Pri: Claire, o que ela comeu? – veio assustada com a Ivy no colo.
Claire: Não sei, a Liene que deve saber, ela ficou com ela o tempo todo.
Pri: Liene, o que a Ivy comeu?
Eu: Porque ela está toda inchada e vermelha?
Pri: Ela está tendo uma reação alérgica.
Liene: Ela comeu um biscoitinho acho que era de amendoim.
Eu: Ela já tinha comido amendoim antes?
Liene: Que eu saiba não.
Eu: Claire?
Claire: Não que eu saiba.
Pri: Pega a chave Claire. Vamos para o hospital.
Eu: Eu vou junto.
Pri: Amor, você precisa descansar.
Eu: É a minha filha e eu vou junto. – falou brava. Então descemos e fomos para o carro. A Claire a pegou no colo e fomos para o Presbiteryan. Uma enfermeira a pegou e a levou para o atendimento. A Pri foi até a sala de atendimento e foi banida pelo chefe. Ela ficou revoltada. – O que ela tem Pri?
Pri: Eu acho que ela está tendo um choque anafilático. Ela deve ter alergia a amendoim.
Eu: Como a gente nunca percebeu?
Pri: Porque ela nunca comeu amendoim. Nunca oferecemos nada com amendoim a ela. – logo a pediatra veio.
Chantal: Priscilla...
Eu: Oi... E ai como ela está?
Chantal: Ela está na medicação, logo vai poder ir pra casa. A Ivy é alérgica a amendoim. Fizemos alguns testes nela e ela de fato é alérgica a amendoim, a nozes, a soja e a mariscos também. Ela apresentou essas alergias e bem fortes. Então evitem a contaminação cruzada, usar a mesma colher que pegar amendoim para pegar uma geleia de morango por exemplo. – explicou algumas coisas e fomos ficar com ela. Logo ela foi liberada, peguei alguns remédios que cortam rapidamente a alergia para ter em casa, ter na bolsa e aplicar nela numa festinha caso ela coma algo que a gente não veja. Na nossa casa a gente não tem habito de comprar manteiga de amendoim nem nada, a Claire não gosta, eu e a Natalie também não. Os meninos eram alérgicos também então nunca comprávamos. Fomos pra casa, a Ivy dormia.
Eu: Eu vou cancelar a reserva que fiz no restaurante pra gente. Não vai dar tempo.
Claire: Dá sim. É aqui perto. Eu cuido dela.
Pri: A gente vai amanhã. Vamos cuidar dela hoje. Não tem problema querida.
Claire: Mãe, você e a mamãe estão lindas, estavam querendo tanto sair um pouco sozinhas, eu fico com ela. Sem problemas.
Pri: Tem certeza filha?
Claire: Tenho. Vão jantar, vocês estão lindas, queriam isso. Eu prometo que se ela chorar eu ligo pra vocês.
Pri: Tudo bem filha... – suspirou – Amor, vai tomar um banho que eu vou colocar a Ivy na cama e vou em seguida.
Eu: Tá. – ela foi colocar a Ivy na cama e eu subi, tomei um banho rápido, a Pri entrou quando eu saia. Me troquei rapidamente e ela fez o mesmo e a gente saiu. Chegamos dez minutos atrasadas, mas não teve problemas. – Está ansiosa?
Pri: Para?
Eu: Para o bebê, para saber o que é, quando vai chegar. A qualquer momento pode nascer.
Pri: Ah... Sim e não. – eu fiquei surpresa.
Eu: Como assim sim e não?
Pri: Enquanto ele ou ela estiver ai dentro, vai estar em segurança – suspirei – O problema é quando chegar aqui fora.
Eu: Amor... A gente não pode viver com medo.
Pri: Eu sei. Mas eu estou com medo. Eu estou com medo da Talita arrumar um namorado maluco, da Liene separar do marido e ele querer se vingar, da Dona Lucy ficar maluca e querer sequestrar minhas filhas nessa viagem pra Orlando – Aquilo ligou meu alerta com muita força. A Pri não estava bem.
Eu: Amor... Não fica assim tudo vai ficar bem. São pessoas de confiança.
Pri: A Andie também era de confiança.
Eu: Não vamos pensar nisso agora tudo bem? Vai ficar tudo bem com a gente com o nosso bebê. A gente tem uma família linda, duas filhas incríveis. – terminamos nosso jantar, pedimos uma sobremesa que eu estava doida pra comer e logo fomos pra casa. A Ivy dormia ainda, a Claire via um filme. – Oi filha e ai como foi?
Claire: Acordou eu dei uma sopinha pra ela, escovei os dentinhos troquei a fralda e ela dormiu de novo. Está bem perguntou de vocês e dormiu.
Eu: Que bom. – nos despedimos e fui me trocar para dormir... – Amor?
Pri: Oi?
Eu: Está achando minha barriga baixa? – olhava no espelho.
Pri: É... Parece que sim... O bebê pode chegar a qualquer momento. Precisamos fazer a sua mala e a dele.
Eu: Eu já fiz as nossas malas, estão no closet. Agora só esperar essa criaturinha vir. – passei a mão na barriga.
Pri: E seus pais?
Eu: O que tem meus pais?
Pri: Seus pais nunca perguntam das meninas, ou do bebê ou de nós. Eles não participam da nossa vida a menos que a gente peça um favor. Vão continuar fingindo que somos amigas da família deles ou vão ser avós?
Eu: Pri, meus pais sempre foram assim, porque essa implicância agora?
Pri: Porque depois que nossos filhos foram mortos, parece que essa parte da família deixou de existir pra eles. Meus pais lá no Brasil participam mais da nossa vida, que seus pais que moram aqui em Georgetown no Brooklyn.
Eu: A gente está mesmo discutindo por causa dos meus pais Priscilla?
Pri: Eu não estou discutindo Natalie, só acho que é estranho, os dois não participarem da nossa vida e da vida das nossas filhas tão ativamente depois que os meninos morreram. Por algum acaso, eles tem algum problema com o fato de termos adotado as meninas?
Eu: Você está se ouvindo? É claro que não. Meuspais amam a Ivy e a Claire, sempre que podem estão com elas, cuidam delasquando a gente precisa e a Claire sempre fala como eles são legais einteressados na vida dela, no que ela gosta. Essa conversa aqui não tem o menorcabimento pra mim Priscilla. –coloquei uma camisola e fui deitar. Ela não falou mais nada, mas fiqueiirritada com a conversa.
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PARTES DE NÓS
Hayran KurguMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...