A gente resolveu sair pra jantar, a gente não fazia isso a algum tempo e fomos a um restaurante bem gostoso ali no Central Park mesmo e fomos a pé. A Pri parecia ansiosa, parecia nervosa.
Eu: Está nervosa amor, o que foi?
Pri: Meus casos no dia do acidente, foram para autopsia, e isso significa que eu estou de observação.
Eu: Por que isso? – achei melhor fingir que não sabia de nada. Senão ela ia achar que eu estava conspirando.
Pri: Por que meus filhos morreram e eles acham que por isso eu não sou capaz de exercer a medicina – deu um tapa na mesa e todos olharam pra nós.
Eu: Pri por favor... Está chamando atenção... – ela levantou e saiu. – Priscilla... – eu chamei um garçom.
XX: Pois não senhora?
Eu: A conta por favor? – logo ele veio trazer a conta eu passei meu cartão e fui embora. Olhei para os dois lados e não vi a Pri. Fui sentido Central Park o caminho que fizemos e ela estava sentada num banco. Eu me sentei ao lado dela.
Pri: Me deixa sozinha – falou entredentes segurando as lagrimas.
Eu: Não. Você é minha mulher e você precisa de ajuda.
Pri: Você não vai salvar minha carreira Natalie e a gente não vai acordar amanhã e ter nossos filhos em casa. O meu trabalho é tudo que eu tenho agora. – falou muito alterada.
Eu: Tudo que você tem Priscilla? – a encarei...
PRISCILLA NARRANDO...
Tudo vai mal. Meu trabalho, minha vida, meu casamento, minha vontade de viver. Eu estava de plantão a 36 horas quando aconteceu um grave acidente e eu fui chamada na emergência. Era uma família inteira, um pai de 37 anos, uma mãe de 35 anos e três filhos, uma menina de 13, um menino de 7 e um menino de 5. Os meninos tinham a idade dos meus filhos. O pai deu entrada sem vida, a menina também. Estabilizamos o menino de 7 anos e o de 5 foi para a cirurgia enquanto eu operava a mãe. O estado dela era gravíssimo. O rosto dela estava desfigurado, bateram de frente com um caminhão.Eu: Vamos fechar...
XX: Mas doutora... – um dos meus residentes me chamou.
Eu: Ela não vai voltar. Ela está parada a 15 minutos, o cérebro dela está muito inchado e ela teve perda de massa. Ela não vai voltar. – até que parou. – Hora do óbito, 19:49.
XXX: Doutora, estão te chamando na sala 3. – eu sai me lavei e corri pra lá, era o menino de 5 anos. Eu tentei ajudar, mas ele não reagia.
Eu: Quantas vezes fizeram transfusão nele?
XXX: 5 vezes. – eu suspirei.
Eu: A quanto tempo ele está parado?
XXX: 26 minutos.
Eu: Pupilas fixas e dilatadas, morte cerebral. – me biparam.
XXX: Doutora, o menino de 7 anos entrou em choque na UTI.
Eu: Não tem outro neuro? Eu estou no caso a horas.
XXX: Não doutora. – eu sai e corri até lá, eu fiz tudo que eu podia e não consegui salvá-lo também. Todos morreram. Falei com a chefe de cirurgia e foi assustador dar a noticia. A chefe de cirurgia é a Nathalia Diorio. Foi muito difícil falar com os pais do casal. Eu fui pra casa, eu estava a mais de 36 horas de plantão, estava exausta e com dor de cabeça. Eu tomei um banho e desci pra jantar. Estava tremendo, eu já tinha tomado meus remédios pra dormir eu precisava dormir. Eu comi rapidamente e fui dormir antes que a Natalie começasse com o interrogatório dela. Eu escovei os dentes e apaguei. Acordei na hora do almoço já, tomei um banho e desci, almocei com ela e a Jenny e subi acabei dormindo novamente. A gente ia sair pra jantar e eu estava esperando por ela na portaria quando recebi uma mensagem onde dizia que a Valentina estava assumindo um cargo de staff de neurocirurgia no Mount Sinai. Eu sabia o que significava isso. Mandei mensagem pra Nathalia e ela disse que os corpos passaram por autopsia e o laudo logo sairia e por hora eu estava afastada da cirurgia devido ao meu excesso de trabalho, e capacidade de tomar decisões comprometido. No jantar eu acabei explodindo e sai do restaurante. Sentei num banco no central park querendo gritar, explodir, mas eu não podia, eu tinha que manter o controle. A Natalie logo sentou do meu lado.
Eu: Me deixa sozinha – falei entredentes segurando as lágrimas.
Nat: Não. Você é minha mulher e você precisa de ajuda. – falou irritada.
Eu: Você não vai salvar minha carreira Natalie e a gente não vai acordar amanhã e ter nossos filhos em casa. O meu trabalho é tudo que eu tenho agora. – falei muito alterada.
Nat: Tudo que você tem Priscilla? – me encarou. – E eu? Onde eu entro nisso?
Eu: Natalie.
Nat: Não Priscilla... Você está vivendo como se eu não fizesse parte da sua vida. Você está se drogando.
Eu: O que? Está louca?
Nat:Litio, Zolpidem e Pondera Priscilla, e a Nathalia não passou nada disso pravocê. Isso é uma bomba e está acabando com você. Olha para as suas mãos, comoestão tremulas. Olha como você dorme e fica horas apagada, seu humor mudou. Nãofoi só você que perdeu, não foi só seus filhos que morreram os meus também.Eram nossos filhos não eram só meus ou só seus. Dói em mim e dói em você. Eunão sou menos mãe e nem você. Seu trabalho virou sua vida, e antes sua famíliaera sua vida. Eu não morri Priscilla, por mais que eu quisesse ter morrido epor mais que eu deseje todos os dias ter morrido no lugar de sentir essa dorinsuportável de ter perdido meus dois meninos. – chorava. – Euvou pra casa. E eu vou sozinha... – ela foi embora.
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Família despedaçada... Priscilla surtando... Está dificil.
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PARTES DE NÓS
FanficMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...