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                             𝗟𝗜𝗠𝗔 🍁

Fiquei parado olhando sem acreditar que ele tava ali, o cara que eu semprei esperei que um dia voltasse, lembrei de quando de joelhos eu pedia que tivesse meu pai devolta, mesmo que fosse impossivel.

- Porra, é serio isso? - Perguntei sentindo meus olhos marejarem.

- Eu tava com saudade pra caralho de tu Henrique. - Nesse momento soube que realmente era ele. Meu pai sabe que odeio que me chame assim.

Abaixei minha arma e ele veio até mim me dando um abraço que eu nunca tinha recebido, meu pai sempre deixou claro que me amava mas nunca soube demonstrar, e essa porra ta significando muito pra mim.

Saímos do abraço e saímos correndo de volta pro salão, vi o Pachecco e o Duarte abraçados com a Giulia que chorava desesperada.

Ela virou a cabeça e quando me viu correu até mim pulando no meu colo. Abraçei a loira e dei um selinho nela que meu deu um tapa.

- Eu vou te matar a proxima vez que tu sumir assim Igor.

- Quem diria, meu filho de coleira. - Meu pai falou saindo de trás de mim e o Duarte fez uma cara de espanto e sorriu.

- Puta que pariu, é o Borges.

- Quanto tempo hein Duarte. - Eles fizeram o toque e ouvi a sirene ecoando na avenida e olhei pra eles.

- Vamo vazar daqui rapido, vem Larissa.

Puxei a Giulia pro meu carro e meu pai veio atrás subindo na moto com Duarte e entrei rapidamente no banco do motorista e ela fez o mesmo. Colocamos o cinto e saí cantando pneu.

- Teu pai ta vivo cara?

- To me fazendo essa merma pergunta ainda, bagulho foi do nada.

- Tu ta feliz por ter ele de volta?

- Pô, não sei como descrever o bagulho, ele não foi o melhor pra mim por sempre tava ocupado com os corre mas eu fiquei mó feliz em ver ele, e a Giovanna vai ficar mais ainda. - Falei e ela sorriu colocando a mão na minha.

- To feliz por você.

- Tu é incrivel loira. - Ela sorriu pra mim.

Continuamos fazendo o caminho até a favela tentando não chamar atenção mas era quase impossivel.

>>>

Passei a barreira e os outros vieram atrás, subi pra casa e estacionei o carro vendo meu pai emocionado olhando pra todos os cantos do lugar.

- Eu sabia que podia confiar em tu pra cuidar daqui, Tu é foda moleque. - Meu pai falou me dando um abraço e eu cedi.

- Vou ir pra casa tá? Se cuida. - A Giulia falou vindo até mim e me dando um selinho rapido.

- Fica ae pô.

- Quero que tu aproveite teu pai, amanhã venho aqui.

- Dorme aí, queria conhecer minha nora. - Ele falou e ela riu.

- Tudo bem então.

- Nossa filha ta ae pra tu cuidar Giulia.

- Porra, mas ja arrumam netos pra mim?  - Meu pai falou surpreso e eu ri.

- Graças a deus ainda não, é uma cachorrinha. - Giulia falou e meu pai suspirou aliviado.

Entramos na casa depois de nos despedirmos do Duarte do Pachecco e da Larissa. Entramos devagar e a casa tava em completo silêncio.

- Cade a Giovanna? - Meu coroa perguntou com os olhos marejados.

- Deve ta dormindo, melhor tu não acordar o dragão.

- Vou me trocar, já volto. - Giulia falou e subiu as escadas.

- Ta apaixonado Moleque?

- Tu acha que não?

- Tem bom gosto igual o pai mermo. Tu tem planos com a mina ou é só um lance? - Mostrei a aliança no meu dedo pra ele que riu colocando a mão no meu ombro.

- To amarradão nela, quero ter uma familia, casar e todas essas porras ae.

- Tu conheceu ela aonde?

- Meio complicado, foi num churrasco da facção, ela é filha do Duarte e pá.

- Nem fudendo que tu pegou a filha do Duarte, eu vi essa mina na barriga da mãe dela carai. - Ele falou me dando um tapa no braço.

- Me arrependo não, faria tudo denovo.

- Esse é meu moleque. - Ele falou e eu ri. Vi a Giulia descer com a Ravena no colo e minha camisa da Lacoste.

- Vai dar comida pra ela, tenho que tirar minha maquiagem.

- Ta onde a ração?

- Na sala, dá pouca ração e duzentos ml de água. - Falou me entregando ela e fui pegar a ração.

- Obedecendo mulher, cadê quem dizia que não ia casar?

- Melhor do que obedecer homem pô. E eu achava que não ia casar até conhecer ela, bagulho agora é outro.

Ele riu e coloquei a ração dentro do potinho e a água no outro. Deixei ela comendo enquanto levei meu pai pro antigo quarto dele que continuava ali do mesmo jeito.

- Ta tudo do jeito que deixei, saudade daqui namoral.

- Sabia que um dia tu ia voltar.

- To cansadão.

- Descansa ae coroa, precisando de qualquer coisa tu ja sabe onde achar.

- Boa noite e use camisinha, e não faz barulho por favor. - Ele falou e eu sorri de canto.

- Tem roupa ae no seu guarda roupa pra tu dormir.

Ele me olhou concordando e fechei a porta indo pegar a Ravena e deixei ela no quarto da Giovanna já que a caminha dela tava lá.

Voltei pro meu quarto e ela tava sentada olhando pro teto.

- O que tu tem loira?

- Tô só pensando.

- Pensando no que?

- Em tu, em nós e no futuro. - Ela riu boba passando a mão na testa.

- Penso todo dia em quando tu vai querer me dar um moleque.

- Tenha calma que esse dia vai demorar muito ainda, a gente não casou ainda, não moramos juntos e eu ainda tenho muitos planos.

- Me dá um neném loira.

- Para de maluquice cara. - Ela falou rindo e tirei minha camisa e vesti meu shorts de jogar bola que tava jogando na cama. Me deitei do lado dela e ela apagou as luzes me abraçando. Fechei meu olhos e ficamos assim até pegarmos no sono.

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𝗧𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗻𝗶𝗺𝗮𝗱𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝘁𝘂𝗱𝗼, 𝗽𝗼𝗿 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗮𝘂𝘀𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮, 𝗽𝗼𝗿𝗲́𝗺 𝘃𝗼𝘂 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿𝗮𝗿.💘

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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿, 𝗺𝗲 𝗺𝗼𝘁𝗶𝘃𝗮 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼. 💋

Profecia - MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora