' Cap 56 - domingo nada comum.

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- quem mais seria? - Valentina pergunta.

- sei lá... acho que eu estava sonhando! - digo meio atordoada.

- desculpa ter tocado no assunto de novo, prometo não falar mais sobre isso... - ela diz se referindo ao assunto "meus pais"

- esquece! Eu juro que eu tento lidar com isso de uma forma mais madura, mas eu sinceramente ainda não consigo reagir de outra forma...

- eu sei... mas eu também não tenho que ficar falando toda hora... desculpa mesmo. - ela insiste.

- tudo bem linda, você não deveria ter tocado no assunto e eu não deveria ter reagido da forma que reagi, eu sei que você tem boa intenção com isso...

- sempre tenho! Eu sempre quero te ver bem, mas eu já entendi que talvez o que eu vejo como bom, não seja bom pra você... me perdoa por isso.

- esquece, já passou... vem cá ficar comigo. - a convido pra ficar na rede.

- você não tá com fome não? - ela pergunta.

- tô... eu ia pedir comida, mas não queria comer sozinha e não queria te chamar, aí desisti...

- você preferiu ficar com fome do que dá o braço a torcer né dna. Luiza! - ela indaga em tom de brincadeira.

- sim... - concordo sorrindo.

- agora eu que digo "estúpidinha"... vamos lá dentro, eu já pedi comida e já chegou bobinha... - ela diz me surpreendendo.

- sério?!

- sim, eu vim aqui te chamar pra comer...

- você é incrivel! Como que você consegue amar alguém como eu? - digo.

- como assim "alguém como você"? - ela questiona

- assim ué... chata, madona, impulsiva... imatura. Cheia de problemas e traumas e crises... enfim...

Ela fixa o olhar no meu por um tempo, como quem diz: "calar a boca idiota, você não é nada disso"

- Lu, se você se visse do jeito que eu te vejo, você entenderia porque eu te amo tanto...

- se você me visse da forma que eu me vejo, você já teria desistido de mim a muito tempo. - afirmo.

- então ainda bem que eu te vejo diferente e posso te afirmar que você é muito além do que acha que é... mas enfim, vamos parar se não a gente vai ficar aqui nesse 'é isso é aquilo pra sempre... vamos comer?

- tá certa, vamos!

Vamos de mãos dadas caminhando pra dentro de casa.

- o que você pediu pra mim? - pergunto.

- salada! - ela fala e me olha com uma cara sacana.

- sério amor? Eu tô com fome de gente... não de passarinho. - espondo e faço bico.

- eu não sou um passarinho e salada mata minha fome! - ela responde.

- é salada mesmo? - pergunto com medo da confirmação.

Ela me olha e sorrir.

- claro que não né... eu sabia que você estava com fome e que salada não mata a fome desse bichinho que você tem aí nessa barriga - ela brinca.

- estúpida!

Sentamos no chão da sala pra comermos.

- MASSAS!!!! - grito de alegria e satisfação por ver aquele tanto de carboidrato a minha frente .

Por trás das câmeras - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora