Capítulo 25

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Eu: Oi neném... Como você está? – ele deu um sorrisinho pra mim – Que sorrisinho mais lindo – olhei o prontuário dele. – Ele já se alimentou, fez xixi, fez coco, está sendo medicado. Já tomou uma mamadeira, estou gostando de ver.

XX: Eu nem estou acreditando nesse milagre doutora... – a mãe falava emocionada. – Eu já rezei tanto pela senhora por todos os médicos. Só Deus mesmo para dar o dom da ciência e da sabedoria para vocês fazerem esse trabalho. Obrigada doutora eu nunca vou me cansar de agradecer.

XXX: A minha família toda já está colocando a senhora e a sua esposa em oração, pelos seus filhos. E em gratidão por salvar nosso filho – o pai falou emocionado.

Eu: Eu fico imensamente feliz de ter podido fazer algo e reverter essa situação. A ciência é muito importante para que isso tudo aconteça, para que isso tudo seja possível. Apesar de muitos médicos serem céticos, eu creio num Deus que está acima de nós. E antes de operá-lo todos nós no centro cirúrgico fizemos uma oração. Cada um na sua crença, na sua doutrina, mas focado em Deus, pedindo capacidade, sabedoria e cura.

XX: Obrigada doutora, por ser tão humana – me abraçou.

Eu: Todos nós devemos ser. E esse principe, a tia Pri trouxe um companheirinho pra você enquanto fica aqui... – abri a sacola e tirei um coelho super fofinho e dei a ele e ele apertou o coelho. – Ai que delicia de abraço no coelho. Agora dá um beijo na tia. ele deu. – Ai que delicia. – o beijei de volta. – Tenho que ir, qualquer coisa chame alguma enfermeira que eles me chamam ou chamam o doutor George ou a doutora Marise tá...

XX: Obrigada. – eu fui pra minha sala e logo o chefe veio.

Endrew: Doutora Pugliese, posso entrar?

Eu: Claro chefe... Em que posso ser útil?

Endrew: A família da criança vai processar a doutora Leila, preciso que faça um parecer técnico e assine para anexar ao processo. O hospital vai apoiar a família e a doutora Leila foi demitida por justa causa e processada pelo hospital também por negligência e imperícia. O conselho de medicina vai intervir.

Eu: Era o esperado né doutor.

Endrew: Pois é... E preciso de um parecer seu. Pra esse exame. – me deu o tablet.

Eu: Nossa... É um aneurisma enorme. Do tamanho de um limão. Como ainda não rompeu e como essa pessoa ainda está viva?

Endrew: Eu creio em Deus, então eu acho que é por isso. É operável?

Eu: Sim, mas é muito arriscado. Só que não fazer nada também é pior, porque pode romper a qualquer minuto. Está internado?

Endrew: Não... Operaria?

Eu: Faria uma ressonância e também faria uma impressão 3D do cérebro do paciente para entender melhor o tumor e tentar salvar a vida dessa pessoa.

Endrew: Posso internar a paciente?

Eu: Pode... Quem é?

Endrew: Minha esposa... – meu corpo gelou.

Eu: Sinto muito chefe... Como eu disse, a gente pode tentar essa abordagem... – expliquei com mais detalhes. – Ela vai querer arriscar?

Endrew: Nossa filha se casa em seis meses, ela quer estar viva para o casamento dela.

Eu: As chances dessa cirurgia dar certo são pequenas, posso dizer que de 15%.

Endrew: E as chances dele romper daqui cinco minutos são de 95%. Ela quer tentar. O estresse disso tudo vai acabar piorando tudo.

Eu: É verdade. Traga ela e vamos fazer isso.

Endrew: É possível drenar antes de clipar?

Eu: Não. Ela teria morte cerebral na hora. Ele precisa ser clipado e drenado.

Endrew:Ok, eu entendi... – no dia seguinte ela foi internada, eu fiz osexames, fiz uma ressonância 4D e coloquei para imprimir na impressora 3D paramelhor visualização. Chamei a Marise e o George para me ajudar e passei o diatodo trabalhando no caso. A cirurgia vai acontecer na terça feira. 

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