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                             𝗟𝗜𝗠𝗔 🍁

- Achamos ele, sobe pela direita. - Falei baixo no radinho e o Andrade concordou.

Escutamos mais algumas vozes e passos que ficavam cada vez mais distantes.

Não posso deixar ele fugir. Peguei minha arma recarregando e fui com impulso até a porta da escada sozinho.

- Onde tu vai porra?

- Ele vai fugir, acha que o cara não tá ligado no que ta acontecendo?

- Não age por impulso, vamo geral se espalhar. - Pachecco falou segurando meu braço e eu suspirei.

Andrade disse que tava vendo ele e mais alguns homens e nos separamos.

Fiquei com o Pachecco e mais dois parceiros e fomos andando juntos sempre na maior cautela pelo lugar escuro e sem fazer barulho.

Vi uma luz no corredor e fiz sinal pros moleques ficarem em silêncio.

- As portas tão fechadas, merda. - Ouvimos uma voz e algumas conversas no final daquele corredor, a lanterna do Pachecco caiu no chão fazendo um baralho e eu forçei os olhos olhando pra ele.

Corri me escondendo atrás de uma brecha do corredor e os moleques fizeram o mesmo.

- Quem ta aí porra? - Passos se aproximaram, Pachecco jogou algo no chão chamando a atenção do homem, logo corri na direção dele enforcando e dando um tiro com o silenciador pra não chamar atenção.

- Puta que pariu, vamo vazar daqui.

- Andrade, ta onde? - Pachecco perguntou no radinho e alguns minutos depois obtemos resposta.

- Tô escondido, o Paiva ta tentando fugir, mandei fechar tudo. - Concordamos e saímos correndo pro lado oposto do corredor.

Subi a rampa e parei me encostando em uma caixa de aço, os moleques se espalharam e cada um foi pra um canto.

Andrade chegou por trás atirando nos soldados que estavam ali, logo uma troca de tiro começou e era bala voando pra todo lado.

Passei por trás indo rapidamente pra sala que deveria ser onde ficavam armazenados os dados que o Paiva coletava sobre cada um de nós.

Enquanto a bala comia aproveitei pra apagar essa porra toda. Forçei a fechadura mas a porta tava trancada, dei um tiro na fechadura e em seguida um chute.

Entrei atirando na camêra do lugar e fui direto no computador, precisava de uma senha, merda.

Abri todas as gavetas e fui jogando todas as pastas referentes a nós dentro da bolsa. Peguei pen drives, cartões de memoria e algumas fotos com a cara de cada bandido forte do Rio De Janeiro.

Voltei pro computador forçando a mente pra lembrar das possiveis senhas que o Andrade falou na reunião, bati a unha na mesa pensando e parei meus olhos no porta retrato com um foto da filha dele.

Tentei tudo, data de nascimento, nome até que carregou, sorri satisfeito entrando nos arquivos e excluindo tudo, incluindo da lixeira, todas as provas e tudo que poderia ser usado pra incriminar alguém dos meus.

Peguei tudo que foi pedido nas reuniões e agora falta só mais algumas coisas, matar o Paiva e vazar daqui em segurança.

Corri pra fora após a frequencia dos tiros diminuir e o Pachecco aparecer correndo na minha frente.

- Pegaram o Paiva, vamo vazar, van tá lá fora.

- Tá geral bem?

- Até agora poucos dos nossos baleados mas tem gente sumida aqui, escondido provavelmente. Não vi mais o Luquinhas nem meu pai depois que os tiros começaram, mas o Andrade mandou procurar.

- Puta que pariu, era só o que faltava. - Passei a mão na testa limpando o suor e saímos correndo pelos corredores na tentativa de achar alguém.

                       𝗟𝘂𝗾𝘂𝗶𝗻𝗵𝗮𝘀 🥇

Saí correndo sozinho quando ouvi barulhos e vozes vindo de um comôdo e me encostei na parede após um tiro ser disparado.

Sequei minhas mãos que estavam suando no tecido da calça e peguei minha arma posicionando. Atirei na mesma direção em que veio o disparo feito segundos atrás.

- SOLTA A ARMA CARALHO - Gritos e mais tiros ecoaram pelo corredor e eu revidei, disparei mais algumas vezes até que senti algo gelado no meu pescoço, uma arma.

- Solta a arma no chão, levanta a mão e fica pianinho vagabundo. - Meu semblante fechou, recebi um chute nas pernas e soltei a arma em seguida. - Pega teu radinho e manda teus amiguinhos virem pra cá, bora.

- Não.

- Aqui você não ta em direito de nada, ta me entendendo? Não foi uma pergunta e não tem opção, pega essa porra e manda eles virem pra cá caralho.

- Tu vai ter que me matar primeiro, não vou fazer porra nenhuma que tu pedir.

- Tá achando que eu to pra brincadeira? Bandidinho de merda. - O homem fardado bateu a arma na minha cabeça me dando uma coronhada e eu senti tudo girar mas me manti ali.

- Eu não vou mandar ninguém vir aqui, se me matar fica de boa que te espero no colo do capeta.

- Você vai primeiro filho da puta. - Ouvi o barulho da arma destravando e o cano gelado encostar na minha cabeça, forçei meus olhos e em seguida o barulho da arma sendo disparada.

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𝗠𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗰𝘂𝗹𝗽𝗲𝗺 𝗲 𝗻 𝗺𝗲 𝗺𝗮𝘁𝗲𝗺, 𝗳𝗼𝗶 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗻𝗼 𝗿𝗼𝘁𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗱𝗮 𝗳𝗶𝗰, 𝗮𝘁𝗲́ 𝗲𝘂 𝘁𝗼 𝗮𝗯𝗮𝗹𝗮𝗱𝗮, 𝗮𝗺𝗮𝘃𝗮 𝗼 𝗟𝘂𝗾𝘂𝗶𝗻𝗵𝗮𝘀 😭😭

𝗔𝗱𝗶𝗮𝗻𝘁𝗲𝗶 𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝗿𝗮 𝗽𝗿𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗮̃, 𝗮𝘁𝗲́ 𝘀𝗮𝗯𝗮𝗱𝗼💫

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𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮𝗺 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿. 🖤

Profecia - MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora