Capítulo 6

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Pri: Quero agradecer a cada um de vocês aqui, ao cuidado de cada um, o amor e o carinho por nós, por nossos filhos. Eu não tenho muito o que falar, eu a dias não consigo falar muita coisa e eu sei que vocês entendem, mas agradeço imensamente cada um de vocês que aqui estão que aqui passaram e ainda vão passar. Lucca e Leo a mamãe ama muito vocês, ama vocês pra sempre, mais que a mim. – a Mackenzie leu uma mensagem linda que ela fez, meus pais também, meus irmãos, meus sogros, meu cunhado e minha cunhada, a Valentina e a Luiza representando o hospital e a empresa, Khalil e Jullie. Logo foi fechado para o publico novamente e a hora da despedida chegou.

A Pri ficou estranha, eu fiquei com medo do olhar dela. Ela se aproximou deles falou algo no ouvido dos nossos filhos, os beijou muito. Eu me despedi dos meus pequenos e a urna foi fechada. As urnas foram levadas para os carros funerários e fomos para os carros. Saímos dali sob aplausos da multidão e sob gritos de justiça. Na hora do enterro, já havia o jazigo Smith Pugliese, tivemos que comprar, e nunca pensei que seria para os nossos filhos. Já haviam as fotos deles, os nomes, a mensagem e as datas de nascimento e partida. O padre falou suas ultimas palavras deu a benção e o enterro aconteceu. Ficamos ali até o final. A Priscilla chorava descontrolada, coisa que ela tinha conseguido conter até então. Meu sogro a levou ao hospital eu fui pra casa eu precisava descansar. Tomei banho tomei um remédio e dormi. Quando eu acordei já era noite, a Pri dormia do meu lado. Dei um beijo nela e desci.

Mãe: Oi filha, descansou? Quer comer alguma coisa?

Eu: Oi mãe. Quero sim. Que horas a Pri chegou?

Mãe: Tem umas 2 horas. Deram um calmante pra ela, deve dormir até amanhã. – eu olhei a hora e eram quase 23 horas. Minha mãe tinha feito uma sopa, estava frio e chovendo. Eu tomei a sopa conversando com ela. – Foi uma despedida bonita. Difícil, mas bonita. As palavras do padre, do pastor, das pessoas que foram até lá.

Eu: Aquelas pessoas mãe, não tenho palavras para agradecer o que aquelas pessoas nos disseram.

Mãe: Foi tudo incrível mesmo.

Eu: Amanhã eu vou até a delegacia, preciso entender o que houve. Não quero ler noticias mãe, eu quero saber pela policia.

Mãe: É... eu acho melhor mesmo. – suspirou. – Aquelas pessoas estavam com raiva, muita raiva de tudo. – minha mãe certamente tinha lido as noticias. Eu terminei de comer e voltei pra cama. No dia seguinte de manhã, eu e a Priscilla fomos a delegacia acompanhadas dos nossos pais e dois advogados, doutor Petter Hoffman e doutora Hellen Jakins.

Delegado: Bom dia, sentem-se por favor. Querem um café, uma água?

Eu: Uma água por favor. – ele nos serviu. Delegado Roward deveria ter uns 60 anos, gordinho, estatura mediana, quase careca. Fomos para uma sala maior já que éramos em 8 pessoas além dele, de um escrivão e mais 4 policiais.

Delegado: Primeiramente quero prestar minhas condolências às senhoras por essa tragédia e dizer que estamos aqui para fazer justiça e o que for preciso faremos para que o desfecho seja o melhor. Não trará as crianças de volta, mas os responsáveis serão punidos.

Eu: Obrigada.

Pri: Obrigada. Delegado... Justiça por Lucca e Leo. Foi o que mais ouvimos, vimos e lemos nesses dias. A gente não leu noticias, a gente preferiu esperar hoje para entender tudo, porque a gente não sabe direito nem o que aconteceu na nossa casa.

Delegado: Ok, vamos conversar... 

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