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                             𝗟𝗜𝗠𝗔 🍁

Saí de casa mais cedo hoje pra resolver mais problema na boca, ta faltando dinheiro nessa porra e eu vou achar e cobrar o filha da puta que ta roubando dinheiro meu e tá achando que vai ficar por isso mesmo.

Abri a porta da minha sala e me deparei com a cena do meu pai sentado na minha cadeira me encarando.

- Voltei da missão hoje filhinho.

- Qual foi da tua?

- Que bela recepção com o seu pai. - Levantou batendo palmas e eu fechei a cara. - Fiquei sabendo que vou ter um neto, mesmo que você não me conte nada, parabéns e felicidades.

- Não quero tu se metendo com a Giulia e muito menos com o meu filho.

- Seu filho que é meu neto, ou você se esquesse disso? Sempre egoísta Igor, tem coisas que nunca mudam.

- Não começa com teu showzinho de super pai que sabe tudo sobre mim, porque tu não sabe de nada.

- Não sei? - Andou pelo comodo frio devido ao ar condicionado com as duas mãos no bolso. - Acho que sei sim... Mais do que você acha, filho.

- Sai daqui.

- Quanta educação da tua parte, nem parece que eu te banquei a vida inteira porque a imprestavel da tua mãe não deu conta nem disso... Tu devia ser grato por mim, por tudo que eu fiz e tudo que deixei pra você.

- Cala a sua boca caralho, não toca no nome da minha mãe. - Me aproximei dele bruscamente sentindo nossas respirações. - Tu jura que dinheiro sempre foi o problema, mas relaxa que tu me ensinou uma coisa, e eu sou grato por isso, graças a você entendi que dinheiro nenhum compra amor, atenção e carinho de um pai, e pode ter certeza que eu vou fazer de tudo pra ser um pai de verdade pro meu filho.

- Tu é um moleque, se não fosse por mim tu tava debaixo da ponte com a tua mãe e a tua irmã, porque quem sempre bancou tudo foi eu. Esperava que tu fosse ser mais inteligente, vai saber se aquela criança é tua mesmo, sua mulher tem a carinha de piranha, duvido nada que ela tenha pulado a cerca... - Interrompi fechando minha mão e desferindo um soco na mandibula dele que cambaleou pra trás.

- Tu nunca mais toca no nome dela, e nem no do meu filho.

- O que tu se tornou Igor? - Ele se levantou vindo pra cima de mim me fazendo bater na mesa. Puxei minha arma da cintura e destravei apontando pra ele.

- Cala a sua boca caralho, já mandei sair daqui. - Continuei com a arma apontada na direção dele que riu ironico chegando mais perto do cano da arma.

- Atira Igor, vai, faz isso com o teu pai. - Forçei a minha mão contra a glock carregada sentindo o ódio percorrer por todo o meu corpo e virei a minha mão pra parede efetuando um disparo no local, fazendo alguns dos vapores virem correndo pra minha sala.

- A proxima vai ser em você, some da minha frente nessa porra. - Ele me encarou com desgosto e se virou saindo sem falar nada.

Joguei tudo que tava vendo na minha frente no chão descontando todo o ódio que to sentindo. Senti uma mão nas minhas costas me impedindo de continuar quebrando tudo.

- Relaxa cara, fica de boa. - Luquinhas me segurou falando com a voz em um tom alto pra que eu ouvisse.

- Sai daqui todo mundo caralho.

- Para com essa porra, pensa na tua mulher e no teu filho, faz maluquice não. - Respirei fundo passando minha mão no rosto na tentativa de me acalmar e não estoura a cara do filha da puta do meu pai.

- Manda aquele desgraçado vazar da minha favela, não quero ver a cara do vagabundo mais.

- Jae, fica na boa, se tu quiser ir pra casa mais cedo hoje eu fico com o Cobra fazendo plantão até mais tarde.

- Precisa não, mas valeu ae.

- Quanto tu se acalmar eu volto pra falar do dinheiro que ta faltando, vai pra casa e toma um banho, fica com a tua mulher namoral, tua pupila ta dilatada pra caralho.

- Não quero, ja falei que não precisa.

- Claro que precisa, to te falando, vai lá pelo menos almoçar pra tu dar uma acalmada. - Neguei mais uma vez mas rendi quando esse moleque ficou vinte minutos na minha cabeça falando pra caralho.

Terminei de fumar meu baseado mas nem isso tava conseguindo me deixar mais calmo, tá vindo tudo a tona, cada agressão que minha mãe já sofreu na mão daquele filha da puta ta vindo na minha cabeça, as traições, quando ele humilhava ela e depois batia na minha frente com a minha irmã no colo, ta tudo na passando pela minha mente como se fosse um pesadelo enquanto to acordado.

Mas já mandei o papo que a proxima vez a bala vai voar, e eu não vou exitar em matar esse filho da puta, que se foda  o resto, bagulho é que vou defender minha mulher e meu filho até o ultimo dia que eu tiver nessa terra, quero nome deles na boca de ninguém não.

Peguei a chave da moto e saí andando pelo beco sem olhar pra cara de ninguém. Subi na moto estacionada no meio fio e saí indo pra casa.

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𝗢𝗯𝗿𝗶𝗴𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀 𝗮𝘀 𝗺𝗲𝗻𝘀𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀 𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗶𝘃𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂𝘀 𝗺𝗲 𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮𝗺 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝘀𝘁𝗮𝗴𝗿𝗮𝗺, 𝘀𝗼𝘂 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗴𝗿𝗮𝘁𝗮 𝗽𝗼𝗿 𝘁𝗼𝗱𝗼 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗿𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗰𝘀 𝘁𝗲𝗺!! 𝗘 𝗺𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗰𝘂𝗹𝗽𝗲𝗺 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗿𝗮 𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝗿 𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼, 𝗰𝗵𝗲𝗴𝘂𝗲𝗶 𝗮𝗴𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼 𝗲𝗺 𝗰𝗮𝘀𝗮.

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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿. 💋




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