Capítulo 77

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PRISCILLA NARRANDO...

A gravidez da Nat estava indo muito bem, e não vimos o que era porque o bebê não quis mostrar, mas eu achava que era menina. Com isso decidimos que descobriríamos ao nascer. No dia 15 de fevereiro a Marise deu entrada na maternidade do Presbyterian para dar a luz a Victória sua única menina depois de três meninos já adultos e adolescentes e 3 meses depois de ser avó de um menino. O parto dela foi normal como ela planejou. Apesar da idade dela, ela era muito saudável estava ótima e nasceu sua linda menina medindo 49 centímetros e pesando 3,210. Ela era linda tinha os olhinhos azuis e o cabelo bem pretinho, era muito linda. Ela estava apaixonada pela filha e o marido estava babando na filhinha. Em março o dia do aniversário do Leo chegou e foi o pior dia da minha vida depois da morte dos meus filhos. Eu não consegui sair da cama, eu não consegui viver nesse dia. Eu lembrava de tanta coisa. Eu passei cada minuto daquele dia pensando como foi aquele dia em que ele nasceu. Eu chorei o dia todo. No inicio da noite recebi a visitinha da Claire.

Claire: Oi... – me abraçou por trás e beijou meu rosto.

Eu: Oi querida... – falei fungando.

Claire: Não comeu nada hoje. Fiz uma comidinha bem gostosa agora no jantar, e sei que você ama.

Eu: Obrigada. Mas eu não quero nada filha. Estou sem fome.

Claire: Mãe... Eu sei que é duro. Mas não comeu nada hoje, nem água tomou. Eu fiz parmegiana e eu sei que ama. Come um pouquinho. Bebe um suco de laranja. Vem... – eu me sentei na cama e ela pegou a bandeja pra mim.

Eu: Está com o cheiro e a cara ótima.

Claire: Aprendi na aula de culinária essa semana. – eu experimentei e realmente estava delicioso.

Eu: Está incrível mesmo filha, está cozinhando cada dia melhor.

Claire: Comida traz conforto.

Eu: É... – suspirei.

Claire: Eu te amo mãe... Muito.

Eu: Eu também te amo filha... Você e a sua irmã foram as melhores coisas que me aconteceram nos últimos tempos. E o seu irmãozinho ou irmãzinha também – sorri de leve.

Claire: Eu acho que é menina. – sorriu.

Eu: Eu também acho. – suspirei. Ela ficou ali conversando comigo até eu terminar de comer e desceu com a bandeja. Eu escovei os dentes aproveitei e tomei um banho rápido e deitei novamente. A Nat logo veio.

Nat: Oi...

Eu: Oi...

Nat: A Claire disse que você comeu. Fico feliz.

Eu: É... Ela cozinhou pra mim. Não quis fazer desfeita.

Nat: E estava ótimo não é?

Eu: É, estava.

Nat: Eu fui ao cemitério com os meus pais. Levei flores e um bichinho de pelúcia – secou as lágrimas – Aquele casal de pastores estavam lá. Nossos antigos vizinhos.

Eu: Nossa, nunca mais os vi. Vamos convidá-los para jantar um dia desses.

Nat: Vamos sim. Eles disseram que estão orando por nós e para que tudo seja resolvido o quanto antes.

Eu: Não vejo a hora disso tudo ser resolvido o quanto antes. – eu não dormi nada aquela noite.

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora