Após eu alimentar essa criança aqui, ficamos mais algumas horas conversando coisas aleatórias.
Relembrando alguns dos nossos não tantos, mas intensos momentos.O clima tá leve, tá gostoso entre nós.
Foi um dia bom, tranquilo, divertido, rimos, brincamos, conversamos; trocamos informações sobre nós mesmos que ainda não conhecíamos uma da outra.- pode entrar! - ouça Valentina dizer ao ouvir batidas na porta, sem eu ouvir, já estava quase dormindo nos braços dela.
- boa tarde filha! - sr. Pedro entra no quarto.
Me assusto e me afasto dela.
- calma Lu, é meu pai. - ela diz gargalhando.
- eu sei. - respondo recuperando o fôlego.
- você deve ser a Luiza né? - sr. Pedro se aproxima e me estende a mão- prazer, Pedro.
- O... Oi... sou eu sim! Prazer! - retribuo o cumprimento mesmo gaguejando.
Confesso que fiquei nervosa ao conhecê-lo, não foi assim com dna. Loudes, talvez por saber que ele era completamente encantado com o Rodrigo, tenha me causado esse nervosismo.
- não precisa ficar nervosa, eu já sei de tudo entre vocês. - ele diz e vai dá um beijo na testa de Valentina.
- pai, ela não é mais linda ainda pessoalmente, fala aí!
Valentina diz me deixando mais sem graça ainda.
- sim filha, ela é. Eu falei pra sua mãe que você puxou o bom gosto dela, porque modéstia parte, olha aqui! - ele diz levantando as mãos e dando uma voltinha com o corpo.
Sorrio com a cena de pai e filha. E entendo que Valentina puxou a teimosia da mãe e o "convencimento" do pai. Gosto de saber que ela tem essa base familiar, ela merece.
- então Luiza, me fala um pouco de você... - sr. Pedro pede.
Antes que eu comece a falar Valentina me corta.
- pai, hospital não é lugar pra isso né?!
- é, tem razão. Mas já que vocês estão juntas, vamos marcar um churrasco em família né, nós aqui, você e seus pais... você tem irmãos? - sr. Pedro ativa um gatilho meu.
- pai, por favor! - Valentina repreende o assunto.
- sim, claro! - respondo sem graça.
Como que eu vou dizer pro meu sogro que meus pais me odeiam? Ele é pai também, óbvio que vai ficar do lado dos pais e vai achar que a errada da história sou eu.
Valentina percebe meu mal estar.
E me olha como quem me pede desculpa pelo assunto abordado pelo pai dela; mas na real ninguém tem culpa de nada, a não ser eu.- eu vou lá fora fazer uma ligação de urgência tá bom, já volto! - falo apressada ja saindo do quarto.
Eu precisava respirar um pouco; eu fico com meu coração aquecido, grato e imensamente feliz por Valentina não precisar passar com os pais dela o que eu passei com os meus quando me assumi, ainda mais quando a primeira relação dela com uma mulher é comigo. Eu sempre quis que ela me assumisse, mas tinha um pouco de receio da reação dos pais dela, não queria vê-la sofrer o que eu sofri, graças a Deus deu tudo certo.
Mas ver a relação dela com os pais deu uma "dorzinha" no meu coração não por ela, mas por mim, porque tudo que eu sempre quis era esse acolhimento e parceiria dos meus pais, mas tudo aconteceu ao contrário, hoje eu não sei nem o paradeiro deles. Nem sei se ainda lembram de mim; eu aprendi a ser sozinha, mas ainda sinto a falta do que eles foram na minha infância.
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Por trás das câmeras - VALU
Fanfiction" de um jeito que só eu posso te ver..." ' Luiza Bernardi, uma grande e renomada modelo e empresária internacional. Rica, com uma personalidade forte, muitas vezes fria e arrogante, irredutível e solitária. O mundo se rende aos seus pés, porque ela...