da sua ajuda! - respondo rápido sem dar muito tempo para as brincadeirinhas dele.

- achei que tivesse me ligando porque queria ver meu corpinho lindo de novo! - ele brinca me mostrando que não adiantou minha tentativa de cortar logos as brincadeiras.

- é sério Lucas, por favor!

- tá bom, pode falar. Pelo seu tom de voz é algo sério mesmo. - ele finalmente parece entender.

- posso te encontrar, acho que é melhor do que falar por telefone? - pergunto.

- como assim, você está no Brasil? Chegou quando?? - ele surpreso questiona.

- sim, cheguei ontem. Onde posso te encontrar? - respondo já entrando no carro.

Andy e Rodrigo ficam me olhando de pela janela do apartamento e não entendem nada. Andy me grita algumas vezes, mas dou de ombro e ligo o carro.

- lembra daquele barzinho perto da delegacia? - Lucas.

- lembro. Em 20 minutos estou lá - nem espero a resposta dele, desligo o telefone e vou.

Chegando lá, Lucas ainda não estava; demorou mais uns 5 minutos que pareciam uma eternidade nessa situação.

Mas logo ele chega.

- Srta Luiza Bernadi, linda como sempre! - essas são as primeiras palavras de Lucas ao me ver.

- Oi, depois a gente conversa sobre o que você quiser, mas agora eu preciso mesmo da sua ajuda. - respondo rápido.

- vou cobrar hein! Mas pode falar, se tiver ao meu alcance...- Lucas fala enquanto senta em minha frente.

Lucas é um cara legal, apesar das "brincadeirinhas" fora de hora. Nós vivemos algo legal, até eu estragar tudo.
Mas mesmo assim ele sempre esteve disponível pra me ajudar sempre que eu precisasse, mesmo eu não gostando muito de precisar de ninguém.

Eu sei que a polícia só começa a procurar alguém depois de 24h de "desaparecido", mas era agoniante não saber de Valentina, ainda mais sabendo que a gente poderia ter deixado-a em casa se não fosse essa minha luta contra a mim mesmo, motivada pelo o que ela tem me feito sentir. Só podia recorrer ao Lucas.

- uma das minhas funcionárias está desaparecida desde ontem a noite; não entrou em contato com ninguém, o telefone só da fora dr área, eu preciso da sua ajuda! - suplico.

- parece ser uma funcionária bem especial hein, pra você está tão preocupada ao ponto de me pedir ajuda - ele responde.

- você pode agir como profissional agora? Por favor! - eu peço.

- se eu for agir como profissional agora eu só vou poder fazer alguma coisa após 24h - ele responde, e realmente é verdade.

Seguro a mão dele que está sobre a mesa e peço olhando em seus olhos

- por favor me ajuda!!

- tá bom, vamos lá. Você sabe se ela brigou com alguém ontem? Se há algum motivo pra ela querer dar um tempo, ficar sozinha? Se pode ser possível que ela esteja apenas por aí pra ficar longe de algumas coisas ou pessoas? Ela tem algum distúrbio psicológico...??

Lucas faz um monte de perguntas.

- então, eu a conheci ontem...

- o que? Como assim? E toda essa preocupação por alguém que você conheceu ontem? - antes que eu termine de falar ele me corta.

Por trás das câmeras - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora