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                              𝗟𝗜𝗠𝗔 🍁

Terminei de fiscalizar o bagulho todo e ver como tá o trabalho dos moleques pra embalar as drogas pro baile, chegou carregamento e eu to alterando o valor também.

São quase cinco da tarde e eu não consegui ir embora até agora, tinha coisa pra caralho pra fazer e eu nem terminei tudo ainda.

Falei pra Giulia que eu ia chegar mais cedo hoje, mas nem sei se vai dar.

- Eae limão podre, não ia sair mais cedo da boca hoje?

- Nem sei se vai dar e tu só ta me atrasando Luquinhas.

- Vim só avisar que aquele bagulho da reunião foi aprovado, de fazer aliança pra ficar fortão caso a polícia faça operação nos morros da facção.

- Vou ver isso amanhã, hoje to cansadão.

- Tô indo comer lá na lanchonete, fé pra tu. - Apertou minha mão saindo da sala e deixando a porta fechada.

Tranquei a porta e sentei na minha cadeira tacando fogo no baseado e soltando a fumaça pro ar.

Abri o frigobar que ficava proximo de mim e peguei uma latinha de red bull deixando em cima da mesa.

Tirei meu celular do carregador e vi as notificações de mensagem e ligações perdidas, tava no silencioso e eu nem vi nada, tava cheio de neurose na mente e não queria saber de mais problema.

Desbloqueei a tela e entrei no contato da Giulia vendo que a foto tinha sumido, tentei ligar de volta e não chamava.

Passei a mão no rosto suspirando, me fudi legal agora. Entrei no contato da Giovanna pedindo pra ela falar com a malucona, tava gravando um audio e parei quando escutei uns barulhos fortes na porta, me levantei rapido pegando minha glock e destravando.

Chutes e mais socos foram desferidos na porta fazendo ela entortar um pouco.

- Abre essa porra Igor, quem ta aí com você? - Escutei a voz da Giulia atrás da porta e ri pelo nariz. - Tu tá de palhaçada comigo? Abre agora.

- Tu tá ficando maluca caralho?

- Quem vai ficar maluco daqui a pouco vai ser você se não abrir essa porra. - Ela gritou e eu peguei a chave destrancando e abrindo a porta de metal.

- Não tem ninguém aqui cara, ta louca?

- Bora, pra casa agora, e cadê a tua aliança? - Olhei pra ela que tava com um pijama todo colado que mostrava metade da bunda e marcava tudo.

- E cade a tua roupa? Ta de putaria com a minha cara Giulia?

- Ué, eu não te avisei?

- Vai se fuder, ta achando que é o que? Olha a roupa que tu saiu na frente dos moleques que ficam lá em casa e ainda veio na boca assim, já te falei quantas vezes que não quero tu aqui? Ainda mais usando isso. - Puxei ela pra dentro da sala e fechei a porta novamente.

- Olha o jeito que você fala comigo, idiota. - Senti uma ardencia no meu braço depois de receber um tapão dela. - Eu só vim aqui porque você me disse que iria chegar mais cedo em casa, depois não recebia mensagem, não me respondia e queria que eu fizesse o que?

- Queria que tu não saisse com a porra dessa roupa sabendo que eu vou estourar a cabeça de cada um que olhar pra você Giulia.

- Hum... - Ela passou por mim sentando na minha cadeira e girando. - Bem hipocrita você, mas eu gosto de quando tu fica assim, todo néurotico.

- Tu gosta é de me estressar, vem de debochinho pra cima de mim não.

- Desamarra essa cara, não tenho culpa se sou gostosa.

- Não mermo, mas relaxa que eu vou fazer questão de dar a pior morte possivel pra cada vagabundo que direcionou o olhar pra mulher minha.

- Para de ser doente, vai se tratar. - Ela levantou a voz me encarando.

- Tu me enlouquece todo dia com essas putarias que tu faz, vem de papo torto não.

- Cadeira confortavel essa aqui, tem até frigobar... achei inovador.

- Ta de palhaçada comigo?

- Eu? Jamais.

- Filha da puta, coloca isso. - Joguei um moletom preto em cima dela que riu.

- Não quero.

- Tu não tem que querer porra nenhuma Giulia, para de me estressar cara, se tu soubesse o tanto de b.o que eu tenho que resolver não ficava com deboche.

- Foi uma ameaça?

- Tu tá me testando namoral, para com essa porra de debochar da minha cara. - Ela se levantou vindo na minha direção com a lata de redbull.

- Você ta bravinho demais pro meu gosto, nem to te entendendo.

- Fodasse, não precisa entender, só veste essa porra de moletom, namoralzinha.

- Tu é muito malucão, não confia no teu taco?

- Confio até demais loira, mas sempre odiei que cobiçassem o que é meu. - Me aproximei do rosto dela com o moletom na mão.

- Gostou do meu pijaminha novo?

- Tá querendo me matar de estresse né não? Mas fica de boa que depois eu te conto quantos tu matou hoje, filha da puta do caralho. - Direcionei minha mão no cabelo dela puxando com força enquanto deslizava a minha boca por toda a extenção do pescoço dela.

- Sai daqui, to com um odio da tua cara que tu nem imagina.

- Eu que to da tua, viaja não que eu nem fiz nada.

- Cala a boca e vamo embora logo. - Mordi o pescoço dela deixando uma marca.

- Coloca o moletom, não vou falar de novo contigo.

- Vou colocar porque eu quero e tô com frio.

- Tu não faz uma porra dessa nunca mais Giulia, tá me ouvindo?

- Uhum, e tu nunca mais some assim de casa pra ficar em qualquer lugar que seja sem me avisar.

- Jae. - Peguei a chave da minha moto boladão, to pra muito papo não, me estressei demais nesse caralho já.

Abri a porta e já logo vi os vapores comentando sobre, puxei ela pela cintura colocando a minha frente e seguimos assim até o final do beco.

- Já tão ligados sobre o que acontece com quem fica olharzinho e fofoquinha em cima do que é meu, né não?

- Sim chefe. - Eles respoderam olhando pra cima e eu me aproximei dos dois travando minha glock e colocando na cintura.

- Manda trocar a porta da minha sala, bota uma blindada lá, leva minha moto pra minha casa depois também. - Eles concordaram com a cabeça e eu guiei a Giulia até a evoque que ela veio.

- Porque tu é assim cara?

- Eu que te pergunto, olha a porra que tu fez.

- Quero conversar contigo sobre o nosso filho.

- Qual foi? Tá tudo bem?

- Tá sim, é sobre o nome.

- Tu sabe que falar do meu moleque acaba com a minha marra né? Nem vem achando que vai me fazer esquecer a porra que tu fez.

- Acabo com a tua marra sem precisar falar nada Igor, te manca.

- Fica na sua, sai fora. - Afastei a mão dela do meu abdomen sentindo o garotão dar sinal já, tem nem como ficar puto, feiticeira do caralho.

Liguei o carro e saí subindo as ruas a oitenta por hora, quero ficar muito tempo com ela nesse carro não, vou acabar fazendo merda e eu quero manter minha postura.

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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿. 💋

Profecia - MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora