' Cap 14 - porre.

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Obs: esse cap pode ficar meio sem nexo porque parte dele a Lu "desacordada" mas a narração continua na visão dela. Haha, finjam que a Lulu pode tudo, até mesmo saber de coisas que ela nem está perto, nem vendo, nem ouvindo) kk.

Boa leitura. Espero que gostem!



Sinto um pouco de receio nela pra entrar no elevador comigo. Não queria que ela se sentisse assim perto de mim. Mas mesmo assim ela aceita. Acho que também tem alguma coisa em mim que não a permite ficar longe muito tempo.

- tudo bem! - responde passando por mim e entrando no elevador.

Ela encosta de um lado e eu do outro. Estamos frente a frente. O silêncio toma conta do local.
Passados alguns longos segundos...

- você pode me acompanhar até minha sala por favor?! - falo.

- claro! - Ela responde.

Chegamos no andar onde fica minha sala.
Ela me acompanha até lá.

- pode sentar por favor.

Ela me olha tentando traduzir o que exatamente eu estou querendo.

- então, como posso ajudar a srta. ? - ela pergunta enquanto tira aquela jaqueta de couro preto e senta em uma poltrona que tinha ali.

É definitivo, hoje ela está extremamente absurda de linda. Não tem como não reparar no decote agora visível de sua blusa.
Tento disfarçar ao máximo pra não constrange-la, afinal ela já "fugiu" de mim só por saber que eu a beijaria.

Perco o ar por alguns instantes.

Me sento em outra poltrona de frente pra ela; apenas uma pequena mesinha de centro nos separa.

- então, eu vou tentar ser bem direta, se não eu acabo me enrolando, acabo não falando nada do que eu queria... Eu não sei o que você tem, só sei que você é uma das pouquíssimas pessoas que me fazem repensar minhas maus ações, minhas palavras desnecessárias, meu mau jeito pra lidar com algumas situações. Geralmente eu só ajo sem me importa com o que o outro vai sentir, mas por algum motivo com você é diferente.

Ela me olha e dessa vez eu não consigo definir o que exatamente o que o olhar dela me diz.

- por isso que quero te pedir desculpas por ter questionado e insinuado que você só estava preocupada com minha permanência aqui no Brasil pelo seu emprego. E também quero te agradecer imensamente você ter me levado pro hospital e ter ficado lá comigo!! Pronto é isso. - finalizo.

- já disse que você não precisa agradecer. E quanto eu ter ajudado a sra. Eu sou assim! As pessoas podem sempre contar comigo sem precisarem me dar nada em troca. - ela responde.

- eu sei que sim! Eu já percebi que você é uma pessoa melhor que eu. Mas não pensei que eu sempre fui assim, eu também já fui uma pessoa boa um dia. - respondo.

- você não é uma pessoa ruim Luiza! Você acha que precisa ser. Eu já entendi que você coloca uma armadura contra qualquer tipo de sentimento. Você acha que machucando as pessoas, até mesmo as que você gosta, você vai ficar impedida de sentir, mas não vai, você só vai está se machucando também. - ela argumenta.

Quem essa garota pensa que é pra falar assim? Ela tá certa eu sei, mas ninguém a não sei Andy já havia sido tão direta assim.

- sim! - falo aleatoriamente depois que alguns segundos de silêncio.

- sim o que? - ela pergunta.

- sim, eu estive lá no hospital quando você estava lá. - revelo pra ela algo que com certeza ela já sabia.

Por trás das câmeras - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora