𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 🎀
Entramos na loja e eu já peguei algumas coisas que da pra comprar em cores neutras, algumas roupinhas, touquinhas e sapatinhos.
- Olha que foda esse tênis que eu achei. - Ele chegou com um mini par de sapatinhos da lacoste.
- Amor mas é masculino.
- Idai, vou comprar mermo assim.
- Tu não tem jeito né.
- Tu que não tem, sabe nem o que a criança é e já comprou um mundo de coisa.
- Comprei só o basico, tu que ta exagerando.
- Bora logo embora, quero dormir.
- Caraca, tu me estressa. - Falei indo em direção ao caixa com ele.
Passamos todas as compras e o Lima foi carregando tudo pro carro.
- To parecendo a escrava Isaura, namoral tu me tira de palhaço mermo.
- Não posso carregar peso meu amor, bota tudo no carro e vamo pra casa que to com fome. - Ele revirou os olhos colocando tudo no banco de trás e entrou ligando carro.
𝗚𝗶𝗼𝘃𝗮𝗻𝗻𝗮 💋
Me joguei na cama depois de chegar da faculdade, to super cansada e com a mente cheia.
Desde que tudo o que aconteceu com o Cobra nos afastamos muito, e não imaginava que logo quando ele tivesse a oportunidade pegaria outras bem na minha frente, me magoei legal.
Talvez a culpa seja minha por ter criado expectativas demais em algo que não iria pra frente, me doei por inteiro pra essa "relação" mas infelizmente não foi reciproco, nunca vai ser.
Sempre quando paro pra pensar, talvez não seja pra mim ter alguem que me ame de verdade, nunca vou encontrar alguém que sinta algo tão intenso ao ponto de me amar.
Todas minhas amigas tem um alguém, e cara eu to muito feliz por elas, Giulia vai ter um bebê com o meu irmão, Larissa com o Pachecco e a Maju de rolo com o Luquinhas e mais mil.
Unica coisa que tenho é aceitar a realidade, nem tudo é como queremos e eu e o Cobra não foi como pensei, e não tem mais nada pra se fazer.
Passo dias e dias pensando e sofrendo na cama, enquanto ele sai, pega varias, banca piranha por aí e eu vejo tudo isso de longe.
Não julgo ele por viver a vida de solteiro, mas pegar piranha na minha frente já é falta de consideração.
Parei de pensar e me levantei indo pro banho, aproveitei pra já lavar meu cabelo que tava sujo.
Coloquei um shorts jeans branco e um top preto, vou ir almoçar na lanchonete hoje porque to com zero vontade de cozinhar.
Peguei as chaves de casa e saí comprimentando os vapores que fazem a contenção aqui de casa.
Meu pai tá sumido esses tempos e ficou ainda mais quando o Lima tava em missão, to achando estranho ele sumir assim mas nem comentei nada, meu irmão já é cheio de neurose.
Desci o morro indo pela calçada e tinham algumas crianças indo pra escola e outras brincando na rua, tudo na paz.
Entrei na lanchonete e já pedi um salgado e uma lata de coca pra tia que fica lá, me sentei e fiquei mexendo no celular enquanto esperava.
Ouvi uma voz familiar e vi quem eu menos queria ver. Ele conversava na maior intimidade com a garçonete daqui.
Ele pegou a bandeja e veio em direção a minha mesa, respirei fundo e ignorei mantendo a atenção no celular.
- Tua comida aqui, vou sentar aqui contigo.
- Me erra cara, o que tu quer?
- Nada pô, posso sentar aqui não?
- Não.
- Tu ja foi mais simpatica cunhadinha.
- Vai encher o saco de outro cara, não to pra palhaçada hoje.
- Para de marra, só queria bater um papo contigo.
- Que pena, perdi a fome. - Me levantei pegando meu salgado e deixando dez reais no balcão da Dona Ju. - Depois trago o resto tia.
- Eu pago tia, esquenta a cabeça não Giovanna.
- Pedi nada pra ti, quero que pague nada pra mim não. - Falei saindo e ele segurou o meu braço.
- Cheia de odio tu hein, maior solzão, levo tu pra casa então parceira.
- Tem parceira tua aqui não, me deixa em paz Cobra.
- Ai me chama pelo vulgo não que eu fico sem graça.
- Palhaço. - Ri sem humor e fui subindo o morro enquanto comia meu salgado, tenho paz nem pra almoçar cara.
Olhei pra trás e não vi mais ele, amém. Desviei o caminho pra loja da Maju e logo ouvi o ronco de uma moto parando do meu lado.
- Ta indo pra onde, tua casa é la pra cima parceira.
- Pra casa de macho. - Ele fechou a cara me olhando. - Se manca garoto.
- Bora.
- Bora onde?
- Sobe, né hora de tu estar na rua não.
- Eu joguei pedra na cruz, não é possivel. - Ignorei a presença dele e saí andando.
- Caralho hein Giovanna, ordem do teu irmão, sobe na porra de moto ou vai pra casa.
- Pega no meu pau otario, vou pra onde eu quiser, surta não que quando tu pegou piranha na minha frente não falei nada.
- Tu para, isso ae é passado.
- Que seja, to em outra já. - Menti e ele me encarou.
- Ta mermo?
- O que te faz pensar que não?
- Tu me ama, sei que ainda sente algo por mim.
- Engraçado tu pensar nisso agora, o que foi? Enjoou das suas putas e veio atrás da idiota que amava você? - Ri sarcastica e ele olhou pra baixo.
- Deixa eu conversar contigo, juro que depois disso nunca mais olho na tua cara.
- Esse é o problema Pedro, eu não quero isso, quero você cada dia mais e me odeio por isso.
- Sobe na moto. - Fechei meus olhos e fiz o que ele pediu, mas não vou ser otaria, não dessa vez.
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𝗠𝗲 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗾𝘂𝗲𝗶 𝗵𝗼𝗿𝗿𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗚𝗶𝗼𝘃𝗮𝗻𝗻𝗮 😭
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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿. 💋
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Profecia - MORRO
Fanfiction"Fala pra mim que eu sou teu e sou unico, tipo droga, cê me viciou. 🧜🏼♀️"