Capítulo 56

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Eu: Claire, porque não questionou a casa no lago de Hamptons? Afinal é Hamptons...

Claire: Eu? Aquela casa é assombrada Deus me livre. Eu dou é graças a Deus, nunca gostei de lá. – demos risada e ela também. – O papai gostava de lá, a mamãe nunca mais foi lá. Só quando meu pai morreu. A gente morou lá um tempo, eu nunca gostei. Muita gente metida, chata, muita gente mais velha. E ele merece. Se não fosse ele, meus pais não teriam metade do que tem hoje. Ou melhor, minha irmã e eu não teríamos metade do que temos hoje.

Pri: É, ele merece. É uma ótima pessoa. A esposa dele também é muito gentil.

Claire: Ela é médica e é advogada também, mas atende numa clinica particular e as vezes advoga. Então ela tirou muitas duvidas da minha mãe. Eles ajudaram muito ela quando ela adoeceu, colocando as pessoas certas para cuidarem dos nossos bens. – a gente foi pra casa, decidimos jantar fora, então fomos em casa primeiro pra buscar meus sogros. A gente comeu num restaurante bem legal e voltamos pra casa. Fizemos uma missa de sétimo dia bem linda pra Louise, foi realmente linda e emocionante. O dia da audiência do caso dos meus filhos chegou. Deixamos a Claire na escola, meus sogros ainda estavam em Nova York e foram conosco. O juiz do caso era um tal de David Gusman Rotiker, dizem que ele é bem linha dura. Quando aqueles dois chegaram, cada um por uma porta, me deu um sentimento louco, uma vontade de gritar, de voar na garganta dos dois. Ele fez a leitura do caso resumido e ele ia julgar o caso de uma ex mulher daquele criminoso separado assim a pena dele aumentaria. Os dois tiveram a audácia de se declararem inocentes. A Pri apertava as mãos com raiva e não piscava. O caso começou a ser detalhado e as lágrimas caiam. Quando mostraram nossos filhos na ambulância me deu ânsia de vomito e eu sai. Minha sogra veio atrás.

Paty: Toma essa água.

Eu: Eu nunca... – solucei – Eu nunca tinha visto essas imagens... – soluçava.

Paty: Ninguém nunca tinha visto. Vem senta aqui – me sentou num banco. Uma moça veio.

XX: Posso ajudar?

Paty: É o julgamento do caso dos filhos dela, e mostraram umas imagens das crianças que ela nunca viu e ela não está se sentindo bem.

XX: Eu vou chamar a enfermeira daqui. – ela saiu e logo veio uma enfermeira. Ela aferiu minha pressão e estava baixa e eu estava bem enjoada. Acabei não aguentando e vomitei. – A senhora pode estar grávida?

Eu: Sim, posso.
Paty: Sério?

Eu: Eu fiz a fertilização a um mês, eu ainda não fiz nenhum exame, e a Pri não sabe, queria fazer surpresa.

XX: Talvez seja melhor ir ao hospital fazer um exame, tomar um soro. Pode te ajudar a se recuperar, pode estar desidratada também.

Eu: Eu vou fazer isso. Obrigada. – ela trouxe água pra mim e um suco. – Não conta pra Pri Patrícia.

Paty: Tudo bem querida não vou contar nada. - Depois de meia hora ali eu voltei lá pra dentro e a Pri estava estática. Logo o juiz falou.

Juiz: Devido a gravidade do caso, os dois permanecem em prisão de segurança máxima, o julgamento acontecerá no dia 30 de janeiro, e será em júri popular o que pode aumentar a pena de cada em cerca de mais 15 anos, pela decisão popular sobre o crime ocorrido, podendo chegar a prisão perpetua e até mesmo pena de morte. Esta sessão está encerrada – bateu o martelo. Eles foram levados e a gente se levantou. Priscilla não abriu a boca pra falar uma só palavra. Fomos pra casa num absoluto silêncio. Ela dirigia como se só ela estivesse no carro. Chegando em casa a gente desceu do carro e ela saiu.

Eu: Pri... aonde vai? Priscilla... – ela saiu cantando pneus.

Roberto: Deixa ela Natalie... Ela precisa extravasar de alguma maneira.

Eu: Eu vou a farmácia aqui do lado comprar um remédio e já volto. – minha sogra já tinha entendido. Eu fui a farmácia e comprei três testes de gravidez e fui pra casa. Guardei os testes e fui atender o telefone.

Eu: Alô?

XX: Bom dia eu poderia falar com a dona Natalie ou a dona Priscilla Pugliese?

Eu: É Natalie.

XX: Dona Natalie aqui é Margot do Trinity School tudo bem?

Eu: Sim Margot e você? Aconteceu alguma coisa?

XX: Tudo bem. Estou te ligando para pedir para buscar a Claire, ela não está se sentindo muito bem hoje. Ela teve uma crise de asma, agora está reclamando de dor de cabeça, de cansaço, ainda está com um pouquinho de falta de ar. Ela está na enfermaria da escola.

XX: Ok eu estou indo Margot, obrigada. – desliguei e desci.

Eu: Patrícia eu vou buscar a Claire na escola, ela não está se sentindo bem. – abri a gaveta de um armário da sala. Abri a outra... – Viu um inalador aqui? É um verde.

Paty: É esse? Acabei de tomar da mão da Ivy. Ela sabe abrir gavetas.

Eu: Precisamos colocar travas de segurança nas gavetas baixas. Não demoro – fui buscar a Claire, assinei a saída dela e ela logo veio com uma dificuldade imensa de respirar. – Abre a boca filha – fiz duas inalações nela e fomos para o carro. – Se sente melhor.

Claire: Está passando... – respirava mais devagar.

Eu: Vamos pra casa então ok? – fomos embora. Entramos em casa pela porta da cozinha. – Quer comer alguma coisa?

Claire: Tia Nat... – puxou o folego. Ela estava roxa.

Eu: Claire... Claire... – ela foi caindo no chão da cozinha. – PATRICIAAA... ROBERTO... – gritei pra quem pudesse me ajudar.

Roberto: Oi... o que foi? Ai meu Deus, ela está roxa...

Eu: Liga para o 9-1-1 e pede pra mandarem uma ambulância do Presbyterian agora. 

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora