No outro dia fui trabalhar e eu estava exausta. Não tive nenhuma cirurgia, então fui fazer uma sessão com a terapeuta. Chorei bastante, eu estava muito sufocada. Acho que nem todas as lágrimas do mundo serão suficientes para apagar ou aliviar o que eu sinto. O tempo passou rápido e chegou a primeira semana de maio. Eu andava irritada. O julgamento não foi remarcado e ainda não tinha previsão, em poucos dias é dia das mães, o primeiro sem meus filhos e no dia 20 faz um ano em que tudo aconteceu. Estamos com uma criança em casa, o nome dele é Daniel, ele e a mãe sofreram um grave acidente de carro, ela está no hospital e o pai viajando e eles não tem família nos Estados Unidos. Ele está conosco a dois dias como lar temporário. A mãe vai ficar bem apesar da gravidade do acidente, e o pai está voltando para os Estados Unidos. Eles são europeus tem família bem pequena e já mais idosa, e só eles moram nos EUA. Ele está no Japão a trabalho. Ele chegou super assustado, chorando muito. Quase não se feriu no acidente por conta da cadeirinha, ele tem 3 anos. Eu sai com ele e a Ivy para tomar um sorvete e fomos pra casa. Quando chegamos tinha um homem tomando café na minha sala. O menino logo correu pra ele.
Daniel: Papai...
Nat: O pai dele chegou a meia hora aqui com a assistente social – sorriu.
Eu: Que bom. O pequeno estava aflito já. – sorri. Conversamos com ele. Ele pediu para ficarmos com ele pelo menos mais 24 horas pra ele poder ver a esposa e descansar, fazer contato com a babá dele e a gente ficou. No outro dia ele foi pra casa. O aniversário da Claire já passou. Ela fez 15 anos e não quis a menor comemoração. Na semana do aniversário dela, ela ficou bem agressiva, bem distante de nós, foi bem difícil lidar com ela. Ela não queria falar com ninguém, não estava paciência nem para a irmãzinha. Ela não quis nem um bolinho. Ela disse que nos 16 anos dela podemos fazer a festa que quisermos, mas ela não quis nada nos 15 anos dela porque a falta que ela sentia da mãe foi ainda mais forte. A gente respeitou a vontade dela, fizemos um jantarzinho gostoso em casa só a gente. Demos alguns presentes a ela, e o que ela mais gostou foi um relicário com a foto dos pais e do irmão. Meu coração e o da Nat se partiu, vendo-a tão triste no aniversário, mas a gente não ia forçar nenhuma situação, nenhuma comemoração já que não era o desejo dela, assim como eu e a Natalie também não comemoramos nosso aniversário, ela estava no direito de ficar em silêncio. A dona Lucy vai leva-la para Orlando agora em Junho, vai levar a Ivy também. Louise tem uma casa lá e nunca puderam aproveitar porque o marido e o filho morreram e logo ela também. Eu e a Natalie não vamos, porque o bebê já vai estar para chegar. Mas dona Lucy vai levar as meninas e mais algumas amigas da Claire para irem aos parques. O quarto do bebê estava pronto, ficou uma gracinha, a Nat escolheu tudo neutro já que a gente quis surpresa, não quisemos saber o sexo. No dia das mães o gosto amargo... Nosso primeiro dia das mães sem nossos filhos, o primeiro dia das mães das meninas sem a mãe delas, e ao mesmo tempo feliz e grato por tê-las nas nossas vidas. A gente foi ao cemitério, levamos flores para os meninos, para a Louise, e fomos pra casa. A gente decidiu cozinhar, nós três juntas foi bem gostoso. A gente almoçou e foi para o cinema ver série. A Ivy dormiu rápido. No dia seguinte dia 11, um oficial de justiça apareceu cedo em casa.
XX: Dona Priscilla tem um oficial de justiça querendo falar com a senhora e a dona Natalie.
Eu: Pode deixar subir senhor Claus. Obrigada.
Nat: Quem é?
Eu: Um oficial de justiça. – logo ele chegou.
Oficial: Bom dia.
Eu: Bom dia.
Oficial: Senhora Priscilla Pugliese e Natalie Pugliese?
Eu: Sim.
Oficial: A intimação para audiência do caso de Lucca e Leo Smith Pugliese. O Julgamento será no dia 19 e 20 de de maio. – aquilo foi como um soco. A gente assinou e ele foi embora.
Eu: As 8 da manhã do dia 19 começa o julgamento...
Nat: O inicio do fim... – se sentou.
Eu: Sim... – suspirei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PARTES DE NÓS
FanfictionMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...