19

15.5K 713 101
                                    

𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 🎀

Acordei e eu tava abraçada com o Lima, Dormi muito bem mas oque eu passei ta na minha cabeça, lembro quando eu tava indo embora, daqueles homens me arrastando pra um beco e colocando um pano com um cheiro forte no meu nariz. Eu acordei em uma sala suja e tinha um homem que eu reconhecia de algum lugar mas não sei direito. Me senti culpada por não estar com meu irmão, mas vou ficar com ele o tempo que eu puder.

- Bom dia - Falei saindo de cima dele.

- Bom dia Loira, ta melhor?

- Eu acho que sim, tu pode me levar pro hospital?

- Posso pô, quer comer antes não? - Falou levantando da cama.

- Eu como no hospital, quero chegar logo.

- Não deu pra te falar ontem porque tu dormiu, mas hoje seu irmão vai passar por cirurgia. - Ele falou e eu senti meu olho encher de lagrimas mas segurei e fui pro banheiro escovar os dentes.

Fiquei uns 20 minutos tomando banho pra raciocinar tudo, e se meu irmão morrer? Eu não sei como viver sem ele e vou me sentir culpada pelo resto da minha vida.

- Vamos? - Saí do banheiro depois de passar uma maquiagem leve pra disfarçar a cara de choro.

- Tu ta bem mesmo? - Perguntou segurando meu rosto e olhando pra mim.

- Na medida do possivel.

Entramos no carro e sentei no banco do passageiro pegando meu celular.

. . .

Chegamos no hospital e logo em seguida meu pai chegou e entramos no hospital.

- Parentes do Matheus Pachecco Duarte ? - Uma medica de jaleco apareceu e falou.

- Nós - Falei e levantamos rapido indo ate a medica.

- Bom, o caso dele é extremamente complicado e não posso dar certeza de nada, ele está indo pra cirurgia pra retirada da bala agora já que conseguimos o sangue.

- Quem doou? - Meu pai perguntou pra mulher a nossa frente.

- Foi anonimo, me desculpe mas não posso informar.

- Acho que tu pode sim. - Meu pai falou levantando a blusa deixando a mostra a arma que estava no cós da calça.

- E.. eu.. vou checar pra vocês na recepção, aguardem aí, só um minuto. - Ela falou aparentemente nervosa.

- Quem tu acha que doou pai?

- Eu não sei, e por ser anonimo achei muito suspeito.

Voltamos sentando nas cadeiras novamente e sentei ao lado do Lima.

- Parentes do Matheus Pachecco Duarte?

- Aqui. - Meu pai levantou a mão e a mesma mulher veio com a ficha.

- Quem doou foi uma mulher chamada Cynthia Dos Santos, ela doou ontem por volta das 23:50. Essas são as unicas informações que tenho.

- Tudo bem, muito obrigada. - Falei educada e ela sorriu pra mim saindo.

- Conheçem alguma Cynthia? - Lima perguntou.

- Depois preciso falar contigo Lima - Meu pai falou e eu encarei os dois desconfiada.

. . .

Eu tô a duas horas sentada esperando noticias do meu irmão, e o Lima não saiu do meu lado, meu pai teve que voltar pra favela a uns 30 minutos, mas jaja ele volta.

- Moça ? - Um homem moreno alto apareceu na minha frente.

- Oi?

- Você não é a Giulia do insta? - Forçei um sorriso porque não to com cabeça pra isso, mas não vou ser mal educada. Lima ja tava de braço cruzado e cara fechada do meu lado.

- Ah, sim sou eu.

- Te acho muito gata sabe.. - Ele falou sentando do meu lado e tocando no meu ombro.

- Tu pode por favor não forçar toda essa proximidade? - Falei e não adiantou de nada porque ele so subia a mão.

- é que.. - Lima interrompeu ele, levantando da cadeira do meu lado.

- Tu ta surdo ou oque caralho? Ela ja mandou tu parar e se você não sumir dessa porra em 3 segundos eu te furo todinho, vacilão.

- Cala boca, quem é você pra decidir o que ela quer seu faveladinho - O moreno falou e eu virei a mão na cara dele.

- EU falei pra você não me tocar e se você falar dele assim mais uma vez pode ter certeza que tu vai conhecer o inferno, nojento. - Falei e peguei a mão do Lima saindo dali e indo em direção a lanchonete.

- Fica aí que vou atrás daquele vagabundo. - segurei ele não deixando ele sair, to vendo raiva nos olhos dele e não quero que ele chame atenção na pista.

- Fica aqui cara, não vale apena, ta tudo bem.

- Ele tocou em ti cara, isso me da um odio do caralho.

- Ta com ciumes é? - Falei rindo e ele olhou feio pra mim.

- Não tenho esse bagulho de ciumes aí não

- Fofo - Falei rindo e dei um selinho nele que me abraçou.

- Tenho nem o rosto de fofo fia.

- Eu sei bem - Falei rindo e voltamos pra sala de espera.

A doutora chamou e eu fui até lá com o Lima atrás de mim.

- A cirurgia ocorreu muito bem mas ele tem que ficar em observação, e olha, se não fosse a doação ele estaria morto, espero que vocês tenham a oportunidade de agradeçer a quem doou.

- Sim, eu tambem espero. - A medica sorriu pra mim e o Lima me obrigou a ir comer e descansar e depois vamos voltar pra ver se podemos entrar e ver o Pachecco.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

𝗼𝗶𝗼𝗶 𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀, 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶 𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗱𝗮𝘀 7:00 𝗮𝘀 16:00 𝗲 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝘀𝗮𝗶 𝗱𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮 𝗳𝘂𝗶 𝗱𝗶𝗿𝗲𝘁𝗼 𝗽𝗿𝗼𝗰𝘂𝗿𝗮𝗿 𝗿𝗼𝘂𝗽𝗮 𝗽𝗿𝗮 𝗶𝗿 𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗰𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝘀𝗮𝗯𝗮𝗱𝗼, 𝗲 𝗳𝗶𝗾𝘂𝗲𝗶 𝗮𝘁𝗲 𝗮𝘀 22𝗛 𝗻𝗼 𝘀𝗵𝗼𝗽𝗽𝗶𝗻𝗴 𝗲 𝗲𝗺 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿𝗲𝘀 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘃𝗲𝗻𝗱𝗼 𝘁𝘂𝗱𝗼, 𝗲𝗻𝘁𝗮̃𝗼 𝘀𝗼 𝗰𝗼𝗺𝘀𝗲𝗴𝘂𝗶 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗲 𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝗿 𝗮𝗴𝗼𝗿𝗮.

𝙌𝙪𝙚𝙧𝙤 𝙈𝙐𝙄𝙏𝙊 𝙖𝙜𝙧𝙖𝙙𝙚𝙘̧𝙚𝙧 𝙥𝙚𝙡𝙖𝙨 1𝙆 𝙙𝙚 𝙫𝙞𝙨𝙪𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙘̧𝙤𝙚𝙨 𝙣𝙖 𝙛𝙞𝙘, 𝙟𝙖 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙤𝙪 𝙙𝙚 1𝙆 𝙢𝙖𝙨 𝙨𝙤́ 𝙫𝙞 𝙖𝙜𝙧, 𝙚𝙣𝙛 𝙢𝙩 𝙢𝙩 𝙢𝙩 𝙤𝙗𝙧𝙞𝙜𝙖𝙙𝙖 𝙢𝙚𝙨𝙢𝙤, 𝙫𝙤𝙘𝙚𝙨 𝙨𝙖𝙤 𝙞𝙣𝙘𝙧𝙞𝙫𝙚𝙞𝙨 𝙚 𝙚𝙨𝙥𝙚𝙧𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙪 𝙥𝙤𝙨𝙨𝙖 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙢𝙩𝙖𝙨 𝙛𝙞𝙘𝙨 𝙥𝙧𝙖 𝙫𝙘𝙨 𝙖𝙞𝙣𝙙𝙖. 𝘽𝙚𝙞𝙟𝙤𝙨 💋

*𝐍𝐚̃𝐨 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜̧𝐚𝐦 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐭𝐚𝐫 !!!!!

Profecia - MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora