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𝗟𝗜𝗠𝗔 🍁
ᴜᴍ ᴍᴇ̂s ᴅᴇᴘᴏɪs...

Entrei na sala onde estavam todos que participaram na missão, pelo menos os que sobraram.

O resto dos moleques voltaram faz duas semanas, descobrimos esses dias que o bebê do Pachecco é menina, geral ficou feliz.

Falcão chamou geral aqui hoje e meu pai ta presente, voltou depois de uma cota sumido.

- Chamei vocês hoje porque bagulho ficou feio, não foi como esperavamos que fosse. Era pra estar tudo mais calmo agora depois de meses que executamos a invasão, mas não ta sendo bem assim. - Andou pela sala com as mãos no bolso. - A cara de alguns ta estampada em tudo que é lugar, e não vai demorar muito pra geral que tá aqui cair na mídia. Eles tem o nome de alguns, rosto, idade e uma caralhada de prova que encrimina cada um aqui. Não tem muito o que fazer agora, além de evitar ir pra pista.

>>>

Saí da reunião mais cedo e vim direto pra boca, maior neurose com esses bagulhos da polícia, sabia que a paz tava perto de acabar pô.

Pau no cu do Marquinhos morreu faz cota e ta me trazendo problema agora, tem parente querendo vingar a morte dele, rival querendo minha cabeça e a polícia atrás de geral, paz é um bagulho que não ta tendo.

Queria estar em casa com a minha familia, mas vou ter que ficar até tarde resolvendo problema.

A Giulia fez sexagem fetal já que não to podendo ir pra pista pra acompanhar ultrassom, ela fez faz uns dois dias e pelo o que entendi é de três a sete dias pra sair o bagulho.

To com tanta coisa na mente que até esqueci de avisar a maluca que não ia voltar pra jantar, são quase onze da noite e nem tive tempo de pegar no celular.

- Chefe?

- Manda.

- Tem uma mina aqui na porta querendo entrar, disse que é urgente.

- A Giulia?

- Não é ela não, melhor tu sair aqui pra ver. - Passei a mão na testa me levantando da cadeira já estressado, fui andando pelo beco até chegar onde tinha uma morena com algumas luzes no cabelo de costas conversando com a amiga.

Ela finalmente virou e eu forçei meus olhos encarando a mesma. Nem acredito que to vendo isso, to ficando maluco, só pode.

- Surpreso em me ver?

- Que porra tu ta fazendo aqui?

- Se tu me deixar entrar te explico melhor. - Suspirei me virando e ela me acompanhou até minha sala.

- Explica porque caralhos você ta aqui, não te mandei sumir porra?

- Isso já faz cinco anos Igor, precisei voltar e espero que você me apoie e me ajude, minha avó faleceu mês passado e eu não tenho onde ficar.

- Tu não tem mais moral comigo, fica na tua, pra tu é Lima.

- Tudo bem, só quero saber se posso contar com tua ajuda, to passando por um momento tão dificil. - Forçou um choro me abraçando e eu logo afastei ela.

Brenda é minha ex, conheci ela em uma resenha depois de uma missão e ficamos, bagulho ficou sério e eu era e novin, emocionado e achava que iria ir pra frente, mina só queria minha grana e o status de sentar pra traficante, depois de uns surtos querendo me cobrar e de brigar e cair na porrada com a minha irmã botei ela pra fora da minha casa e um tempo depois mandei ela vazar logo de uma vez da minha favela.

Gostei da mina, não vou mentir, mas nunca foi amor, nunca amei ela. Foi bagulho de momento e eu nunca senti algo intenso por ela, mas mesmo assim insisti no erro.

- Brenda, se manda daqui namoral.

- Por favor... eu não vou incomodar, agora sem minha avó eu to sozinha, sem nada e nem ninguém, a primeira pessoa em que pensei que poderia me ajudar foi você. Tu não pode negar ajuda pra quem ficou contigo no pouco, que tava contigo antes desse status todo.

- Se manca, tu parecia macaco pulando de pau em pau de traficante, pousou na minha pra sugar tudo que eu tinha, ate gostei de ti, mas não vem falar que tava comigo no pouco, porque tu chegou quando já tava em época boa.

- Me desculpa, eu so quero ajuda e algum lugar pra ficar, te juro que é temporario... - Se aproximou tocando no meu peito e eu retirei a mão dela suspirando.

- Vou ver se te arrumo um barraco na favela de algum parceiro.

- Precisa ser aqui na Penha, consegui um emprego aqui e se quiser posso ficar até na tua casa, não vou incomodar.

- Bateu a cabeça mermo, atá que vou te botar dentro da minha casa.

- Porque não? Temos intimidade o suficiente pra isso, mesmo tanto tempo longe ainda temos a mesma conexão de antes.

- Conexão é o caralho, não sou roteador. - Virei pegando meu celular na mesa. - Ta tarde e eu tenho que meter o pé pra casa.

- Espera, se tu quiser posso pagar minha estádia na sua casa, tbt dos velhos tempos...

- Me erra Brenda, to vazando. Aproveita e vaza da minha sala também, bora.

- Vou ficar na casa de uma amiga hoje, amanhã venho conversar melhor contigo então. - Empurrei ela pra fora e pedi pra um dos vapores tirar ela da boca.

Coloquei meu celular no bolso e subi na moto indo pra casa. Namoral quando penso que não da pra piorar deus manda uma pra me testar.

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𝗕𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗧𝗲𝗹𝗲𝘀.
22 anos.

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𝗢𝗽𝗻𝗶𝗼̃𝗲𝘀 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼...👀?

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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿. 💋

Profecia - MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora