Eu volteeeeiiii!!! Acabei de pegar meu notebook pessoal... Graças a Deus não perdi nada. Estava preocupada. Vamos voltar a programação normal.
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20 DE OUTUBRO...
O tempo estava passando rápido. Doía muito, a saudade dos nossos filhos, a sensação de impunidade de que algo não estava sendo resolvido, e o dia 1 de novembro estava chegando. Agora nossa maior preocupação também, era as meninas... A Louise estava cada dia pior. Ela estava em casa a uma semana, em estagio terminal, e pediu para ir pra casa, ela queria morrer em casa e a Claire estava sofrendo muito e a gente tem deixado ela dormir com a mãe para aproveitar o máximo possível com ela. Era dia 20 de outubro, quarta feira, ela foi dormir em casa. Eu acordei com o telefone tocando as três da manhã.
Eu: Alô?
XX: Doutora Pugliese?
Eu: Sim?
XX: Aqui é a doutora Pauline, do homecare.
Eu: A Louise está bem? – me sentei na cama.
XX: Ela está partindo doutora. Melhor trazer a menina. Ela não para de chamar a Claire.
Eu: Eu estou indo. Obrigada. – desliguei.
Nat: O que foi? O que aconteceu? – acordou.
Eu: A médica do homecare.
Nat: A Louise?
Eu: Ela está partindo e quer ver a Claire, não para de chama-la.
Nat: Vamos lá. – suspirou. – Eu temia tanto esse momento.
Eu: Eu também amor. – a gente se trocou, a gente trocou a pequena também, ela nem acordou tadinha. E fui chamar a Claire. – Claire... Querida... – fiz carinho nela e ela acordou. Eu acendi o abajur.
Claire: Oi? O que foi?
Eu: Claire, sua mãe quer ver você.
Claire: Que horas são?
Eu: 3:30.
Claire: Ela... ela...
Eu: Ela está partindo Claire, ela quer te ver.
Claire: Não... – começou a chorar e me abraçou.
Eu: Eu sei que dói meu amor. A gente se preparou pra isso, mas na verdade a gente nunca está preparado de verdade. Agora precisamos ir, você precisa se despedir dela, dar um abraço nela, pra ela ir em paz. Ela merece descansar em paz e tranquila.
Claire: Tá. Eu vou me vestir.
Eu: A gente está te esperando lá embaixo.
Claire: Tá – eu desci. A Natalie fazia algumas mamadeiras pra Ivy e um café pra gente. Logo a Claire desceu, tomou um café com leite e a gente logo saiu. Ela acabou ficando no apartamento dela mesmo em Lenoxx Hill que ficava a uns 15 minutos da nossa casa. A gente chegou, subiu, na sala tinha alguns vizinhos. Os vizinhos dela eram muito queridos, e ajudavam de todas as maneiras desde que ela foi pra casa. Ela nunca ficava sozinha, sempre tinha um vizinho conversando com ela, cuidando de alguma coisa pra ela ficar o mais confortável possível. Fomos até o quarto, a pequena tinha acordado pra mamar, a Louise estava um pouco sonolenta.
Eu: Louise... Sou eu, Priscilla. A Claire e a Ivy estão aqui.
Louise: Trás a Ivy aqui pra mim. Me deixa dar um beijinho nela. – a Nat levou pra ela. – Te amo filha, te amo muito.
Nat: Dá um beijo na mamãe... – ela beijou e deitou no ombro da Nat de novo.
Louise: Priscilla... Priscilla...
Eu: Estou aqui Louise – segurei a mão dela.
Louise: Cuida delas... Não abandone minhas meninas. Por favor... – falava ansiosa.
Eu: Eu não vou abandonar. Nós não vamos. Vamos cuidar muito bem delas ok? Fica calma... Descansa... Elas vão ficar bem. – beijei a mão dela.
Nat: Elas vão ser muito bem cuidadas e amadas Louise, não se preocupe.Louise: Obrigada... Obrigada... Obrigada. – ofegava. - Claire? Claire? – ela quase não abria mais os olhos.
Claire: Estou aqui mãe.
Louise: Eu te amo filha eu te amo muito. – começou a chorar.
Claire: Eu também te amo mãe.
Louise: Eu quero que você seja uma boa menina, que você seja uma boa mulher, uma boa irmã. Faça tudo que tiver de fazer filha, com muito amor, com muito carinho tá? A mamãe acredita muito em você.
Claire: Eu sei mãe, eu vou fazer.
Louise: Obrigada pela lasanha de ontem. Eu queria muito comer e você fez uma deliciosa. Matou minha vontade. Eu te amo filha. Cuida bem da sua irmãzinha. Obedeça a Priscilla e a Natalie, elas amam muito você e sua irmã.
Claire: Eu também amo muito elas mãe, como se fossem minha segunda e minha terceira mãe.
Louise: Não quero você se entristeça filha... Não viva em sofrimento. Já foi duro demais até aqui.
Claire: Eu não vou mãe. Pode ir... Pode descansar. Eu estou bem, a Ivy também. Nós vamos ficar bem tá? Eu te amo muito. – a beijou. – Te amo muito mamãe. Fica em paz.
Louise: Eu te amo filha... – a mão dela se soltou devagar, uma lagrima caiu e ela foi fechando os olhos.
Claire: Mãe? Mãe?...
Eu: Ela se foi querida... – Claire caiu no choro e abraçou a mãe. Beijou todo o rosto dela, fez carinho. A gente ficou ali com ela sem dizer nada. Ela queria ficar o máximo possível com ela. A médica do homecare declarou o óbito e chamou o serviço funerário que a própria Louise contratou, e organizou. Ela não quis deixar ninguém fazer isso. Enquanto estava lúcida, ela cuidou de tudo. Como ela queria, onde ela seria enterrada, as flores, as fotos usadas no cerimonial, a guarda das meninas, o cuidado das empresas dela, o que seria feito com a casa dela, com os funcionários. Ela cuidou de absolutamente tudo enquanto estava lúcida. Claire ficou ali com ela até o serviço funerário chegar. A roupa já tinha sido escolhida por ela. Quando eles chegaram a Claire se despediu dela sozinha por mais 15 minutos e logo saiu.
XX: A gente entra em contato para falar da liberação. Como ela já deixou tudo pronto, vamos embalsamar, vamos arrumá-la e vai ser bem rápido.
Eu: Está previsto para quando?
XX: Para dia 22 pela manhã.
Eu: Ok, obrigada. – ele saiu. Não a colocaram num saco preto nem nada. A cobriram com um lençol branco e as meninas não viram. Os vizinhos se despediram também e eu levei as meninas pra casa junto com a Natalie. Já era cinco da manhã. – Vai deitar um pouco Claire, dorme um pouquinho.
Claire: Eu não consigo tia Pri. – secava as lágrimas.
Eu: Quer um remédio pra dormir? Bem fraquinho, só pra você descansar.
Claire: Não. Eu só não quero ficar sozinha.
Eu: Então vem, deita com a gente e você descansa um pouquinho. Amor pega um copo de leite pra ela. – sinalizei para colocar umas gotinhas de remédio no leite pra ela sem ela saber. Ela precisava descansar. Ela me abraçou, logo a Nat voltou com o leite dela e ela dormiu alguns minutos depois.
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PARTES DE NÓS
أدب الهواةMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese, tenho 35 anos sou empresária, CEO da United em Nova York. Hoje moro num tríplex no Upper East Side em Manhattan, acabei de me mudar com a minha esposa. Sou casada a 12 anos com Priscilla Álvares Pugliese, ela...