Capítulo 87

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O dia da viagem das meninas chegou, eu chequei a mala da Ivy pra ver se tinha tudo que ela precisava. A Pri fez o mesmo com a da Claire. Três amigas da Claire iam também, a Dona Lucy ia cuidar das meninas. Eu queria tanto fazer essa viagem, mas eu não podia por causa da gravidez, não podia mais voar, e o bebê poderia nascer a qualquer momento. A Pri ia levar as 3 ao aeroporto e a mãe de uma das meninas iam levar as outras meninas. Me despedi delas... – Divirta-se ok? Aproveita bastante, mas não deixe a dona Lucy maluca viu filha? – abracei a Claire.

Claire: Pode deixar mãe.

Eu: Eu te amo.

Claire: Te amo... Bebezinho fica ai até eu voltar ok? – beijou minha barriga varias vezes.

Eu: Boa viagem princesa da mamãe. A mamãe vai morrer de saudades de você tá? Você é minha, eu te amo, e volta logo. Divirta-se bastante. – a enchi de beijo.

Ivy: Ama mamãe...

Eu: A mamãe ama muito mais. – elas foram e eu chorei. Agora tudo eu choro. Elas iam embarcar pelo La Guardia então a Pri voltou pouco mais de uma hora depois.
Pri: Que silêncio. – falou pegando um brinquedo no chão.

Eu: Essa casa fica muito quieta sem elas.

Pri: Fica sim. – suspirou – Vou trabalhar de casa, tenho um caso importante pra analisar se opero ou não e o pior, é no Mount Sinai.

Eu: Sério?

Pri: Sim. O paciente está instável demais pra ser transferido, ele já foi meu paciente umas 15 vezes e é um tumor enorme. A Valentina não quer operar aquela covarde e a Diorio não vai botar a chefia dela em risco pra operar.

Eu: Ué, mas não era você a pessoa que deveria ser vigiada? A chefe é a Valentina, ela que se vire. Ela já teve o filho dela, já voltou a trabalhar, ela pode perfeitamente operar.

Pri: A Família não quer que ninguém coloque a mão nele que não seja a médica dele que sou eu.

Eu: É... Ai você não pode fazer muita coisa. Eu vou trabalhar também. – dei um beijo nela e fui para o escritório. O bebê da Valentina e da Luiza nasceu em abril é um lindo menino que recebeu o nome de Matteo. A semana se passou devagar, a Pri foi operar o paciente dela no Mount Sinai a cirurgia foi bem sucedida e avisou aos familiares que agora ela não era mais responsável pelo caso porque ela não trabalha mais no Mount Sinai. As responsáveis pelo caso passaram a ser a Valentina e Diorio. Ela avisou a Diorio, elas assinaram um termo, a família também reconhecendo que a partir de agora não podiam mais requerer a Priscilla como médica do caso já que ela não é mais medica do Mount Sinai e a família não permite que ele seja tratado pelo Presbiteryan por questões pessoais. Ela entregou o caso mediante aprovação do conselho médico, testemunhas, e advogados para não deixar margens para processo caso o paciente venha a falecer por algum motivo. E segundo ela, o rapaz já está fazendo hora extra porque os tumores no cérebro dele voltam com muita frequência e ele está vivo por milagre. A família entendeu o caso dela, e assinou a papelada. Eu estava morrendo de saudade das minhas filhas, elas chegam em 4 dias. No dia 22 de junho eu acordei de madrugada com muita cólica. Fui fazer xixi e a minha bolsa rompeu. – Ok... Isso não foi o planejado bebê... – sorri nervosa passando a mão na barriga. Tomei um banho rápido peguei uma das calcinhas absorventes que comprei e vesti. Coloquei um vestido e fui acordar a Pri. – Amor... Amor...

Pri: Oi? Está tudo bem? Que horas são?

Eu: São 1:45... Minha bolsa estourou.

Pri: Já?

Eu: Já.

Pri: Então vamos para o hospital. – se levantou calma.- Está com contrações?

Eu: Tive uma cólica bem forte a duas horas, depois de uma hora tive de novo e meia hora depois tive de novo, só que com a dor menor.

Pri: Ok. Eu vou tomar um banho rápido.

Eu: Fica tranquila, eu estou bem, já tomei banho, me troquei, vou ligar pra Scarlett.

Pri: Tá bom – me deu um beijo e foi tomar banho. Eu liguei pra Scarlett e ela pediu pra ir para o Mount Sinai, ela estava de plantão lá naquela madrugada. A Pri não ia gostar disso. Eu peguei minha mala e do bebê e desci. Escrevi um bilhete e coloquei no balcão pra Jenny e para uma das faxineiras que viriam de manhã. Pedi para não contarem a ninguém queria surpreender as meninas. – Estou pronta vamos?

Eu: Vamos.

Pri: Avisou a Scarlett pra ir para o Presbiteryan?

Eu: Então... Ela está de plantão... No Mount Sinai.

Pri: Não... Eu vou ver com a Margot, ver se ela está de plantão.

Eu: Pri, eu quero a Scarlett. A gente vai pra maternidade do hospital, vamos entrar por outra portaria, não vamos encontrar com sua ex chefe e amiga Nathalia. Para com isso. – ela suspirou irritada.

Pri: Vamos. – descemos e fomos para o carro. Ela não falou nada o caminho todo. A madrugada ia ser longa.

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora