Nat: A Ivy mamou e dormiu – sentou do meu lado. - E a irmã da Louise quem vai avisar?
Eu: O advogado da família ficou de ligar agora de manhã.
Nat: Se é que ela vem né. Desde que a conhecemos, ela nunca nem ligou pra saber da irmã e das sobrinhas.
Eu: Agora que a irmã se foi, tem um negócio chamado testamento. Você acha que ela não vir bancar a irmã triste com a partida da irmã distante, querendo meter a mão nos negócios e na grana que é das meninas agora?
Nat: Verdade. Mas o choque vai ser grande quando ela souber que não ficou com um alfinete.
Eu: Essa é quero ver. – ri.
Nat: Eu também. – deitou no meu ombro. – Temos que dar muito amor pra nossa menina. As vezes acho que a Ivy ser tão bebê é até bom sabe, ela não vai sofrer como a Claire está sofrendo agora. Perdeu o pai e o irmão num acidente que ela esteve envolvida também, e agora a mãe. Encarar uma nova família, é doloroso pra uma menina de 14 anos.
Eu: É sim. – suspirei. A gente não conseguiu mais dormir, estávamos muito ligadas. Eu tinha o contato de todas as amigas do colégio da Claire. A psicóloga dela orientou que seria interessante a gente ter um grupo com os amigos mais íntimos dela, para dar um apoio a ela, sem que ela soubesse do grupo, pelo menos nessa fase terminal da doença da mãe dela. Então eu tinha um grupo com a Natalie e mais 6 amigos bem próximos dela para informar tudo a eles. E eles nos informavam tudo também sobre ela e sem ela saber. Esperei amanhecer, já era 7:30 o horário do colégio então eu mandei um áudio.
Eu: Oi pessoal bom dia. Não tenho boas noticias. – suspirei – A Louise faleceu essa madrugada. Na minha presença, da Natalie, da Ivy e da Claire. O funeral vai ser amanhã pela manhã, eu terei mais informações no meio da tarde. A Claire está sofrendo como vocês sabem, mas está se mantendo forte. Eu dei um remedinho pra ela descansar, dormir um pouquinho porque hoje e amanhã teremos um longo dia. Eu vou até a escola conversar com a diretora. Assim que eu souber dos detalhes do funeral eu aviso aqui ok? Se quiserem vir aqui depois, dar uma força pra ela, serão muito bem vindos. Abraços da tia Pri e da tia Nat.
Eu tomei um banho pra despertar, tomei café da manhã e fui até o colégio. A secretária me anunciou e eu entrei.
Justine: Doutora Priscilla, bom dia, sente-se por favor... Como vai?
Eu: Bom dia, e é só Priscilla dona Justine não precisa me chamar de doutora. Doutora só no hospital tá. – sorri de leve.
Justine: Ok. Aconteceu alguma coisa?
Eu: Então Justine – suspirei – A Louise nos deixou essa madrugada.
Justine: Oh meu Deus. A Claire estava junto? – a tristeza se fez presente no olhar dela.
Eu: Sim. Ela pediu a presença da filha, era três horas da manhã. Ela faleceu por volta de 4 da manhã. Despediu, disse que ama. Foi uma despedida dolorosa e bonita ao mesmo tempo sabe. Ela estava preparada, mas doeu muito e ela está sofrendo muito né. Eu dei um remedinho pra Claire dormir, coloquei no leite sem ela saber, ela precisa descansar o máximo possível, teremos dias longos.
Justine: Não serão fáceis mesmo. – suspirou - Quer dar a noticia para a turma dela? Sei que tem um grupo com pessoas restritas, mas se quiser conversar com eles...
Eu: Posso? Acho que preciso deixa-los a par de tudo isso.
Justine: Claro. Vamos até lá... – fomos até a sala dela. Era aula de história. – Com licença senhorita Emma, posso interromper sua aula por alguns minutos?
XX: Claro. Aconteceu alguma coisa?
Justine: A mãe de uma aluna precisa conversar um pouquinho com a turma. A mães acolhedoras da Claire.
XX: Ah tá... Claro. – a gente entrou e muitos sussurravam perguntando quem eu era, falando que eu era bonita, outros falando que eu era a mãe adotiva da Claire.
Justine: Pessoal prestem atenção um pouquinho aqui... – ela me olhou.
Eu: Bom dia a todos, muitos de vocês não me conhecem, meu nome é Priscilla Pugliese, eu a mãe adotiva da Claire Ferberman. Como vocês sabem a Claire está vivendo um momento muito difícil a algum tempo com a mãe dela Louise muito doente. E esta madrugada a Louise faleceu. – todos fizeram expressão de tristeza. E me deu uma vontade absurda de chorar – A Claire já perdeu muito na vida dela, ela perdeu tudo na verdade. Ela tinha pai, um irmão também e ela perdeu o pai e um irmão num acidente que só ela sobreviveu como vocês já sabem. E a mãe dela sofria de uma doença degenerativa chamada ELA e foi muito agressiva. Ela degenerou extremamente rápido e esta madrugada diante de nós e segurando a mão da Claire ela se foi. Ela precisa de todo carinho e compreensão neste momento tão difícil da vida dela. Mais tarde vou passar a informação para alguns dos amigos que eu tenho contato e eles informam a todos sobre o funeral, quem quiser e quem puder comparecer para dar uma força pra ela vai ser de grande importância. Muito obrigada. – agradeci a professora, e logo sai. Falei com a diretora mais um pouco e fui pra casa. Claire dormiu até a hora do almoço. A Jenny fez arroz, feijão, bife e batata frita e fez uma saladinha de alface e tomate também, comida bem brasileira que a Claire adorava. Se dependesse dela, ela comia isso todos os dias.
Nat: Oi amor... – ela sentou no sofá e abraçou a Nat.
Claire: Por um segundo eu achei que era tudo um pesadelo – começou a chorar.
Nat: Eu sei querida. – deu um beijo nela – Eu sei que dói e muito.
Eu: A vovó está vindo. Chega amanhã cedo. – a Claire tem falado muito com a minha mãe.
Claire: Que bom – sorriu de leve.
Eu: A Jenny fez seu almocinho preferido. Vamos comer um pouquinho?
Claire: Vamos. Cadê a Ivy?
Eu:Dormindo. Ela já almoçou e apagou. – a gente foi almoçar e depois ela passou odia respondendo mensagens de amigos, as amigas foram até lá em casa ficar umpouco com ela. O funeral começa as 10 da manhã e o enterro será as 16 horas. Eufalei com a funerária pedi duas coroas de flores, uma no meu nome e da Nataliee uma no nome dela e da Ivy. Eu quase não dormi a noite, fiquei levantando praver como ela estava, e ver a Ivy e elas dormiram bastante. Na manhã seguinteacordei as 7 horas, tomei um café expresso rapidinho e fui buscar meus pais noaeroporto, eles iam chegar as 7:30. Eu cheguei lá e eles já estavam buscando asmalas. Logo eles vieram e fomos pra casa. Quando eles chegaram foram tomar umbanho, eu também tomei um banho, desci pra tomar café e a Claire já tinhaacordado, a Natalie dava banho na Ivy, a gente logo tomou café, eu me vesti,coloquei um vestido preto com um scarpin da mesma cor e um casaquinho, jáestava fazendo um pouco de frio e armando chuva. A Natalie vestiu uma roupaparecida. A Ivy usava um vestidinho preto rodado com meia calça branca e umsapatinho preto com uma tiara preta, a Claire usava um sobretudo preto e umabota. Logo saímos de casa e chegamos a capela. Foi doloroso... Ela tinha muitosamigos e todos estavam lá.
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PARTES DE NÓS
FanfictionMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...