Pri: Tem um sonho Claire? Algo que você deseja muito fazer?
Claire: Ah tia Pri... – suspirou olhando pra cima como se pensasse – Tenho... Vários. Ir na Disney com minhas amigas, ir na Disney com a minha irmãzinha quando ela fizer 2 anos porque ela vai entender mais e ela ama os desenhos da Disney, eu já fui com meus pais e meu irmão algumas vezes, a gente tem uma casa lá, mas com as minhas amigas seria diferente e com a minha irmã também. Fazer aula de culinária, um dia de compras com a minha mãe, a gente até fazia compras, mas ela na cadeira de rodas não tinha a mesma graça porque ela não podia experimentar roupas comigo. Fotografar coisas bonitas, eu amo fotografar e minha ultima câmera minha irmã jogou do andar de cima de casa e a mamãe está me dando outra a dois meses, tenho vontade de conhecer o Brasil também. Meu pai falava muito de lá a mamãe também conheceu o Brasil ela já foi varias vezes com meu pai, a moça que cozinha lá em casa é brasileira e eu me apaixonei por comida brasileira e lá em casa tem arroz com feijão todos os dias. – rimos.
Pri: A gente pode realizar alguns desses sonhos quem sabe. E sobre a comida brasileira a Jenny que trabalha aqui em casa também é brasileira, a minha família e a da Natalie também é brasileira. A gente tem duas casas no Rio de Janeiro. Uma de frente para a praia de Copacabana que é a casa dos meus pais na verdade e uma em Petrópolis. Meus pais moram no Rio de Janeiro. Quando tiver um tempinho do colégio a gente vai pra lá o que acha?
Eu: É verdade, a gente te leva pra conhecer todos os pontos turísticos do Rio.
Claire: Vai ser legal. – suspirou – A mamãe está piorando não está tia Pri?
Pri: Sim querida... Ela disse que você sabe de tudo que acontece com ela que você gosta de saber de tudo e vocês combinaram assim não é?
Claire: Sim. Depois que o papai morreu, ficou só nós três e com a doença dela, a gente fez um pacto, eu ia saber de tudo sobre a doença dela, eu ia participar de tudo. Eu ajudo ela com banho, com a roupa, quando ela fica fraca eu a ajudo a comer, eu cuido do cabelo dela. Ela não me esconde nada.
Pri: Sua mãe passou muito mal esses dias foi pra UTI, mas acredito que em até amanhã ou depois ela vá para o quarto.
Claire: Ela não vai mais sair do hospital né? – encheu os olhos de lágrima.
Pri: Eu não sei. Eu ainda não sei te dizer isso Claire. Se ela não piorar, ela pode ir pra casa sim. Com uma equipe de enfermagem junto com ela. Mas as chances dela voltar ao hospital com mais frequência são enormes. Ela está degenerando muito rápido e de uma forma bem inesperada. Eu vi os exames dela, todo o histórico. Vi também que você e sua irmã fizeram o teste genético e vocês duas não tem o marcador então não vão desenvolver a doença.
Claire: É. Eu e meu irmão fizemos quando a mamãe descobriu a doença dela, meu irmão tinha o marcador genético com a doença. E a minha irmã fez a alguns meses e deu negativo também. A gente não tem nem 1% de chance de ter ELA. A minha avó teve, minha bisavó também. E foi muito agressivo e rápido. Mas a mamãe está sendo mais rápido ainda.
Pri: É, eu sei. Eu vou fazer tudo por ela ok?
Eu: Claire, quer perguntar alguma coisa pra gente?
Claire: Quero... – suspirou – Não me levem a mal... Mas porque quiseram ficar com a gente?
Eu: Aquela nossa conversa mexeu comigo. E eu não acho justo você e sua irmã serem separadas. Vocês duas ainda tem mãe, e eu e a Pri vamos fazer tudo para que vocês nunca sejam separadas. Seja com outra família ou se vocês adaptarem com a gente, ficar aqui... – sequei a lágrima dela que caia. – E a gente vai dar muito apoio pra sua mãe também Claire, não vamos abandonar sua mãe. Você sabe que vocês não podem voltar pra ela, pela situação dela não é?
Claire: Sei. E dói saber disso. Eu vou poder ver ela?
Pri: Claro que vai. Eu e a Nat vamos conversar e ver como isso vai acontecer. Mas não vamos afastar você e sua irmã da sua mãe tá?
Claire: Obrigada... Por tudo – me abraçou e abraçou a Pri. Logo o gritinho... – Ivy eu já falei pra você não gritar. – a gente riu. – Ela faz isso o tempo todo. Ela aprendeu a gritar vendo desenho. Agora ela faz isso pra chamar atenção. Ela quer descer da cadeira – ela a desceu. – Lá vai o pato olha... – ela andava igual um patinho era bem engraçado. A noite a gente pediu pizza, eu fiz uma comidinha mais leve pra pequena, ela ainda não comia essas coisas. Ela dormiu cedo no meu colo, eu a troquei e coloquei no berço.
Eu: Dorme bem princesa... A tia Nat está aqui do lado tá. – a beijei. Dei o urso nos braços dela e ela o apertou. Eu a cobri e sai do quarto e desci. – Cadê a Claire?
Pri: Desceu pra pegar a pizza. – colocava os copos e o refrigerante na mesinha.
Eu: Como vamos fazer isso funcionar, da mãe delas e elas? Amor não é justo afastá-las assim. – suspirei. Eu não parava de pensar nisso e eu tinha uma ideia e não sei se a Pri ia concordar.
Pri: Eu tive uma ideia, mas eu não sei se você vai concordar. – fez uma cara meio sem graça.
Eu: E o que você pensou?
Pri: Dela ficar aqui com a gente. Ou ocupar um dos apartamentos aqui do prédio assim ela fica perto das meninas.
Eu: Eu pensei exatamente isso amor. Ela ficar com a gente. Tem um quarto grande aqui embaixo ela pode ocupar ele, não vai incomodar, mas se ela não quiser, a gente pode ver a possibilidade dela alugar o apartamento no andar debaixo. Assim ela fica perto das meninas, elas podem ir e voltar sempre que quiserem.
Pri: Vou conversar sobre isso com ela. – me deu um beijo – Te amo. Você é maravilhosa sabia?
Eu: Eu te amo. Você é perfeita. – nos beijamos.
Claire: Se eu demoro mais um pouco pego as duas peladas. – demos risadas. A gente sentou pra comer. Foi um fim de semana muito legal. No domingo a noite a Claire arrumava as coisas do colégio.
Eu: Oi...
Claire: Oi. – guardava o notebook.
Eu: Seu uniforme, precisa ser passado?
Claire: Já passei. Já está tudo certo.
Eu: Que horas você levanta? Que horas começa a aula?
Claire: Minha aula começa as 7:30 e acaba as 13 horas. Eu acordo por volta de 6:30 e saia de casa as 7:00 por ai. Mas aqui é mais perto da minha escola que da minha casa.
Eu: Ok. 7:10 a gente sai pode ser?
Claire: Ok...
Eu: Eu vou pra cama, a Pri já dormiu, ela vai para o plantão de 24 horas amanhã da manhã. Qualquer coisa nos chame tá? E se sua irmã acordar a babá eletrônica está comigo, pode descansar que eu a pego.
Claire: Obrigada. Boa noite.
Eu:Boa noite querida. – eu fui pra cama. A Pri já tinha dormido porcausa dos remédios, ela tem ficado bem sonolenta. Dei um beijo no pescoço delae me deitei. Era o certo, cuidar dessas meninas e da mãe delas.
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PARTES DE NÓS
FanficMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...