Capítulo 18

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Pesada né gente? Essa história realmente é carregada. Eu a escrevi num momento tenso da vida. Ainda estou mudando o final dela. Mas a próxima história que já estou escrevendo é bem diferente ok? Beijos.

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Eu logo cheguei em casa, o transito estava tranquilo. Entrei no elevador e subi. Quando o elevador parou no 16º andar eu achei estranho porque ele não para quando sobe pra cobertura só em caso de emergência. Uma mulher desesperada com a criança no colo totalmente roxa.

XX: SOCORRO... SOCORRO... ELA TA SUFOCADA... SOCORRO... eu sai do elevador, ela estava acompanhada de uma senhora que acredito ser a avó e um homem com o telefone na mão. Ela deve ter apertado o botão de emergência.

Eu: Me dá ela. – peguei a menina abri a boca dela e depois a virei de bruços e comecei a fazer manobra de desengasgo.

XX: Vai machucar ela...

Eu: Eu estou tentando salvá-la. Eu sou médica... – depois de alguns segundos ela cuspiu, era uma uva inteira. Eu entrei na casa dela a coloquei no sofá peguei meus aparelhos e comecei a examiná-la. – Quanto tempo ela ficou sem ar?

XX: Acho que uns 3 minutos ou mais eu não sei – ela estava apavorada.

Eu: Corte as uvas ao meio para oferecer a ela, porque ela é muito pequena para comer uvas inteiras, é uma fruta muito fácil para engasgo. Recomendo leva-la ao pronto socorro pediátrico pra ela ser avaliada, pra ver se existe algum dano neurológico, ela ficou muito tempo sem receber oxigênio no cérebro. Ela está letárgica ainda, então é melhor leva-la ao pronto socorro agora tá? – peguei um cartão. – Esse é meu numero, eu sou neurocirurgiã e cirurgiã geral. Moro na cobertura me mudei a alguns dias, qualquer coisa pode me ligar.

XX: Obrigada, muito obrigada.

Eu: Imagina... Me dê noticias dela depois tá?

XX: Tá bom. – eu subi pra casa. Eu cheguei olhei na geladeira tinha um prato de comida pra mim, era coisa da Jenny, ela sempre montava dois pratinhos pra mim e pra Natalie. Eu coloquei no micro ondas jantei, lavei a louça e subi. A Natalie estava no ipad e a TV ligada.

Nat: Demorou...

Eu: Uma criança engasgada no 16º andar. – contei a ela.

Nat: Nossa. Espero que ela fique bem.

Eu: Vai ficar – eu fui tomar banho, logo sai coloquei um pijama.

Nat: Jantou?

Eu: Sim.

Nat: O que vai fazer?

Eu: Vou para o meu escritório enviar alguns e-mails, procurar emprego.

Nat: Como assim procurar emprego? Você foi demitida?

Eu: Não, eu me demiti.

Nat: Por que? Como assim Priscilla?

Eu: Não vou explicar isso agora não Natalie. Eu estou cansada, o meu dia foi terrível. – desci. Cheguei no meu escritório liguei meu computador, depois abri meu currículo atualizei e acabou aumentando mais 3 páginas totalizado 18 páginas. Eu fiz uma carta de apresentação atualizada também, revisei tudo anexei ao meu currículo e entrei na página dos hospitais mais influentes e famosos de Nova York e Los Angeles. Cedars-Sinai Medical Center. Stanford Health Care-Stanford Hospital. New York-Presbyterian Hospital-Columbia and Cornell. Barnes-Jewish Hospital. A Natalie parou na porta.

Nat: Amor?

Eu: Hum? ela se aproximou e sentou de frente pra mim.

Nat: O que está acontecendo? O que aconteceu hoje?

Eu: Tudo Natalie... Tudo – suspirei. – Eu fui invalidada e questionada como você sabe. E no fim saiu o laudo.

Nat: E o que o laudo apontou?

Eu: Que eu não cometi nenhum erro, que eu fiz exatamente tudo que eu podia por cada paciente. – contei a ela o que aconteceu.

Nat: E você pediu demissão.

Eu: Pedi. Porque eu sabia o que estava fazendo e fui julgada como incapaz.

Nat: Pri, você ama o Mount Sinai.

Eu: É, eu amo. Mas já enviei minha carta de apresentação e meu currículo atualizado para o Cedars-Sinai Medical Center. Stanford Health Care-Stanford Hospital. New York-Presbyterian Hospital-Columbia and Cornell. Barnes-Jewish Hospital.

Nat: O Cedars e o Columbia são excelentes. Mas o Cedars é em Los Angeles.

Eu: É...

Nat: Vai me deixar se for para o Cedars?

Eu: Se eu for para o Cedars, eu posso trabalhar direto no Barnes Jewish aqui, é do mesmo grupo. Mandei pra lá também. 

Nat: Agora a gente pode conversar?

Eu: Eu estou cansada, prefiro dormir.

Nat: Priscilla... A gente precisa conversar.

Eu: Eu quero o divórcio.

Nat: O que? – me encarou assustada. – Você enlouqueceu?

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora