Capítulo 27

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NATALIE NARRANDO...

Uma loucura nesses últimos dias. Nossa mudança, a Priscilla tomando muitos remédios e irritada, a saída dela do Mount Sinai, a ruptura dela com a Diorio a Valentina e a Luiza. A gente discutindo também. Eu tinha medo disso tudo acabar com nosso casamento. Depois da perda dos nossos filhos a gente não tinha transado ainda e aconteceu esses dias e foi incrível. A gente não conseguia colocar nossa vida em ordem e era estranho. A Pri foi para o Presbyterian Columbia Cornell, está ganhando bem mais que no Mount Sinai e parece feliz com o novo emprego. Eu volto hoje para a empresa. Levantei tomei um longo banho, separei um terninho preto com uma camisa azul marinho, peguei um scarpin e uma bolsa preta. Prendi parte do cabelo fiz uma maquiagem leve e bonita, a Pri acordou com meu movimento, dei um beijo nela me despedi e desci. A Jenny já tinha chegado e estava fazendo café. Eu tomei café da manhã com ela e sai. Cheguei na empresa por volta de 8:30.

Eu: Bom dia Sandie...

Sandie: Bom dia dona Natalie, bem vinda de volta.

Eu: Obrigada. – sorri e olhei para placa da minha porta. ''Pugliese, Smith Natalie – CEO – United Airlines". Suspirei e abri a porta. A sala estava linda demais. Bem diferente da minha outra sala no outro prédio. Meu computador já estava ligado então já comecei a trabalhar de imediato. Eu trabalhei a manhã toda sem parar e na hora do almoço bateram na porta.

Sandie: Dona Natalie, já é mais de uma hora não vai almoçar?

Eu: Nossa, nem vi a hora passar. Eu vou descer. Obrigada Sandie.

Sandie: Eu estou indo comer não demoro.

Eu: Faça seu horário normalmente tá? Mesmo que eu fique aqui, pode ir no seu horário sem problemas.

Sandie: Tudo bem. – ela saiu. Eu desci e almocei no restaurante do prédio mesmo e a Luiza logo veio e sentou comigo. A gente comeu conversando amenidades, e ela disse que tinha que ir a uma papelaria comprar umas coisas pra casa dela. Logo eu voltei para a minha sala entrei no meu banheiro escovei os dentes e voltei a trabalhar. Logo chegou uma Luiza furiosa.

Eu: Não bate mais não?

Luiza: A sua mulher é um cavalo. Ela é muito estupida. – falou muito exaltada.

Eu: Posso saber o que aconteceu?

Luiza: Eu a encontrei na papelaria... – ela me contou e eu só suspirei.

Eu: Luíza não vou justificar o comportamento da Pri não, mas você, a Valentina, a Diorio, em algum momento se colocaram por 1 minuto sequer no lugar dela? Ela errou sim, em se entupir de remédio para tentar sufocar a dor que ela está sentindo e eu estou preocupada com isso e você sabe disso. Mas ela teve o caráter e o profissionalismo dela colocado em prova e julgado sem o conhecimento prévio dela. Você, a Valentina e a Nathalia, a conhecem melhor que o conselho medico, e aplaudiram a situação. Acha que isso não dói nela? Ela saiu sim, provou a inocência dela, provou que ela é uma medica muito capacitada, mas a confiança se quebrou. Ai agora ela virou a salvadora da pátria? Ou melhor, a salvadora da pele da Nathalia e do Mount Sinai?

Luiza: E ela pode prejudicar meus planos e da minha esposa?

Eu: Luiza, você está histérica por causa dos seus planos com a sua esposa? Você está sendo egoísta. Quer dizer então que minar a confiança dela, julgar a capacidade dela, tudo isso pode acontecer, mas ela deixar o hospital depois fazerem isso com ela, é prejudicial para os seus planos e da sua esposa? Então porque ela aceitou ir para o Mount Sinai? Era só ela não ter topado. O que mais tem nessa cidade é hospital em busca de neurocirurgiões. E não vou ficar discutindo isso com você, eu não posso resolver isso para você. Procure minha esposa e discuta com ela. Agora pode sair da minha sala, eu preciso trabalhar... – ela saiu batendo porta. Eu odeio isso... Chamei a Sandie...

Sandie: Pois não dona Natalie?

Eu: Vou fazer uma advertência e você leva pra Luiza Reis por favor.

Sandie: Sim senhora. – eu fiz a advertência por desrespeito envolvendo assuntos pessoais, e por ter batido a minha porta. Assinei, coloquei no envelope e dei a Sandie para entregar a ela. Eu trabalhei o resto da tarde irritada com aquilo. Eu não tinha nada com isso, e estava ouvindo. Minha preocupação era com o excesso de remédios da Priscilla, era com o julgamento dos dois bandidos que mataram meus filhos e por mais que eu goste da Luiza e da Valentina, eu não ficaria no meio de confusões delas. Fui pra casa as 18 horas e peguei um transito imenso. As crianças estão em férias escolares, então o movimento ali ainda não estava pior por causa disso, porque tem muitas escolas naquelas mediações. Cheguei em casa o cheiro de comida estava uma delicia a Pri estava cozinhando.

Eu: Oi... Que cheiro bom. – dei um beijo nela.

Pri: Oi... Estou fazendo uma comidinha pra gente. Como foi seu dia?

Eu: Foi intenso. – contei da Luíza e ela ficou bem irritada. – Quer ajuda?

Pri: Não. Está tudo encaminhado. Em uma hora nosso jantar estará pronto.

Eu: Vou tomar um banho. – eu subi tomei um banho, me troquei e desci, coloquei a mesa conversando com ela.

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora