Capítulo XVI: Nada a Dizer

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Vamos retornar à escola Aldera, um dos primeiros cenários que vimos na trama e onde muitas coisas impactantes aconteceram.

Fora os eventos que vimos anteriormente, no dia seguinte já seria de se esperar que Izuku virasse um pária, foi até bom ele realmente não vir. Izumi quando chegou logo tinha que conter sua raiva de tão injusto que achou toda a situação.

Onde quer que ela fosse naquele dia? Sussurros e comentários, praticamente todos falando sobre a ausência de Izuku e os atos considerados "loucos" feito por ele no dia anterior, estava claro que ele ir para a escola não seria bom não só naquele dia, talvez até mais do que a família Midoriya inicialmente cogitava.

A verdade é que agir como Izuku fez nunca foi visto com bons olhos na sociedade normal.

Antes de tudo vamos relembrar o conceito de vigilantismo, o que ele fez, a diferença, mas como mesmo ele não tendo sido necessariamente um vigilante o afeta atraindo maus olhares?

Apesar de termos mencionado uma vez ou outra, nunca tiramos um momento necessariamente para nos aprofundarmos mais sobre isso, talvez ver sobre isso em uma cena do Izuku seria uma boa, mas esse aprofundamento aqui e agora junto da explicação que darei a outra reflexão acima também vem a calhar e contribui para a construção da lore de forma tão boa quanto, então vãos seguir?

Vigilantes são alguém que por livre e espontânea vontade trabalha para preservar a ordem pública sem necessariamente cooperar com a lei.

Podemos dizer que antigamente os Vigilantes eram os primeiros heróis e depois se tornaram coisas diferentes, mas vamos por partes, sim?

No amanhecer da era das quirks foi tudo um caos e uma bagunça completa, tudo aconteceu no século XXI, não foi um meteoro que caiu na terra e tão pouco uma super erupção vulcânica que abalou o mundo, foi realmente a chegada das quirks.

Como dito antes, o mundo foi fortemente impactado e uma era de caos se estabeleceu, pessoas não sabendo lidar com seus poderes, fazendo os mesmos saírem do controle, outros usando seus poderes para o mal, isso sem levar em conta os inúmeros questionamentos acerca dos denominados "mutantes", que levaram novos questionamentos do que significava ser humano em nosso mundo.

Nesse cenário as pessoas que queriam desempenhar o papel de heróis não ostentavam roupas super estilosas, não tinham nome para vários movimentos, tão pouco tinham licença ou autorização do governo para tal, mas esses acabaram por fazer toda a diferença em um mundo naquele estado.

Eles agiam por conta própria, eram bastante perseguidos pelas autoridades, pois mesmo ajudando não deixavam de agir sem licença alguma, mas com o apoio da população, inúmeros protestos e feitos de tirar o fôlego, os governos no mundo todo cederam e decidiram torná-los autoridades oficiais como os heróis que todos conhecemos.

Muita coisa veio aos poucos, mas a mais marcante foi a própria criação do sistema de licença de heróis, o que implica que agir por conta própria sem qualquer licença não só é considerado um crime como tal pessoa chega até a ser considerada um vilão assim como qualquer outro tipo, por mais bem intencionada que seja.

Na realidade, o que trouxe problemas para Izuku não foi necessariamente tentar orquestrar um resgate, você mesmo pode ser permitido resgatar uma pessoa no meio de um desastre por exemplo, se conseguir e caso não tenha jeito, o lance é: Ele levantar a mão contra o vilão e desobedecer às ordens dos heróis foi o que trouxe confusão para ele.

Ambos os atos são levados muito a sério e o que o salvou foi que todos entenderam que o mesmo se desesperou ao ver a Katsumi em apuros, claro que Izuku poderia ter ido para o reformatório, mas as autoridades presentes sentiram dó e levando em conta que ele era o filho da Cinética, eles decidiram apenas DESSA vez deixar passar.

Izu 10 (2023)Onde histórias criam vida. Descubra agora